Tratamento de superfície: Normas exigem aprimorar técnica nos metais nobres


Provedora de produtos e processos de tratamento de superfícies baseadas em metais preciosos como ouro, prata, ródio, paládio e rutênio, a multinacional de origem belga Umicore hoje investe no desenvolvimento de banhos isentos de cianetos e de metais pesados. É o caso do cádmio, que no Brasil, por determinação do Inmetro, a partir de 2019 nem mais poderá ser utilizado em produtos destinados ao contato direto com a pele (e que faz parte de processos de douração e de folheação a ouro 18 quilates, entre outros). “Nossas pesquisas no processo dessa substituição hoje focam banhos com ligas como cobre, paládio ou prata”, relata Rubens Carlos da Silva Filho, gerente comercial da Umicore.
Desde os anos 1960, ele ressalta, sua empresa também disponibiliza – com a marca Auruna – soluções isentas de cianetos, que são sais tóxicos e ambientalmente agressivos, embora ainda sejam comuns nesses banhos.
Mundialmente, os produtos da Umicore são demandados tanto para aplicações técnicas quanto decorativas. Para o primeiro desses mercados, a empresa fornece, entre outros itens, ouro, prata e paládio para conectores de automóveis e celulares, contatos elétricos, componentes eletrônicos, placas de circuitos impresso e smartcards. No Brasil, sua atuação está restrita aos chamados ‘floreados’, utilizados como elementos decorativos, como bijuterias e fivelas de calçados e de bolsas (as peças técnicas que utilizam seus produtos são quase todas importadas).
No Brasil, observa Silva, esse mercado dos floreados atualmente sofre não apenas com a crise econômica, que estimula a busca por alternativas mais baratas, como peças submetidas a banhos de latão, bronze ou vernizes cataforéticos pigmentados, em vez das peças banhadas a ouro. “Nesse mercado dos produtos decorativos também é muito forte a importação proveniente da China”, complementa.
