Transporte: Fenol da Rhodia ganha carretas modernas

Com um investimento de R$ 2,5 milhões, a Transportes Cavalinho, do Rio Grande do Sul, colocou em operação nova frota rodoviária exclusivamente para o transporte do fenol produzido pela Usina Química da Rhodia, em Paulínia-SP. O intermediário orgânico, antes transportado em semi-reboques para 24 metros cúbicos, passou a contar com dez novas unidades motrizes Scania modelo R124, equipadas com motor eletrônico de 420 cavalos e suspensão a ar. Os semi-reboques térmicos feitos de aço inoxidável podem carregar 30 metros cúbicos, e dispõem de sistema auto­mático de inclinação do tanque para a descarga total do produto. Além disso, os novos veículos contam com monito­ramento por GPS e computador a bordo.

Química e Derivados: Transporte: Luvizeto - planejamento logístico garante segurança nas estradas.
Luvizeto – planejamento logístico garante segurança nas estradas.

José Eduardo Sartor, gerente da área de Logística para a América Latina da Rhodia, explica que o fenol requer cuidados especiais para transporte, principalmente quanto à preservação da sua qualidade. Segundo informou, os novos equipamentos atendem à política de transportes da empresa, na qual o item renovação de frota é um dos pontos mais importantes na consideração dos indica­dores de desempenho das transporta­doras.

Por meio dessa iniciativa, a Rhodia objetiva consolidar a posição de líder no fornecimento do fenol, um dos produtos mais importantes da empresa, que responde por cerca de 15% do fatura­mento anual do complexo industrial localizado em Paulínia.

“Queremos mostrar que o fenol da Rhodia é dife­rente, porque só quem produz pode ter uma infra-estrutura como essa”, afirmou Antonio Sergio Luvizeto, gerente de negócios da divisão Orgânica Fina América Latina da Rhodia. Essa estratégia, no entanto, também visa reforçar o papel de empresa respon­sável assumido pela Rhodia.

“Nos preocupamos em explicar aos clientes todas as particularidades do produto e o que é preciso fazer para alcançar o máximo desempenho, sempre enfati­zando a necessidade de prevenir possí­veis acidentes”, comentou Luvizeto. E Sartor complementou: “Com essa nova estratégia, a Rhodia coloca no mercado um planejamento logístico de ponta para garantir a qualidade do produto e a total segurança no que se refere ao meio ambiente, diante do risco da operação de transportar produtos químicos através das rodovias brasileiras”.

Química e Derivados: Transporte.Aplicações – Do total de fenol produzido na fábrica de Paulínia, a Rhodia comercializa anualmente 58 mil toneladas, das quais 40% são vendidas para indústrias brasileiras e 5%, expor­tadas para países da América do Sul, principalmente, Argentina e Chile. Hoje, a empresa detém cerca de 70% de participação no mercado de fenol do Brasil, atendendo a aproximadamente 40 clientes, em sua maioria fabricantes de resinas destinadas aos setores automotivo e de construção civil.

Para consumo próprio da companhia, o fenol integra a cadeia do ácido salicílico, base para fazer o ácido acetilsalicílico, um dos analgésicos mais populares do mundo, e para os versáteis salicilatos. O produto é ainda empregado em resinas fenólicas para a produção de moldes para fundição e em resinas destinadas ao setor moveleiro e para a construção civil. Entre as diversas utilizações do fenol também é possível citar a de interme­diário químico para a produção de fios têxteis, plásticos de engenharia, xampus e aditivos para óleos lubrificantes, entre outros. Produto venenoso e corrosivo, o fenol é obtido a partir da oxidação do cumeno, um derivado petroquímico, gerando a acetona como co-produto.

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