Tintas: Abrafati premia indústrias certificadas

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) promoveu em São Paulo, em julho, cerimônia para homenagear sete fabricantes que já produzem onze marcas de tintas imobiliárias com qualidade certificada pelo programa de combate a não-conformidade no setor.

Química e Derivados: Tintas: Cenachi recebeu prêmio pela Renner. ©QD Foto - Divulgação
Cenachi recebeu prêmio pela Renner.

Conduzida pelo presidente da entidade, Dilson Ferreira, a entrega dos certificados contemplou as marcas PintMais (látex), da Tintas Coral; Texcor Plus e Texcril Acrílica (látex), da Cortex; Bellacasa (acrílica fosca), da Killing; Ultravinil, Pinta Casa (látex PVA e PVA profissional), da Renner Sayerlack; Duraplast (látex PVA), da Sherwin-Williams; Acrílica Econômica, da Sunshine; e Rilaplast (PVA) e Unitex (acrílica), da Universo.

Química e Derivados: Tintas: Gonçalves (dir.), por Tintas Coral. ©QD Foto - Divulgação
Gonçalves (dir.), por Tintas Coral.

“Saímos da estaca zero para chegar ao atual estágio de certificação e vamos levar adiante o nosso propósito de melhorar o nível de qualidade das tintas imobiliárias no mercado brasileiro”, afirmou Dilson Ferreira.

Química e Derivados: Tintas: Mark Pitt, pela Sherwin - Willians. ©QD Foto - Divulgação
Mark Pitt, pela Sherwin – Willians.

Instituído junto ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat, do Ministério das Cidades, o Programa Setorial da Qualidade – Tintas Imobiliárias teve início em janeiro de 2003, quando começaram a ser realizadas as primeiras análises no segmento de tintas látex econômicas. Com gestão técnica da Tesis Engenharia, que promove as auditorias e realiza as inspeções das amostras recolhidas ao acaso de empresas, o programa conta com os recursos do laboratório de tintas do Senai Mário Amato, instituição responsável pela execução das análises.

Química e Derivados: Tintas: Marcos killing (dir.), pela Killing. ©QD Foto - Divulgação
Marcos killing (dir.), pela Killing.

Para alcançar certificação, o desempenho das tintas imobiliárias é checado a partir da realização de vários ensaios, envolvendo o poder de cobertura de tinta seca (NBR 14942), cobertura de tinta úmida (NBR 14943), verificando-se ainda a resistência da tinta à abrasão úmida, sem pasta abrasiva (NBR 15078).

Depois de finalizada a primeira fase do programa, prevendo análises em tintas látex econômicas, novos segmentos estarão sendo gradualmente incorporados às avaliações, como é o caso dos esmaltes sintéticos, tintas a óleo, massas corridas e tintas premium. Até o final deste ano, a Abrafati planeja tornar públicas as marcas aprovadas no segmento de massas corridas. O programa da qualidade setorial de tintas conta com a colaboração e apoio de toda a cadeia produtiva, envolvendo fornecedores de matérias-primas, fabricantes de tintas e entidades, como Associação Nacional dos Revendedores de Material de Construção, Associação dos Revendedores de Tintas do Estado de São Paulo e Sindicato da Indústria da Construção.

Nova norma – A qualidade das tintas látex econômicas, em cores claras, amplamente utilizadas no setor da construção civil, em breve estará melhor assegurada, graças aos requisitos mínimos de desempenho estabelecidos em norma a ser baixada pela ABNT, a Associação Brasileira de Normas Técnicas. A resolução, anunciada em abril, constará da norma NBR 15079, prestes a ser publicada pela entidade. Na opinião do presidente da Abrafati, Dílson Ferreira, o fato tem enorme importância para o setor, pois irá contribuir para eliminar do mercado as tintas de baixa qualidade.

Química e Derivados: Tintas: Martinho (dir.) representou Universo. ©QD Foto - Divulgação
Martinho (dir.) representou Universo.

Além de estabelecer requisitos gerais, como a obrigatoriedade de constar das embalagens de tintas dados sobre o fabricante, produto e instruções de aplicação, essa norma impõe vários requisitos específicos para as tintas látex, vinculados a ensaios anteriormente descritos em normas já aprovadas pela ABNT, envolvendo as NBR 15078, NBR 14943 e NBR 14942.Utilizadas como parâmetro para se poder aferir a qualidade dos produtos, as normas da ABNT também são adotadas em questões judiciais, conforme estabelecido no Código de Defesa do Consumidor.

Química e Derivados: Tintas: Steppen (esq.), em nome da sunshine. ©QD Foto - Divulgação
Steppen (esq.), em nome da sunshine.

A propósito da luta pela qualidade empreendida pela Abrafati, a entidade, em resposta a uma solicitação feita pelo Procon do Rio Grande do Sul, reuniu-se com a Fecomac-RS, a Federação dos Comerciantes de Material de Construção do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, no final de junho, para somar ações de combate a não-conformidade de tintas, ocasião na qual foi firmado compromisso de cooperação técnica entre as entidades, com vistas a adotar ações conjuntas para coibir práticas de não-conformidade intencional e sonegação fiscal.

Química e Derivados: Tintas: Ricardo Stiepcich(dir.), pela Cortex. ©QD Foto - Divulgação
Ricardo Stiepcich(dir.), pela Cortex.

As ações previstas teriam como ponto de partida a troca de informações entre as associações de classe e o Procon. “A partir dessa experiência no Rio Grande do Sul, pretendemos estender esse processo aos demais estados brasileiros, trabalhando em estreita colaboração com os órgãos do Procon”, acrescentou Dílson Ferreira.

Química e Derivados: Tintas: Ferreira - certificação aprimora tinta nacional. ©QD Foto - Divulgação
Ferreira – certificação aprimora tinta nacional.

Novos custos – A elevação nos custos das matérias-primas constitui outra forte preocupação setorial. Segundo a Abrafati, os aumentos, da ordem de 25% a 46%, incidem principalmente na produção de emulsões acrílicas e vinílicas, imprescindíveis para a fabricação de tintas látex. “O custo de produção das emulsões acrílicas cresceu 40%, enquanto sobre as emulsões vinílicas o impacto foi de 25%”, revelou o presidente da Abrafati, Dílson Ferreira.

Segundo ele, os principais responsáveis pelos aumentos no custo dessas matérias-primas são produtos químicos para os quais as indústrias de tintas não encontram substitutos, como são os casos do monômero de acetato de vinila, ácido acrílico, monômero de estireno e acrilato de butila. “Esses reajustes provocam uma pressão insuportável nos custos dos fabricantes de tintas látex, atingindo um mercado que não tem, no momento, condições de absorver aumentos de preços, e comprometendo todas as metas de crescimento do setor”, considerou o presidente da entidade.

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