Tensoativos – Novos insumos vegetais melhoram função sensorial dos cosméticos
Provedora de produtos aplicados diretamente sobre a pele humana, a indústria dos cuidados com o corpo, da higiene pessoal e da beleza concede hoje justificadíssima atenção a temas e conceitos como sustentabilidade, associação à natureza – muitas vezes considerada como sinônimo de fontes renováveis – e suavidade. E, obviamente, exige preocupação similar dos fornecedores de seus tensoativos, componentes fundamentais da maioria desses produtos, aos quais permitem, entre outras coisas, o exercício da função básica de limpeza.
Há atualmente tensoativos formulados com conteúdo maior de insumos provenientes de fontes naturais renováveis, mesmo na forma de versões do tradicional lauril éter sulfato de sódio (LESS), ainda amplamente majoritário no segmento dos surfactantes mais solúveis em água, usados nas categorias de maior volume desse mercado, incluindo xampus e sabonetes (há também os tensoativos emulsionantes, empregados em artigos como condicionadores, cremes e loções).

Integrante do conjunto dos tensoativos aniônicos, o LESS é produzido pela etoxilação de um álcool graxo, geralmente proveniente de óleo de palmiste, com posterior sulfatação e neutralização. Nessa versão mais recente, o óxido de etileno utilizado no processo de etoxilação provém da rota da cana-de-açúcar, e não da petroquímica. E, de acordo com Alessandra Batelli, diretora regional de home e personal care da Rhodia Novecare, comparativamente com o equivalente tradicional, o LESS etoxilado oriundo da cana contribui para a redução de 30% das emissões totais de gases causadores de efeito estufa.
Unidade do grupo Solvay que tem nos surfactantes seu principal segmento de atuação, a Rhodia Novecare comercializa há cerca de dois anos, com a marca Rhodapex Nat, essa versão do surfactante. “Mesmo tendo como base um LESS vegetal, seu desempenho não é comprometido, e ainda permite aos formuladores projetar xampus, condicionadores e sabonetes sustentáveis” e ecológicos”, afirma Alessandra.
Além disso, ela prossegue, essa versão é altamente concentrada: tem 70% de substância ativa e 30% de água. “Essa forma altamente ativa também contribui para a redução do impacto ambiental, por exemplo, pela redução da quantidade de embalagens e das emissões no transporte”, observa Alessandra.
Por enquanto, a Rhodia Novecare importa da Índia esse LESS etoxilado de origem alcoolquímica, cujo custo é mais elevado do que o tensoativo feito com óxido de etileno petroquímico. “Ele é ainda utilizado basicamente em xampus premium”, ressalta a diretora.
Fornecedora nacional de óxido de etileno proveniente de petróleo, a Oxiteno também já tem em seu portfólio um LESS no qual esse insumo da etoxilação é proveniente de etanol de cana. Comercialmente denominado Alkopon ECO, esse produto, afirma Maurício de Andrade Lopes, gerente global de vendas de home e personal care da Oxiteno, integra-se ao conceito Greenformance, com o qual trabalha hoje sua empresa, e que se apoia em pilares como o uso mais intenso de insumos gerados por fontes renováveis, menos agressivos ao meio ambiente, com melhor performance e mais suavemente assimiláveis pelo organismo.
Lopes também associa ao conceito Greenformance o Alkont EL 3645, um éster etoxilado integrante da categoria dos tensoativos não iônicos, usados principalmente em formulações de xampus, sabonetes líquidos e cremes para o corpo, proveniente de duas fontes renováveis: açúcar de milho e ácidos graxos. Segundo ele, esse produto atua como um espessante e é ideal para ser aplicado em produtos infantis para o rosto e para o corpo, pois não irrita os olhos e é livre de conservantes, sendo ainda adequado para produtos direcionados para higiene íntima, por não apresentar irritabilidade dérmica, sensibilização ou efeitos alergênicos.
Lançado pela Oxiteno inicialmente para xampus, e posteriormente também para cremes e loções, o Alkont EL 3645, diz Lopes, adapta-se mais aos preceitos da sustentabilidade não apenas por sua origem de fontes renováveis: “Ele é adicionado na formulação a frio, não precisa ser aquecido para ser colocado na mistura; e dessa forma colabora com a economia de energia.”
BOM DIA .MINHA EMPRESA PRODUZ COSMETICOS , ONDE PODEMOS COMPRAR INCROQUAT BEHENYEL TMS
Olá, onde poderia comprar o lauril vegetal ou lauril glucoside ?
Você pode procurar no guiaqd.com.br, tensoativos ou surfactante não iônico. https://www.guiaqd.com.br/listing-category/tensoativos-nao-ionicos/ diversos fabricantes e distribuidores, algum deles pode ter o de origem vegetal.
Boa tarde, onde consigo comprar o EcoSense™ 1200 (Lauryl Glucoside), Decilglucósido de coco e o Caprylyl caprilo glicosídeo no Brasil? Não consigo encontra-los.
Obrigado.