Tendências em embalagens

Práticas de negócios seguem novas tendências de consumo

Produtos “verdes”, mudanças de design, assistência técnica, diversificação de oferta e serviços customizados, em alguns casos. Estes são os principais fatores que alimentam a estratégia comercial dos fornecedores de embalagens, visando capilarizar as tendências de consumo. Busca-se também atender o aumento de demandas específicas de clientes potenciais, bem como a conformidade em relação a normas e certificações.

Tendências em embalagens: tambores plásticos nas versões 220 L e 250 L

Um dos exemplos mais emblemático neste sentido foi o lançamento, na feira Interpack deste ano, em Düsseldorf (Alemanha), pela Schütz da tecnologia Green Layer, que consiste em tambores plásticos nas versões 220 L e 250 L, como informou o gerente de marketing Hugo Makio Sugahara.

Construída com tripla camada plástica, a inovação tem em sua camada intermediária material proveniente de resina plástica reciclada.

Dessa forma, a companhia oferece ao mercado um tipo de embalagem desenvolvido com plástico virgem, porém, contendo 30% de material reciclado. Essa característica está em conformidade com os parâmetros de sustentabilidade, pois poupa a emissão para a atmosfera de 3,8 kg de CO2 por tambor, salienta Sugahara.

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Tambor Green Layer é feito com 30% de plástico reciclado

Ainda na feira, a Schütz apresentou um novo design de palete totalmente feito de material reciclado para sistemas de galpões automatizados, melhoria do sistema de proteção antichamas do ecobulk SX-D (tubo de imersão) envolto por chapa de aço e um sistema de respiro para tampas dos IBCs cleancert e foodcert, dentre outras inovações. Esses são produtos destinados ao envase de material que demandam alto grau de pureza, evitando-se qualquer tipo de contaminação, conforme esclareceu o gerente.

O portfólio da empresa atende diversos segmentos da indústria química, com envase de produtos em estado líquido. A lista de clientes é composta por produtores de agroquímicos, petroquímicos, químicos básicos e especialidades químicas. Inclui também demandantes de embalagens para produtos químicos para o setor de construção civil, tratamento de superfícies, papel e celulose e adesivos e selantes.

Seu carro-chefe são as diversas variações de IBCs, em especial os destinados a indústrias com alto grau de exigências em seus processos produtivos. Um exemplo clássico são as embalagens para a indústria de tintas automotivas, que requer alto nível de pureza.

Resistência para o envase de produtos químicos

Toda linha de embalagens da Emplas se caracteriza pelas propriedades de resistência para o envase de produtos químicos, diz Paulo Cesar Pinto Tavares, diretor de comunicação e marketing. Algumas especificações facilitam a aplicação do produto por meio do formato, a exemplo do que ocorre com as embalagens dosadoras. Há casos em que a embalagem também contribui para um armazenamento mais adequado do produto, em se tratando de paletização.

“Possuímos uma extensa linha de frascos de 100 ml a dois litros e potes que vão de 250 gramas até 7,2 kg. Além disso, disponibilizamos bombonas de três a 50 litros, todas elas homologadas para transporte de produtos perigosos, quando necessário. Somos especialistas em embalagens rígidas sopradas em PEAD para produção de frascos, potes e bombonas destinadas a produtos líquidos e sólidos. O portfólio abrange os pastosos, granulados, viscosos e outros”, descreve Tavares.

Embalagens: Práticas de negócios seguem novas tendências de consumo ©QD Foto: iStockPhoto
Bulkliner da Topack é feito de PP para conter químicos

Novidades da Topack

Agronegócio e petroquímico são os grandes puxadores dos negócios da Topack, cuja estratégia de vendas se baseia no atendimento conforme a solicitação de cada cliente. “Trabalhamos para atender uma gama de especificações, mas cada um tem o seu produto, exigindo uma embalagem com o tamanho e capacidade adequados”, justifica o diretor da companhia, José Luiz Parrode.

A oferta da empresa consiste em big bags e bulkliners, em tecidos de rafia de polipropileno (PP) e polietileno (PE). São produtos de alta resistência e tenacidade, aditivados contra raios UV e com fácil manuseio, destinados ao transporte de carga seca, tais como materiais sólidos na forma de pó ou grãos.

Parrode cita como exemplo produtos como açúcar, levedura, sementes, minérios e polímeros, reiterando que o volume maior da produção de embalagens é direcionado para alimentos, seguido pela indústria petroquímica. Esse percentual é constituído por polímeros e resina PET, que posteriormente são transformados em embalagens alimentícias.

Mais tendências em embalagens

O bulkliner, carro-chefe do setor petroquímico, consiste num revestimento interno para contêineres de aço de 20 e 40 pés, visando resguardar o transporte seguro de materiais sólidos na forma de pó ou grãos. Trata-se de uma opção no transporte de produtos a granel, em substituição aos big bags, assegurando sua integridade e proteção contra contaminações, mas existe um limite máximo de tonelagem permitida para tráfego em rodovias.

Dentre os benefícios da utilização do bulkliner, segundo a empresa, destacam-se a redução do tempo e custo nos processos de carga e descarga; facilidade na remoção de qualquer tipo de carga seca e menor uso de empilhadeiras. Além disso, minimiza o risco de contaminação do produto transportado, pois é feito de tecido resistente e dispensa contato manual durante a carga e descarga.

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Sistema de conteiner in bag, fabricado pela Rentank

A aposta da Rentank está em oferecer projetos, acessórios e soluções customizadas para as linhas de produção dos clientes, incentivando testes e desenvolvendo daquilo que eles desejam e necessitam, informa o gestor de negócios Lauricio Honnicke Bassi. “Produzimos embalagens destinadas aos segmentos químico, tinta, alimentício, cosmético e logístico, ofertando alternativas que se encaixam em tudo no dia a dia, por exemplo, pasta de dente, perfumes, essências, massas e condimentos, polpa de fruta, balas, chocolate e muitos outros”, relata Bassi.

O portfólio da empresa está subdividido em linha rígida e articulada. A primeira inclui contentores homologados para transporte, armazenagem e uso nos processos de fabricação de produtos. São fabricados em aço inox, nos modelos cúbicos e cilíndricos com alta resistência e durabilidade. A linha articulada também consiste de contentores, porém com mais mobilidade e flexibilidade para transportar e armazenar produtos. O aço está presente igualmente em sua estrutura assim como o polipropileno, tornando-as reforçadas, mas dobráveis, o que permite a logística reversa com redução de custos e de espaço, segundo informações da empresa.

“Nossas embalagens rígidas proporcionam total segurança no transporte e armazenagem de produtos classificados, comuns ou perigosos, e facilitam o escoamento. Tem base de apoio para empilhamento, bocal para envase, dispositivo de segurança, abertura e fechamento rápido da tampa, fundo abaulado para facilitar o escoamento”, detalha Bassi.

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Linha rígida cilíndrica é uma opção fornecida pela Rentank

 

 

As inovações mais recentes da Bomix consistem num pote de um litro em substituição a outro modelo de ¼ de litro, metálico, e num copo para requeijão, de 200 gramas. A lista inclui ainda três baldes, sendo um deles oval, de 18 litros, outro para 12 litros (para 20 kg a 22 kg de massa e complementos) e o terceiro, retangular para 15 litros, como relatou o diretor comercial Alexandre Rosário.

Em sua maioria, as embalagens fabricadas pela companhia – todas em formato oval, retangular e redondo – são destinadas principalmente aos setores de alimentos, tintas e químico. Mas a Bomix disponibiliza outros itens com destinação diferenciada, tais como frascos e bombonas, com volumes de 500 ml a 25 l, voltadas para os mercados agroquímico, alimentício, farmacêutico, lubrificantes e personal care, acrescentou.

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