Setor de Tintas – Um setor forte e preparado para os desafios futuros
Setor de Tintas – Promover a competitividade na indústria de tintas é um dos objetivos prioritários da Abrafati, para o qual vem desenvolvendo um conjunto articulado de programas e ações, ao longo das últimas três décadas. Essas atividades têm foco em variados aspectos, que vão do ordenamento do mercado à capacitação profissional, passando pelo incentivo ao desenvolvimento tecnológico, pela criação de um ambiente favorável aos negócios e pela defesa de medidas que levem à redução de custos.
O esforço em prol da competitividade, portanto, permeia todas as atividades da Abrafati. Pode ser destacado, por exemplo, o Programa Setorial da Qualidade – Tintas Imobiliárias, que vem contribuindo para que, com um mercado mais ordenado, exista maior isonomia competitiva, juntamente com incentivos concretos para o investimento dos fabricantes em pesquisa e desenvolvimento, em valorização de suas marcas, em diferenciação, resultando em tintas melhores, mais inovadoras e com melhor relação custo-benefício. Da mesma forma, o Programa Pintor Profissional Abrafati age nessa direção, ao estimular as vendas e trazer ganhos para a imagem das tintas como produto, dois aspectos em que o trabalho bem feito dos pintores é fundamental.

A busca pela competitividade também está presente em iniciativas que visam proporcionar oportunidades para a geração de negócios, a discussão dos rumos do setor e o networking. É o caso do Congresso Internacional de Tintas e, ainda mais fortemente, da Exposição de Fornecedores para Tintas, que permitem avaliar as novidades, conhecer o imenso potencial do mercado e buscar novas oportunidades. A cada edição, milhares de profissionais se envolvem em reuniões, negociações, demonstrações e apresentações técnicas, cujos reflexos se fazem sentir durante longo tempo.
“A presença de um conjunto de fornecedores que formam a vanguarda do setor e que investem bilhões de dólares anualmente em pesquisa e desenvolvimento torna a Exposição o local ideal para conhecer as inovações e para aproximar fabricantes de tintas de fornecedores, encontrando recursos e novas ideias para o aprimoramento de sua produção e seus processos. A realização simultânea com o Congresso proporciona, adicionalmente, ótimas condições para a interação entre os profissionais da cadeia e para a discussão de novas possibilidades. É uma contribuição inestimável para que o setor avance e se torne cada vez mais competitivo”, destaca Dilson Ferreira, presidente-executivo da Abrafati.
O papel do evento vai além, impactando positivamente o ânimo do mercado. Na última edição, em 2015, por exemplo, corredores movimentados, estandes cheios, semblantes animados, conversas promissoras e forte interação entre os participantes contribuíram para superar o discurso negativo em relação ao cenário de curto prazo, abrindo oportunidades concretas. Dentro do pavilhão, o clima era amplamente favorável, estimulando os negócios e reforçando a crença no enorme potencial do mercado brasileiro. Foi isso que puderam constatar os 242 expositores presentes, de todo o mundo, e os quase 13 mil visitantes que compareceram.

Busca de soluções – A união de esforços com outros setores empresariais é uma das estratégias para incentivar o crescimento e promover a competitividade. Desde a década de 1980, inúmeras ações conjuntas foram levadas a cabo com entidades representativas dos mais variados segmentos – com destaque para a cadeia de construção, a indústria química e o varejo de tintas e de materiais de construção –, sempre buscando melhorar o ambiente de negócios, abrir oportunidades e fomentar o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
“É preciso, em conjunto, criar uma pauta positiva, para que ela tenha mais força. O caminho daqui para a frente é fazer com que todas essas entidades e também órgãos governamentais estejam juntos, para promover, de uma forma efetiva, o crescimento. A crise atual é um catalisador. É um momento difícil, em que temos de tomar decisões não tão agradáveis, mas é um estímulo para que as empresas se modernizem e se tornem mais eficientes, sustentando-se no mercado. Assim, quando vier o momento de prosperidade, estaremos preparados para crescer, crescer e crescer…”, afirma Antonio Carlos Lacerda, ex-presidente do Conselho Diretivo da Abrafati e vice-presidente sênior de Químicos, Produtos de Performance e Sustentabilidade da BASF para a América do Sul.Um dos exemplos mais significativos nessa área, pela amplitude da participação e pelos resultados alcançados, foi a criação da União Nacional da Construção, em 2006.
Com a participação ativa da Abrafati, esse grupo trabalhou intensamente junto ao governo federal para defender o estímulo à construção civil e à infraestrutura, considerando-o como fator indutor do crescimento econômico e, ao mesmo tempo, de melhoria dos problemas sociais do País. Esse trabalho levou ao lançamento de programas como Minha Casa, Minha Vida e PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), impulsionando o desenvolvimento brasileiro e do setor de tintas.

No âmbito governamental, a Abrafati também construiu um histórico muito positivo de relacionamento, calcado na seriedade de seus propósitos e na consistência dos argumentos que apresenta. Desde os seus primeiros tempos, quando tinha de lidar com o CIP (Conselho Interministerial de Preços) para obter autorização para aumentos de preços das tintas no período de alta inflação ou com a Cacex (Câmara de Comércio Exterior), para liberar importações de matérias-primas, a associação foi reconhecida como interlocutora confiável e representativa de um setor relevante.
Nessa esfera, merece destaque o trabalho voltado para a desoneração tributária, buscando formas de eliminar ou suavizar impactos aos custos do setor. Esse trabalho envolveu matérias-primas – entre as quais dióxido de titânio, monômero de acetato de vinila (VAM) e diisocianato de tolueno (TDI) –, equipamentos como as máquinas tintométricas e as próprias tintas. Essas desonerações chegaram a representar, em alguns anos, uma economia de 30 milhões de dólares, que fabricantes de tintas deixaram de desembolsar em impostos na importação de matérias-primas e equipamentos, cuja produção doméstica era inexistente ou insuficiente para atender à demanda. “Foram conquistas muito positivas para a indústria de tintas, que evitaram que recaíssem ônus desnecessários sobre o setor e fortaleceram a sua competitividade”, assinala Dilson Ferreira.
A Abrafati conduz uma série de programas e ações que têm por objetivo a busca do desenvolvimento setorial sustentável. Essas iniciativas desempenham papel chave na construção do futuro da cadeia de tintas, que evolui e se renova continuamente. Ao mesmo tempo, representam uma significativa contribuição para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Em uma série de artigos, a Associação apresenta aqui um resumo dos avanços dos últimos 30 anos e do que está por vir, relacionados a temas essenciais. Nesta edição, são explicadas as ações e os programas desenvolvidos pela ABRAFATI em prol da competitividade do setor.