IBC para mil litros é o carro chefe da Schütz Vasitex
A retomada da indústria e o aumento relativo do consumo vêm repercutindo positivamente no setor de embalagens, encorajando fornecedores a expandir a produção e diversificar a oferta. O aquecimento da demanda é puxado tanto pela indústria química como por outras cadeias produtivas, como fabricantes de alimentos e medicamentos, bem como grãos, minérios e outros. O alinhamento dos mercados aos preceitos da agenda ESG também contribui para o desenvolvimento de novos produtos e serviços em conformidade com a sustentabilidade socioambiental.
Investimentos no setor de embalagens
A aposta em perspectivas otimistas para o futuro, a partir desse movimento ascendente da conjuntura econômica atual, levou a Emplas a investir R$ 20 milhões na aquisição de cinco máquinas, como parte de um plano para expandir a produção.
Outros R$ 16 milhões foram alocados para a construção de uma nova fábrica de 17 mil metros quadrados, em Valinhos-SP. O empreendimento ocupa parte de um terreno com 30 mil m² e abriga compressores e torres de resfriamento até sistemas de segurança.
“Com essa nova planta, conseguiremos aumentar em até 40% nossa capacidade de produção, alcançando maior agilidade e melhor qualidade de nossos produtos. Agora estamos prontos para atender o aumento da demanda e elevar o faturamento, ancorados no trabalho de nossa equipe comercial” afirmou Paulo Cesar Pinto Tavares diretor de comunicação e marketing.
Especializada em embalagens plásticas, a companhia que completa 30 anos de funcionamento em 2023, segue a tendência de crescimento do setor, percebida nos últimos dois anos.
Tavares: nova planta ampliará em 40% a capacidade da Emplas
O objetivo imediato da expansão, segundo, Tavares, é “conseguir maior produtividade com a mesma qualidade que já possuímos”, citando como exemplo, a boa performance da companhia na produção de embalagens rígidas sopradas em PEAD.
Aquecimento dos negócios
A Rentank, cujo carro-chefe são as embalagens metálicas, animou-se já em 2022, com o crescimento de 3,9% na demanda do setor de embalagens industriais, em comparação com o desempenho registrado em 2021, segundo um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas. O patamar de crescimento prospectado na época pela FGV não se manteve em 2023, mas as operações da empresa estão “a todo o vapor”, como sintetizou o gestor de negócios Lauricio Honnicke Bassi.
Com o empenho da equipe de vendas, segundo ele, a companhia buscou novas oportunidade de negócios, conquistando clientes potenciais e, ao mesmo tempo, ampliou as locações de equipamentos. Por meio dessa estratégia comercial, a Rentank se reposicionou no mercado e diversificou seu portfólio, atendendo a novas necessidades dos clientes, acrescentou Bassi.
É bem provável que os ventos favoráveis às embalagens industriais estejam sendo impulsionados também por uma espécie de “mão invisível” resultante das características estruturais do próprio setor. Por conta desse fenômeno intangível, registrou-se um efeito cascata que se multiplica e aquece os negócios de outras cadeias produtivas, segundo a avaliação de alguns empresários entrevistados.
Linha industrial da Bomix tem bombonas e baldes plásticos
“A embalagem tem ligação imediata com o aumento de consumo, impactando o setor financeiro e a manufatura, elevando assim as perspectivas de melhorias e de modernização no setor produtivo, inclusive por meio de novos produtos” argumenta José Luiz Parrode, diretor da Topack, fabricante de big bags e bulkliners.
O setor convive, de fato, com uma onda de crescimento, apesar da volatilidade e dos desafios já conhecidos do ambiente de negócios do país, complementa Alexandre Rosário, diretor comercial da Bomix, referência de mercado em bombonas plásticas. O diretor atribui as melhorias no cenário tanto ao aumento da demanda agregada de alguns segmentos industriais quanto à evolução da indústria de plásticos, em particular.
Rosário ressaltou que a Bomix também vem otimizando os processos produtivos, visando melhorar seus indicadores de desempenho. Mas, por razões estratégicas, optou por não revelar quanto investiu em modernização do chão de fábrica para atender as novas demandas do mercado de embalagens industriais.
Rosário: investimentos para acompanhar mercado global
“Estudamos o que há de mais avançado no mercado mundial e procuramos adaptar as novas tecnologias à realidade do Brasil e aos nossos processos. Para isso, estamos em constante investimento, tanto de maquinário, quanto no desenvolvimento dos nossos colaboradores”, afirmou.
Quanto mais diversificada a oferta, maiores serão as chances de os fornecedores se beneficiarem de fatores conjunturais positivos, oriundos de cadeias industriais demandantes de embalagens. O raciocínio é do gerente de marketing da Schütz Vasitex, Hugo Makio Sugahara, ao se referir aos ganhos qualitativos e quantitativos obtidos pela empresa em consequência da aplicabilidade de seus produtos e serviços, incluindo economias de escala e indicadores de competitividade.
Nos primórdios da trajetória da companhia, segundo ele, o setor de embalagens industriais era pautado basicamente pela disponibilidade de oferta e disputas por preço. Mas a empresa apostou na evolução dos negócios e nos princípios de sua cultura. Com isso colocou em prática processos de produção mais avançados que contemplaram a melhoria da qualidade e o respeito ao meio ambiente, valores de perfil simbólico que reforçaram seu posicionamento e coincidiram com “a preocupação social com um mundo mais verde e sustentável”, afirmou Sugahara.
Hoje, a gama de produtos e serviços seguindo essa nova tendência gera vantagem competitiva também para os clientes, os quais se beneficiam do processo de logística reversa, fechando o ciclo de vida dos produtos. Ele cita como exemplo o lançamento este ano da nova tecnologia Green Layer para tambores e IBCs.
Para informações sobre fornecedores de embalagens, consulte o Guia QD, o mais eficiente Guia de Compra e Venda da indústria química, saneamento, processos químicos, petrolífera, energética, laboratorial e do plástico.