Projetos de tanques devem contemplar aumento das cargas de vento, alerta Tecniplas

As mudanças climáticas trouxeram uma nova preocupação para as empresas que utilizam tanques em suas operações: o aumento das cargas de vento. Rajadas de até 200 km/h podem danificar ou até arrancar os reservatórios das suas bases, causando enormes prejuízos financeiros e colocando muitas vidas em risco.

“Nos últimos anos, houve a formação de corredores de tornados na Região Sul. A força do vento também é muito intensa no estado de São Paulo, com destaque para as cidades de Sorocaba, Itu e Indaiatuba”, afirma Gerson Vieira, gerente de engenharia da Tecniplas, líder brasileira em tanques e equipamentos de compósitos em PRFV (Plástico Reforçado com Fibras de Vidro).

Tanques da Tecniplas fornecidos para a Casan: reforços protegem estrutura contra pressão externa

Em primeiro lugar, para evitar ocorrências relacionadas ao vento, os fabricantes dos reservatórios devem considerar nos cálculos estruturais as informações das isopletas que constam na norma NBR6123 – “Forças devidas ao vento em edificações”. “Mas a norma é de 1988 e, de lá para cá, aconteceram diversas alterações nas isopletas de ventos no Brasil”. Daí porque, ressalta Vieira, o fornecedor do tanque deve levantar todos os dados antes do início do projeto.

“Às vezes, a região não está sujeita a forças de vento tão intensas, mas o tanque será instalado numa área alta e bastante aberta, situação comum em fornecimentos para condomínios. Em outros casos, as rajadas são constantes, mas o equipamento ficará dentro de um galpão. Por isso é fundamental ter em mãos todas as informações antes de começar o trabalho”, explica o gerente de engenharia da Tecniplas.

Concluída a etapa de identificação dos riscos, a Tecniplas projeta os tanques sujeitos a cargas de ventos com a adição de áreas de reforço, o que os protege contra as pressões externas e evita amassamentos que podem danificar a sua estrutura. “O cenário mais desafiador ocorre quando o tanque está vazio, pois o líquido exerce força contrária e ajuda a reduzir os danos causados pelas rajadas”.

Em comparação aos reservatórios convencionais, os tanques projetados para atuar em áreas com altas cargas de vento têm preço, em média, 15% superior. “É uma despesa adicional que vale a pena, pois os reparos podem custar muito caro, isso quando não ocorre a perda total do equipamento”. Vieira ressalta que outro ponto fundamental é o projeto de sustentação e ancoragem do tanque – essa etapa não é de responsabilidade da Tecniplas. “O instalador deve calcular corretamente a base civil e fazer a instalação adequada dos chumbadores, para que o vento não arranque o tanque da sua base”, observa.

SABESP e CASAN
Entre os vários fornecimentos da Tecniplas para empresas que sofrem com as elevadas cargas de vento, Vieira menciona alguns projetos para a Companhia Catarinense de Água e Saneamento (CASAN) e Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (SABESP). “Para a Sabesp, por exemplo, produzimos tanques que foram instalados próximos à cidade de Ibiúna, numa área de difícil acesso e fortemente afetada pelos ventos. A região é tão complexa que os reservatórios foram transportados até lá de helicóptero.

Fabricamos também colunas de 26 m de altura instaladas no Ceará, projeto que contemplou igualmente o estudo das cargas de vento”.

Fundada em 1976, a Tecniplas opera em Cabreúva (SP) a maior planta para a fabricação de tanques e equipamentos especiais de compósitos em PRFV do Brasil. Além de atuar no mercado de saneamento básico, a empresa está presente nos setores de álcool e açúcar, papel e celulose, química e petroquímica, saneamento básico, fertilizantes e alimentos e bebidas.

Para mais informações, acesse www.tecniplas.com.br ou ligue para (11) 45280090

 

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