PPS – Polifenilenosulfeto – Demanda Mundial
A demanda mundial de PPS (polifenilenosulfeto), depois de alguns anos de estabilidade em torno de 70 mil t/ano, parece que está deslanchando e já caminha para 100 mil t anuais.
A combinação de pelo menos duas das três principais características dessa resina semicristalina de alto desempenho – excelente estabilidade química, temperatura de serviço (HDT próxima de 170ºC) e propriedades mecânicas – é responsável pelas principais aplicações:
• Peças de eletrodomésticos;
• Componentes elétricos (conectores, interruptores);
• Componentes de sistemas automotivos: combustível, elétrico, resfriamento;
• Revestimentos anticorrosão (por aplicação eletrostática em leito fluido etc.);
• Não-tecidos: para filtros de poeira em termoelétricas a carvão, filtros para telas secadoras de papel.
Mais de 85% das vendas de PPS são sob a forma de compostos com fibras de vidro, ou com cargas minerais.
O primeiro produtor mundial de PPS foi a (hoje em dia) Chevron Phillips, que ainda lidera o ranking das capacidades instaladas não chinesas, com 20 mil t/ano. Outros produtores:
• Ticona (parceria com a japonesa Kureha)
• Dainippon Ink
• Toray
Mas a maior produtora mundial é a chinesa Sino Polymers, que este ano deverá chegar a 55 mil t/ano com a partida de uma segunda planta. A China responde por metade da demanda mundial, boa parte em virtude da importância do carvão no balanço energético do país.
A demanda brasileira de PPS chega a umas 800 t/ano, englobando resina, compostos e semiacabados – pouco menos de 1% da demanda mundial, normal (infelizmente!) para as resinas de alto desempenho em geral. Uma das aplicações significativas é a produção, utilizando monofilamentos extrudados (importados), de telas para a indústria papeleira.
O ponto de partida para a produção de PPS é o p-DCB, cuja oferta é limitada pela demanda do coproduto o-, que se encontra em declínio.
Daí o interesse despertado pelo novo processo da coreana SK Chemicals, em parceria com a Teijin. As duas empresas anunciaram um projeto para eventuais 20 mil t/ano de PPS, usando uma rota “isenta de cloro e de benzeno”.
Enquanto isso, a Lanxess anuncia um investimento de US$ 4 milhões para a instalação em Leverkusen de um novo cristalizador de p-DCB.
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