A Petroquímica União (PQU), central paulista de matérias-primas petroquímicas, de Santo André-SP, fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 31,4 milhões, um aumento de 66% em relação ao período janeiro-março.
No semestre, o lucro líquido acumulado atingiu a marca de R$ 50,3 milhões.
Para a PQU, tendo em vista o desempenho tímido da economia como um todo, o resultado foi surpreendente.
Mas alguns fatores explicam o sucesso.
Para começar, de acordo com comunicado da empresa, houve rígida administração do fluxo de caixa e conseqüente diminuição dos custos fixos e variáveis, redução do serviço financeiro da dívida, excelente desempenho operacional sem interrupção do craqueamento da nafta e, para finalizar, um desempenho comercial satisfatório.
Mieli – empresa não sofreu os efeitos da desvalorização do real.
De acordo com Fernando Mieli, diretor financeiro e de relações com os investidores, a PQU não sofreu o efeito da variação cambial, uma vez que recomprou, há dois anos, sua dívida em dólar.
Outro indicador positivo foi, nos primeiros seis meses do ano, a geração operacional de caixa de R$ 108,8 milhões, permitindo a apropriação de juros sobre o capital, até junho, no montante de R$ 18,2 milhões. O lucro por ação foi de R$ 0,5018.
Outro fator importante para o bom desempenho foi a comercialização de 93 milhões de litros de gasolina, depois da autorização oficial no início do ano.
Junte-se a isso o maior preço médio de venda dos produtos e o faturamento bruto, no primeiro semestre, atingiu R$ 995,4 milhões. Isso representa um acréscimo de 23% ante o mesmo período do ano passado.
Já a receita operacional líquida da companhia aumentou 14%, alcançando R$ 729,3 milhões e o lucro operacional foi de R$ 80,7 milhões.
No final de junho, a dívida dolarizada da companhia situava-se em US$ 67,2 milhões, contra US$ 82,4 milhões do primeiro semestre de 2000.
Em volumes, a PQU comercializou 768 mil toneladas de produtos. O índice de produtividade por empregado foi de 230 toneladas por mês, representando a segunda melhor marca dos últimos cinco anos.
Em relação ao racionamento de energia, bom ressaltar ainda que a PQU implementou um programa de contingência para reduzir o consumo além da meta estabelecida pela Eletropaulo, repassando o excedente a seus clientes.
Desde junho, a empresa cedeu a seus clientes 6.290 MWh/mês, sendo 2.500 MWh/mês em junho e 3.790 MWh/mês em julho.