Petroquímica: Copesul investe R$ 40 mi para fazer manutenção

A Companhia Petroquímica do Sul (Copesul) parou as atividades da planta 1 no dia 16 de abril, devendo retornar à operação normal a partir de 7 de maio, deixando de produzir o equivalente a 3,5% do faturamento da companhia, que em 2000 foi de R$ 2,9 bilhões.
A parada da principal linha produtiva de matérias-primas petroquímicas do pólo gaúcho – a planta 2, inaugurada em julho de 1999, responde por 40% da capacidade total – estava sendo planejada desde maio de 2000 e representa significativo avanço em relação às operações anteriores.
A última parada de manutenção programada da Copesul foi realizada em 1996 e durou 35 dias.
Desta vez, para cumprir maior número de tarefas (cerca de 15 mil inspeções ou trocas de equipamentos), serão gastos apenas 21 dias, trabalhados ininterruptamente, em turnos de 12 horas, envolvendo 3.850 profissionais.
O custo dessa parada, sem contar a perda de faturamento, monta a R$ 40 milhões no campo de operações, acrescidos de US$ 3 milhões em atualização tecnológica.
Findo o trabalho, a próxima parada de manutenção dessa unidade só será feita em 2007.
A parada tem por objetivos promover a manutenção das instalações, de modo a prevenir paralisações ocasionais e acidentes, além de aumentar a eficiência da planta 1, de modo a torná-la mais econômica.
Não se esperam ganhos relevantes de produção.
Para as empresas da segunda geração petroquímica do pólo gaúcho, abastecidas diretamente pela Copesul, haverá redução de fornecimento de matérias-primas, em parte compensado pela compra de produtos de fora da região.
Ipiranga Petroquímica e DSM Elastomers já anunciaram que importarão propeno da Copene (Camaçari-BA), usando a infra-estrutura e as utilidades da Copesul, áreas que funcionarão normalmente. Já a OPP vai reduzir sua produção.
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