Perspectivas 2014 – Máquinas: Máquinas para plástico têm bons prognósticos

Química e Derivados, Perspectivas 2014 - Máquinas: Máquinas para plástico têm bons prognósticos
A Pavan Zanetti, tradicional fabricante brasileira de sopradoras e distribuidora no país de injetoras de origem chinesa, é bom paradigma do desempenho do setor de máquinas para plásticos. O que ocorre com a empresa dá uma boa ideia do mercado do ramo. “Acreditamos que 2014 será um bom ano para o setor, pois teremos eleições gerais e Copa do Mundo. Creio que o consumo de embalagens e produtos injetados crescerá por conta desses eventos. Deve atingir de forma mais positiva a procura por injetoras”, avalia o diretor Newton Zanetti.

Para o dirigente, apesar do sentimento positivo sentido por ele, existe uma preocupação. Tem sido detectada uma desconfiança do mercado, observada em diversas pesquisas de entidades ligadas ao setor industrial, como CNI e Fiesp. “Nada podemos fazer sobre isso, os problemas que geram desconfiança são fatores como gastos governamentais, política de preços controlados, atuação do Banco Central, inflação e o custo Brasil.” Os problemas são ligados ao governo federal. “Não vejo o governo inerte e medidas de apoio ao investimento foram tomadas, como a permanência do Finame PSI, importantíssima para o setor. Nós ainda estamos otimistas”, ressalva.

Zanetti não tem queixas em relação ao desempenho de 2013, em especial no mercado do sopro. “Em 2012 as vendas foram médias. O ano de 2013 começou pouco promissor, a preocupação era a de que seria morno como o anterior.” Nas vésperas da Feiplastic, uma surpresa. “Tivemos um incremento inesperado de vendas de sopradoras, que se manteve após a feira, fazendo com que o ano fosse melhor do que o anterior.”

Ele não consegue dar explicação plausível para o incremento verificado antes da feira. “Normalmente isso acontece durante e depois do evento. Acho que houve um represamento de compras de máquinas que chegou ao limite, os clientes não tiveram como esperar a feira acontecer para se lançar aos negócios.” Como a feira foi também boa, o nível de vendas se manteve num bom patamar até o final do ano. “Tivemos um aumento considerável em nosso faturamento, somando os resultados das vendas de injetoras e sopradoras para PET.”

Em relação ao mercado de injetoras para os mercados não ligados ao PET, os negócios não evoluíram tão bem. “Houve aumento do dólar e os preços subiram de maneira proporcional ao da moeda americana. Com isso, não tivemos o esperado aumento considerável de unidades vendidas. O crescimento foi pífio.” Por outro lado, o faturamento subiu com os preços majorados. Somando perdas e ganhos, o resultado foi considerado satisfatório.

A torcida agora é pela estabilidade da moeda. “Especula-se que o dólar vá ficar em torno de R$ 2,40. Com esse valor, creio que o ambiente de negócios irá tender para a normalidade”, avalia. Para Zanetti, todos os fornecedores terão que se adequar ao novo patamar da cotação. Os que tinham estoques não têm mais e a concorrência será mais fácil. “Tenho confiança de que em 2014 o setor de injeção voltará a crescer em unidades vendidas. Vamos buscar nossas metas.”

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