Perspectivas 2014 – Automação: Negócios em 2013 só em manutenção

Química e Derivados, Perspectivas 2014 - Automação: Negócios em 2013 só em manutenção
Em 2013, foi interrompido o processo de retomada dos investimentos em automação e controle registrados no Brasil nos dois anos anteriores, relata Nelson Ninin, da Abinee. Foram executadas as atividades rotineiras de manutenção das plantas em operação, algumas delas receberam recursos para modernização ou expansão. Não houve, porém, investimento relevante em novos projetos em mercados extremamente importantes para essa indústria, como etanol, óleo e gás, petroquímica, siderurgia e manufatura, entre outros.

Mas, embora credite a isso parte significativa da expansão de 9% estimada para os negócios realizados no ano passado no mercado brasileiro de automação e controle, Ninin reconhece: “Imaginava um crescimento inferior.”

Apesar dessa superação das expectativas, os representantes de algumas das principais empresas do setor avaliam de maneira pouco entusiasmada o desempenho registrado em 2013. “Foi um ano um pouco melhor que 2012, mas na verdade os dois últimos anos foram muito retraídos em termos de investimentos”, conta Cintia, da Honeywell. “A Petrobras cortou investimentos, e isso dispara uma série de impactos no mercado”, ela acrescenta. Agora, pondera Cintia, a própria Petrobras começa a destinar mais recursos para determinadas atividades, como pré-sal e produção de fertilizantes, e surgem projetos em segmentos como papel e celulose.

Hillal, da ABB, avalia 2013 como um ano “abaixo das expectativas” e com dificuldades na execução de projetos em segmentos como óleo e gás e mineração, e isso impediu que as metas de negócios inicialmente estabelecidas para o período fossem alcançadas. “Mesmo assim, estamos otimistas, pois os principais projetos não foram cancelados, mas adiados, continuando no plano de investimentos para 2014”, ressalta.

A Siemens, afirma Albuquerque, registrou crescimento de faturamento no decorrer de 2013, especialmente pelos negócios realizados com as indústrias químicas e de bebidas. “Mas o mercado brasileiro apresentou crescimento inferior ao esperado, principalmente em razão da deterioração do cenário macroeconômico nacional e internacional”, pondera.

Na Yokogawa, diz Figueira, o incremento de receita no decorrer do ano passado chegou a 11%. Havia porém a perspectiva de uma expansão ainda mais acentuada, especialmente nos negócios relacionados à Petrobras. “Tivemos negócios com a Petrobras no segmento da cessão onerosa e das plataformas replicantes, mas não no refino: esperamos que esses negócios aconteçam no próximo ano”, finaliza.

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