Diálcoois, Diaminas, Diácidos, Diisocianatos e Bisfenóis
Embora as grandes categorias de polímeros de condensação continuem sendo as mesmas há umas seis ou sete décadas, vem surgindo novos comonômeros difuncionais – diálcoois, diaminas, diácidos, diisocianatos, bisfenóis –, que conferem a esses materiais propriedades diferenciadas.
Esses comonômeros alternativos quase sempre custam bem mais do que os básicos da categoria, mas se as relações preço/desempenho para determinadas aplicações forem favoráveis, acabam abrindo espaços que podem ser pequenos percentualmente, mas, em tonelagem e valor de mercado, nem tanto.
Um desses comonômeros é o 1,6-hexanodiol (1,6-HDO), obtido por hidrogenação do ácido adípico.
A demanda mundial já passa das 50 mil t/ano, e de US$ 300 milhões/ano em valor.
Três aplicações respondem pelo grosso desse mercado:
• Resinas poliéster para tintas em pó, em que o 1,6-HDO confere maior flexibilidade à película do que as resinas à base de ácido adípico e 1,4-BDO;
• Policarbonato polióis, uma família de polióis para a produção de poliuretanas.
Esses polióis são usados para melhorar as propriedades térmicas e químicas de resinas PU, para revestimentos, dispersões e elastômeros;
• Acrilatos, usados em vernizes para cura UV.
O maior produtor de 1,6-HDO é a Basf, cuja capacidade vai para 60_mil t/ano, somando as plantas de Ludwigshafen (Alemanha) e outra no Texas (EUA).
O segundo é a Ube Industries, com unidades no Japão e em Castellón, na Espanha.
A Ube também é a maior produtora mundial de policarbonato dióis à base de HDO, com uma capacidade total de 6.000 t/ano.
O processo Ube utiliza CO2 como a outra matéria-prima, em lugar de fósgeno:
O peso molecular desses dióis vai de 500 a 3.000. A empresa também produz dióis em que parte do HDO é substituída por outros diálcoois: 1,5-PDO, 1,4-BDO, cicloexildimetanol.
BASF e Ube são produtores de ácido adípico.
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