Normas sobre embalagens reforçam sustentabilidade
Normas e certificações reforçam a preocupação com a sustentabilidade

A preocupação com o meio ambiente, normas e padrões de certificação também vem contribuindo para o reposicionamento de mercado dos fornecedores de embalagens industriais. Há casos em que a internalização desses procedimentos na governança das empresas reforça a responsabilidade social, estimula o desenvolvimento de novos produtos e de parcerias estratégicas com outras companhias. A garantia da segurança no transporte de determinados produtos e a qualidade das embalagens dependem igualmente da adesão das empresas aos mecanismos de fiscalização e controle de suas operações.
Atualmente, destacam-se nesse cenário a normatização do transporte rodoviário de produtos perigosos, a homologação de qualidade pelo Inmetro além de certificações setoriais, como a Ecovadis, amplamente reconhecida no setor químico. Para os negócios da Rentank, segundo o gestor Lauricio Honnicke Bassi, as normas e instrumentos regulatórios fazem parte dos argumentos de conscientização das empresas na definição de qual a melhor embalagem a utilizar.
Mas ele reconhece que nem todas as empresas atuam dessa forma e algumas têm dificuldades na escolha de embalagens para transporte e armazenagem de matérias-primas e produtos. Por conta dessa desconformidade, segundo ele, “algumas embalagens andam na contramão no que se refere a segurança, sustentabilidade e otimização de custos”.
Em sua opinião, o modelo de negócio baseado no uso e transações com embalagem retornável, como vem sendo praticado por grandes players do setor, contribui cada vez mais para uma atitude ecologicamente correta e sustentável. As embalagens retornáveis oferecidas pela Rentank estão alinhadas com esse propósito, pois “proporcionam comodidade, segurança e apresentam alternativas práticas e eficientes para transportar e armazenar adequadamente todos os produtos sólidos, líquidos, pastosos, não perigosos e classificados”.
A Bomix, que este ano conquistou o Selo Prata de ESG da Ecovadis, como reconhecimento pelas suas boas práticas socioambientais, alcançou outro feito memorável, por conta do seu bom desempenho nas ações do Programa Pellet Zero, segundo Alexandre Rosário. Trata-se da Certificação OCS Blue, tornando-se a primeira empresa de transformação do Brasil membro OCS Blue. Esse status lhe garantiu assento entre o grupo de empresas globais que se preocupam com a eliminação dos resíduos plásticos no meio ambiente, especialmente rios e oceanos. Ao comemorar esses resultados, ele lembra que os produtos da empresa são 100% recicláveis e as embalagens sopradas contemplam a utilização de PCR em 10% do total produzido atualmente.
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A Topack se inclui igualmente entre as companhias defensoras do uso de recursos recicláveis, visto que suas embalagens (contentores flexíveis) são confeccionadas em polipropileno e polietileno, informa o diretor José Luiz Parrode.
Na visão do executivo, o impacto dos instrumentos legais e normas sobre produção de embalagens para a cadeia de alimentos não dificultam os processos internos e a cadeia logística. Tais instrumentos são até positivos no que diz respeito ao aprimoramento constante das técnicas e compostos químicos envolvidos na busca dos padrões exigidos, segundo ele.
Paulo Cesar Pinto Tavares, diretor de comunicação e marketing da Emplas, considera que as normas que regulam a produção para embalagens homologadas, destinadas ao transporte de produtos perigosos, é a mais importante de todas. Por essa razão, segundo ele, a empresa padroniza toda sua produção com base nessas homologações, mesmo quando isso não é necessário.
Em sua opinião, em lugar da reciclagem, o reúso é a melhor forma de reduzir o lixo e diminuir a extração de recursos novos. Mas ele adverte que é preciso tomar os cuidados necessários a fim de se evitar a contaminação das embalagens.
Para o gerente de marketing da Schütz, Hugo Makio Sugahara, o monitoramento da distribuição das embalagens industriais e sua reciclagem são vitais para a economia circular. Sugahara argumenta que esta estratégia gera impacto positivo no setor químico, ao garantir a correta destinação das mesmas, evitando-se descartes indevidos na cadeia.
Não por acaso, ainda este ano a empresa deverá lançar o Schütz NTS 4.0, serviço que permite ao cliente monitorar, remotamente, cada um de seus IBCs. Na prática, utilizando um dispositivo móvel como smartphone ou tablet, o usuário terá condições de fazer o gerenciamento inteligente dos dados coletados. A ferramenta deve facilitar a execução dos processos de lavagem, reciclagem ou destinação correta para todos os resíduos químicos presentes nas embalagens contaminadas, explica o executivo.
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