Abordagem Ampla Reduz Custos do Tratamento de Água Industrial: Meio Ambiente
Química e Derivados

Tratamento de Água Industrial: Em momento de baixa na economia causada pela crise sanitária, com indicadores nada animadores para o setor industrial, que registrou em abril uma queda na produção de 18,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado, encontrar soluções para reduzir o custo operacional pode ser uma aposta futura para minimizar os efeitos da depressão econômica.
Essas soluções podem envolver as áreas de processo, mas as utilidades, água e energia, figuram como alvo de muitas oportunidades, visto que grande número de indústrias ainda tem espaço para promover melhorias na gestão de água para alimentar caldeiras e torres de resfriamento e para reusar correntes ou reciclar efluentes.
As oportunidades são maiores ao se tomar conhecimento de que há como empreender essas mudanças sem a necessidade de investimentos próprios.
Isso porque tem se tornado comum os competidores da área ofertarem soluções integradas de tratamento de água e efluentes, pelas quais, por meio de contratos de longo prazo, eles investem em melhorias e se responsabilizam pela operação e manutenção das plantas, recebendo uma remuneração para entregar água ou efluente tratado ou reusado.
Essas ofertas são comuns, principalmente em empresas com portfólio amplo de soluções, caso da Suez Water Technologies, que além da expertise de projetos de tratamento e operação herdou todas as tecnologias químicas e de equipamentos da adquirida GE Water.

De acordo com o gerente de produto da Suez, Damian Serra, hoje as possibilidades para o grupo envolvem várias modalidades de negócios, desde as vendas e elaborações de soluções químicas para tratamento, de projeto e implantação de estações, em regimes de EPC ou mesmo EPS (engineering, procurenment and service), ou contratos que envolvem investimentos próprios em novas plantas ou mesmo aquisições dos ativos dos clientes para venda do serviço por água tratada.
Nesse leque de opções, há casos de terceirização (outsourcing) das estações existentes, de operação temporária com unidades móveis da Suez, ou de várias outras modalidades de negócios, como BOO (build, operate and own) ou BOT, de praticamente todo o portfólio de soluções para água, efluentes e resíduos.
Sem Fósforo
A atuação verticalizada da Suez ajuda a empresa também a introduzir em seus clientes novas tecnologias químicas, caso da linha E.C.O. Film, de polímeros inibidores de incrustação e corrosão isentos de fósforo que estão sendo lançados no Brasil e América Latina no fim de junho, depois de estrearem no fim de 2019 nos Estados Unidos e na Europa neste ano


Esses polímeros contêm apenas componentes formados de carbono, hidrogênio e oxigênio (CHO), à base de óxido de carboxilato e, por isso, livram os tratadores de sistemas de resfriamento dos problemas dos produtos convencionas baseados em fosfatos: a eutrofização (formação de algas) nos descartes e na água de sistemas de circulação aberta de torres provocada pelo fósforo (que é limitado em muitas legislações); além de impossibilitar a formação de depósitos de fosfato de cálcio e de fosfatos de zinco nas tubulações.
De acordo com Serra, a dosagem dos polímeros forma películas protetoras na superfície do aço carbono em sistemas de água de resfriamento com propriedades autolimitantes e 80% mais finas do que as baseadas em fosfatos. Além disso, em determinadas aplicações é utilizado um catalisador de formação de película superficial para melhorar a proteção contra a corrosão.
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Como não há depósitos de fosfatos, a tecnologia também permite limitar o número de produtos normalmente empregados para controlar corrosão e incrustação de água de torres de resfriamento, reduzindo-os de uma média de quatro para um ou dois da linha E.C.O. Film.
Os produtos da linha contam com traçador de fluorescência para monitorar a dosagem do produto em tempo real na aplicação, através de sensores e PLC que controlam todo o tratamento.
Além de otimizar o sistema, acompanhando-o para tornar a dosagem correta para o cumprimento da função dos produtos, isso reduz o número de análises complexas para gerenciá-lo. “Além da automação com o traçador, o nosso centro de monitoramento em Cotia-SP acompanha todas as plantas em que estão sob o tratamento para dar mais segurança ao cliente”, diz.
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