Plástico: Máquinas – Alta tecnologia justifica importações
Perspectivas 2021
Foram os resultados muito ruins dos meses iniciais da pandemia os responsáveis pela retração nas importações de máquinas e equipamentos industriais no conjunto de 2020 (segundo a Abimaq, de 5,7%, relativamente a 2019).
Diz isso Paulo Castelo Branco, presidente-executivo da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais).
“Mas a partir de maio a demanda se reaqueceu muito depressa. Tanto é que alguns setores que mantêm estoque de máquinas e equipamentos – a exemplo de injetoras de plásticos e de máquinas para usinagem – rapidamente zeraram esses estoques”, relata.

Em todos os últimos sete meses do ano passado, destaca Castello Branco, cresceu a demanda nacional por máquinas e equipamentos importados; apesar de, nesse período, o dólar ter se mantido em patamares cambiais bem elevados em relação ao real.
“O dólar alto encarece também a importação de peças e setores que nos últimos anos trabalhavam mais com peças importadas nacionalizaram a produção de algumas delas, por exemplo, no setor automobilístico, e assim demandaram máquinas”, argumenta.
Indústria automobilística de veículos leves, implementos rodoviários, construção civil, fabricantes de linha branca e de móveis, indústria alimentícia e setor farmacêutico, como detalha o dirigente da Abimei, foram os setores que no ano passado mais investiram em máquinas e equipamentos importados, e também aqueles que mais puxarão a demanda no decorrer deste ano.
Castelo Branco considera “muito boa” a perspectiva atual de quem traz equipamentos importados para o Brasil.
“O investimento em tecnologia virou questão de sobrevivência que as empresas industriais seguirão realizando, pois precisam reduzir custos. Ainda mais agora, que subiram os preços das matérias-primas”, pondera.
Mas, na opinião do dirigente da Abimei, o mercado nacional de máquinas e equipamentos é ainda muito fechado à concorrência internacional, inibindo esse gênero de investimentos.