Mais duas unidades de blendagem de resíduos

A Resotec, divi­são do grupo cimen­teiro de origem suíça Holdercim, está divul­gando a cons­trução de uma unidade de mistura e uni­formização de resí­duos indus­triais em Pedro Leopoldo-MG, a 48 km de Belo Hori­zonte (ver QD-387, pág.19).

Espe­cializada no co-pro­ces­samento de resíduos em fornos de cimento, deu início às obras numa área de 15 mil metros quadrados dentro da fá­brica de ci­mento Ciminas, pertencente ao grupo.

Nessa unidade, dois fornos de clínquer já co-processam resíduos desde 1994, mas sem o preparo prévio.

Junto a outra unidade de mistura em cons­tru­ção na unidade Alvo­rada, em Can­ta­galo-RJ, também da Holdercim, representa um in­ves­ti­mento de US$ 8 mi­lhões, cujas partidas estão previstas para o segundo semestre.

Além das cen­trais da Resotec, apenas a Resicontrol, de So­rocaba-SP, perten­cente ao grupo francês Vi­vendi, possui unidade similar, cujo principal objetivo é adequar os resíduos para utilização como combustível ou matéria-prima alternativa na fabricação de cimento.

Química e Derivados: Blendagem: Souza - inaugurações no segundo semestre.
Souza – inaugurações no segundo semestre.

“Com as unidades poderemos rece­ber mais tipos de resí­duos, porque teremos controle de tudo o que vai para os fornos, mediante análises de quali­dade, granulometria, umidade, entre outros parâmetros”, afirmou o gerente co­mercial, Francisco Al­berto de Souza. Para o controle, foi mon­tado um labora­tório para análises físico-químicas.

Isso é necessário para saber se a carga pode ser apro­vei­tada para incrementar a chamada farinha do cimento, ou se tem poder calorífico para operar como com­bustível.

No primeiro caso, o resíduo deverá possuir algum dos óxidos da formulação (de cálcio, de alumínio, de silício e ferro).

De acordo com Souza, as unidades continuarão a receber resíduos de todo o País, sobretudo do Sudeste, em destaque São Paulo.

A de Pedro Leo­poldo terá capacidade para mistura e uniformização de 120 mil t/ano de resíduos, que serão co-processados não só nos fornos da Ciminas como em outro do grupo em Barroso-MG.

A unidade de Cantagalo também possui capacidade de blendagem de cerca de 100 mil t/ano.

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