Lubrificantes – Boa gestão reduz custos

Diretor da área de confiabilidade da consultoria Confialub/ Noria, Marcello Attilio Gracia vê a indústria – especialmente os produtores de matérias-primas, como as cimenteiras, a mineração e a siderurgia –, de maneira geral, mais atenta à importância da lubrificação. Mas, ainda hoje, ele destaca: “Pouquíssimos gestores realizam, por exemplo, a filtragem do óleo novo, que geralmente chega aos clientes com algum teor de água e com impurezas sólidas.”

Segundo Gracia, estudos mostram que uma boa gestão da lubrificação pode aumentar em até dez vezes a vida útil da máquina na qual é aplicada. “Mas é preciso uma visão da lubrificação que não pense apenas nos custos iniciais de aquisição do óleo e do retorno a curto prazo, pois os ganhos nessa área costumam acontecer mediante projetos de médio para longo prazo”, ressalva.

Revista Química e Derivados, Marcello Attilio Gracia, Confialub / Noria, filtragem de óleo novo
Gracia: lubrificação pede visão de longo prazo

No segmento industrial, compara Gracia, as exigências de desempenho colocadas para os lubrificantes são geralmente inferiores às impostas aos produtos automotivos. Mas, mesmo nesse segmento, ele percebe avanços: por exemplo, com produtos fundamentados em derivados de etileno – algumas vezes combinados com óleos de origem vegetal –, capazes de substituir com vantagens produtos de base mineral em aplicações como engrenagens abertas, correntes e cabos de aço.

Evoluíram também, ele complementa, os óleos para compressores: se antes esses óleos deveriam ser trocados, em média, a cada mil horas, agora costumam durar entre quatro e oito mil horas (com monitoramento, até mais que isso). “Esses novos óleos, assim como muitos dos óleos utilizados em redutores industriais, são sintéticos, geralmente baseados em poliglicóis ou em polialfaolefinas”, especifica o consultor.

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