Logística: Dow cria programa para segurança de transportes

A Dow Química lançou no final de março o programa DowGOL de reconhecimento de fornecedores, instituído com o objetivo de incentivar o aprimoramento contínuo da segurança em suas operações logísticas.

Envolvendo transportadores (nos modais rodoviário, ferroviário e marítimo) e armazéns, o programa premiará todas as contratadas que não registrarem nenhuma ocorrência negativa (desde vazamentos na carga e descarga até acidentes de grande porte) durante um ano.

O índice de acidente zero deverá ser alcançado nas operações com a Dow e também com os demais clientes do fornecedor.

A intenção da companhia é cumprir em 2005 a meta mundial de redução de 90% dos incidentes registrados no ano de 1994, passo inicial para o objetivo de longo prazo, de acidente zero na companhia.

Exigindo desempenho homogêneo do fornecedor em todas as suas atividades, a empresa pretende também oferecer um benefício a todo o setor químico.

Atualmente, a Dow realiza 120 mil embarques de produtos químicos por ano, movimentando 1,5 milhão de toneladas, em operações que envolvem 50 fornecedores logísticos na América Latina, dos quais de 15 a 20 atuam no Brasil.

“Em 1999, cortamos 60% do número de fornecedores, em maioria do segmento rodoviário”, comentou Dilson Simão, líder de logística da Dow no País. “E esse número ainda vai cair mais.” A idéia da empresa é trabalhar com poucos fornecedores, porém com relacionamento muito intenso, na linha de parceria.

A matriz de transportes da Dow confirma o favoritismo do modal rodoviário, responsável por 94% dos 120 mil embarques da América Latina, seguido de longe pelo ferroviário (5%) e pelo marítimo (1%).

Porém, em volume a matriz revela o predomínio dos navios, que carregam quase a metade do volume deslocado.

“As transferências entre Aratu/Camaçari, na Bahia, para nossas instalações no Guarujá-SP são atendidas pelo modal”, explicou Simão. Nos embarques para terceiros, a companhia contrata os fretes em 40% dos casos (vendas CIF), índice que sobe para 50% na América Latina.

A freqüência de acidentes (de qualquer gravidade) era de 0,54 por 10 mil embarques em âmbito mundial em 1994, ano em que o índice era de 1,14 na América Latina, que responde por quase 10% do faturamento global. No ano passado, a companhia alcançou o índice de 0,21/10 mil embarques, contra 0,38 da região.

“A meta global para 2005 é de 0,05 ocorrências por 10 mil embarques, contando com a participação regional da ordem de 0,12”, informou Simão. Para ele, o desempenho regional é aceitável, mas está longe do ideal. Atualmente, os melhores índices da companhia são verificados na Europa.

Com o DowGOL, a empresa espera melhorar a troca de informações com os fornecedores, sendo previstas reuniões de treinamento e inspeções sem aviso prévio.

As letras G,O e L foram obtidas a partir do lema: guiando, observando e liderando, e exprimem a necessidade de aprimoramento contínuo de pessoal, equipamentos, das condições viárias e também das instalações da própria Dow e dos clientes.

“Estamos ampliando o fluxo de informações, padronizando procedimentos e estimulando a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos fornecedores”, afirmou. A preservação da segurança, saúde e meio-ambiente é considerada valor essencial para a companhia, também signatária do programa de Atuação Responsável.

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