IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas moderniza laboratório
Após implementar melhorias em seu laboratório de Referências Metrológicas, o Centro Tecnológico de Metrologia em Química (CMQ), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), inaugurou nova etapa da modernização estrutural, agora focada no laboratório de Análises Clínicas.

Esse laboratório recebeu um cromatógrafo líquido de alta performance acoplado a um espectrômetro de massa, capaz de separar as substâncias e identificar sua fórmula molecular. “Conjugando essa informação com aquelas provenientes de outras técnicas aqui disponíveis – como ressonância magnética nuclear, infravermelho e difração de raios X – conseguimos hoje, dentro do mesmo instituto, pegar uma amostra desconhecida e fazer sua caracterização”, salientou Cláudia Maria de Souza, diretora do CMQ. “Podemos ver quais são seus componentes, qual sua fórmula molecular, como essa molécula está estruturada, se ela é amorfa ou cristalina”, detalhou.
A modernização do laboratório de Análises Clínicas incluiu também a substituição de equipamentos mais antigos, como cromatógrafos e analisadores de carbono e enxofre, por outros de última geração. Simultaneamente, foi reformulado o espaço do físico, agora com um andar dedicado apenas à química inorgânica, outro à orgânica, e um subsolo reservado para análises mais específicas, como difração de raios X e análise de traços e ultratraços.
Além de propiciar a realização de gama mais vasta de ensaios e testes para um conjunto mais diversificado de clientes, tais reformulações conferem ao CMQ maior capacidade de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. “Já está para sair uma patente na área de ceras, desenvolvida com uma empresa dedicada à texturização de peças”, informou. “No próximo ano, pretendemos fazer análise também por difração de raios X de baixo ângulo, e aí conseguiremos atender de forma mais ampla também a nanotecnologia”, acrescentou.
Iniciado em 2008, o projeto de modernização dos laboratórios do CMQ está recebendo do IPT verbas de aproximadamente R$ 5,5 milhões, e no próximo ano entra em uma terceira etapa, voltada ao laboratório de combustíveis e lubrificantes. Esse laboratório recebeu recentemente dois espectrômetros de infravermelho, com os quais consegue agora realizar toda a gama de análises requeridas por instituições como a Agência Nacional de Petróleo. “Nele também conseguimos agora fazer mais pesquisa e desenvolvimento, principalmente em biomassa, área hoje geradora de bastante procura”, finalizou Cláudia.