Incubadoras – Entidades ajudam empresas de alta tecnologia a dar seus primeiros passos
Células a combustível

Quando estava defendendo sua tese de doutorado, em 2001, Gerhard Ett ficou entusiasmado com a ideia de criar uma empresa incubada no Cietec. Seu trabalho de conclusão de curso teve como tema pilhas eletroquímicas e Ett se interessou em investir na fabricação de geradores de energia baseados em células a combustível, dispositivos que convertem energia química em energia elétrica e térmica. O combustível necessário para o funcionamento do aparelho é o hidrogênio, retirado do gás natural ou da água. Esses aparelhos têm sido usados em várias aplicações, de geradores em locais fixos a fontes de energia de veículos automotores.
O projeto saiu do papel no ano 2000, quando a Electrocell foi instalada em um pequeno espaço dentro do Cietec. Ele contou com outros empreendedores: Volkmar Ett, pai de Gerhard, profissional com larga experiência na área de tratamento de superfície; Gilberto Janólio, também muito experiente e com grande conhecimento em baterias especiais usadas em submarinos; e Ângelo Massatochi, com muitos anos de vivência no desenvolvimento de instrumentos para reatores nucleares.
“Éramos quatro profissionais com formações complementares, o que nos ajudou a desenvolver o projeto”, avalia Gerhard Ett. Também contou com a colaboração de outras empresas do Cietec, com as quais trocaram conhecimentos. “Chegamos a ter dez empresas participando de nosso projeto”, diz.

A Electrocell apresenta uma particularidade pouco comum entre as empresas incubadas. “Sempre dependemos de nosso faturamento, não financiamos nada”, revela o sócio. Desde o seu nascimento, a empresa já comercializou sessenta aparelhos de pequeno porte, capazes de gerar até 5 kW. A empresa também está pronta a fornecer equipamentos maiores, com capacidade de 50 kW. Entre os clientes atendidos, destaque para os de telefonia, energia, universidades e outros. Em breve, ela deixará de ser incubada e deve se transferir para um parque tecnológico.