Internacional: Aprovada a fusão entre Dow e a Union Carbide

A Dow Chemical Company anunciou em 5 de fevereiro ter recebido a análise da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) para a sua fusão com a Union Carbide Corporation.

Como parte da negociação, anunciada em 4 de agosto de 1999, a Union Carbide torna-se uma subsidiária controlada pela Dow.

No ano 2000, os dois grupos tiveram vendas conjuntas de US$ 28,4 bilhões, receita antes dos juros e impostos de US$ 3,1 bilhões e ativos superiores a US$ 36 bilhões.

De acordo com comunicado da Dow, a empresa passa a ser a principal companhia de produtos químicos, plásticos e para a agricultura do mundo.

Segundo o CEO da Dow, Michael Parker, com a fusão estima-se um ganho por ação em 10% ao ano. Nos próximos meses, a Dow anunciará as projeções de sinergias de custos para a fusão, provavelmente maiores do que a estimativa inicial de US$ 500 milhões anunciadas em 1999.

“Alcançar essas sinergias será crucial para assegurar que esta fusão crie valor a nossos acionistas”, observou Parker. “As economias começarão imediatamente e estarão concretizadas por completo em dois anos.”

No Brasil, ao se levar em conta o faturamento da Dow em 1999, de US$ 860 milhões, as duas companhias somaram vendas de US$ 1,036 bilhão em 1999.

O processo sinérgico no Brasil fará a Dow assumir as fábricas da Union Carbide de polietileno de baixa densidade (Cubatão-SP), hidroxietilcelulose (Cabo-PE) e de monômero de vinila (Aratu, Bahia). A Dow também passará a ter os 13% da Union Carbide na Petroquímica União, de Mauá-SP.

Além da aprovação da FTC, a Dow também recebeu a análise regulatória da União Européia, da Canadian Competition Bureau e de outras jurisdições ao redor do mundo.

Como exigências para a aprovação, o grupo concordou em vender certos ativos de polietileno na Europa, algumas tecnologias de polietileno fase gás em nível global, passar a licença da tecnologia de processo de polietileno Unipol da Union Carbide e dos negócios dos catalisadores convencionais de polietileno para a Univation Technologies LLC.

Além disso, precisarão ser vendidos o negócio mundial de etilenoamina da Dow (com exceção das instalações em Terneuzen, na Holanda), de etanolamina e o de tratamento de gás GAS/SPEC na América do Norte.

Essas determinações do FTC resultaram na venda à inglesa BP Chemicals Limited da parte da Dow na pesquisa de tecnologia metalocênica para polietileno em fase gasosa, desenvolvida em conjunto entre as duas empresas no período de 1995 a 1999.

De mesmo propósito científico, também foi negociado um programa de pesquisa envolvendo a BP, a Dow e a Chevron Phillips Chemical Company, que começou em 1998 e ainda está em andamento.

O grupo americano também concordou em vender à BP as patentes e outros ativos relacionados aos processos de polietilieno em fase gasosa, os quais utilizam os catalisadores metaloceno, incluindo a licença concedida à Chevron Phillips.

Além disso, foi dado à BP, em base não-exclusiva, o direito de sublicenciar outras tecnologias da Dow que servem como apoio à tecnologia vendida nesses processos.

A companhia britânica ficou ainda com o direito exclusivo de sublicenciar a Univation Technologies, LLC, em certas patentes da Dow, e adquiriu alguns direitos de patentes da própria Univation e da Mitsui Chemicals, que tinham sido recém-adquiridos pela Dow.

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