Fenasan – Encontro técnico discute como suprir as cidades durante a seca
A produção de água potável nas cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) caiu 28% desde janeiro de 2014, reduzindo, consequentemente, o faturamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em pleno período de seca, a quantidade de água nos reservatórios que abastecem o Estado é baixíssima. Apesar dos reveses, as simulações efetuadas pela companhia não apontam para um cenário de esgotamento de estoques e de rodízio de água em 2015.

Esta mensagem foi transmitida pelo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, durante a conferência magna do 26º Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente/Congresso Técnico AESabesp, realizado em paralelo à Fenasan, de 4 a 6 de agosto. Há apenas sete meses no cargo, ele se queixou do “contínuo bombardeio” que as iniciativas da Sabesp vêm sofrendo. Enfatizou que a crise de 2014 não podia ser prevista, assim como não se consegue prever se vai chover mais ou menos em 2015 e em 2016.
Entre as obras que estão sendo feitas para contornar a maior crise hídrica da história, estão: interligação Rio Grande – Alto Tietê, que deverá estar concluída em setembro e representará volume de água suficiente para mais de um milhão de pessoas – porém havia sido prometida para maio; ampliação da ETA Alto da Boa Vista (tecnologia de membranas ultrafiltrantes na ampliação do sistema Guarapiranga), interligação rio Guaió – Alto Tietê (para reduzir a dependência do sistema Cantareira), nova adutora do ABC, novo sistema São Lourenço (“maior obra de abastecimento em execução no país”), interligação Jaguari-Atibainha, e instalação de 29 reservatórios metálicos em 16 cidades da região Metropolitana de São Paulo.
Kelman disse que está na hora de reprogramar o orçamento da Sabesp e aventou a possibilidade de se rever o valor da tarifa mínima e vender alguns bens. Atualmente, quem consome até 10 m3 por mês paga o mesmo valor. O ideal, ele imagina, seria pagar um custo de conexão mais o consumo real. Trabalhando na elaboração de um planejamento estratégico, defendeu que os contratos e programas com as Prefeituras não contenham “extravagâncias” e nem reflitam uma política de lucro a qualquer custo. Entre as extravagâncias, citou fazer tratamento terciário de esgoto em municípios que não têm coleta completa.
Kelman afirmou ainda que a Sabesp tem diminuído as perdas à taxa de 1% ao ano “e talvez se possa acelerá-la”. O índice de perdas foi de 29,8% no ano passado, considerando vazamentos, fraudes, inadimplência e ligações irregulares. Para diminuir os índices a Sabesp vem realizando, desde 2007, reparos, combate a fraudes, substituição de redes, ramais e hidrômetros e intensificação da gestão de pressão da água nas redes. Os investimentos previstos para o período 2009-2020 são de R$ 6,7 bilhões. O Brasil ocupa a 20ª posição em um ranking de 43 países, conforme levantamento do IBNET – International Benchmarking Network for Waterand Sanitation Utilities, que utiliza dados de 2011: perda de 39% da água tratada.

Dessalinização – No encontro técnico AESabesp, cujo tema central foi “A crise da água e suas consequências no século XXI”, especialistas discutiram a dessalinização como alternativa de abastecimento em determinadas regiões. Pelos dados apresentados por Renato Ramos, diretor comercial da Dow e vice-presidente da Associação Latino-americana de Dessalinização e Reuso (Aladyr), a tecnologia é exitosa: há 16 mil plantas em 150 países, que abastecem 700 milhões de pessoas com 85,2 milhões m3/dia. “Uma em cada dez pessoas do planeta consome água oriunda dessa alternativa”, pontuou. A própria Sabesp tem duas plantas, dedicadas à remoção de sais de fluoreto.
Emílio Gabrielli, diretor da Toray Membranas, frisou que a dessalinização vem crescendo em todo o mundo desde os anos 1980 e a perspectiva é que haja “uma explosão no número de plantas”. Afirmou que o custo da dessalinização e do reúso já ficaram mais baratos e confiáveis. E acrescentou: “custa mais purificar água de má qualidade do que a dessalinização”.

Ramos descartou as especulações sobre a utilização de água do mar para o abastecimento da RMSP (“é besteira”) e balizou o tema: “a dessalinização é uma opção a ser considerada mediante um criterioso estudo técnico-econômico e como resposta à ausência de outros recursos hídricos.” O reúso seria uma solução para casos como o de São Paulo e Campinas.
Com a utilização de tecnologia de osmose reversa (65% dos casos), a dessalinização de água do mar gera 50% de água potável e 50% de rejeito, este com maior concentração de salmoura. Ramos afiançou que lançando o rejeito “de forma controlada” no mar, não há prejuízo para a vida marinha.
Renato Saraiva Ferreira, coordenador nacional do Programa Água Doce do Ministério do Meio Ambiente, iniciado em 2003, classificou a dessalinização como “a única alternativa para se obter água de qualidade no semiárido”. Essa região abrange 11% do território nacional e abriga 22 milhões de habitantes. Além da escassez hídrica, 70% dos poços locais possuem águas salobras e salinas.
Ferreira relatou que há 2.450 comunidades diagnosticadas e 1.200 sistemas de dessalinização estão em implantação no semiárido, com tecnologia de osmose reversa. Lá, os resíduos do tratamento da água estão sendo utilizados na produção de peixes, na irrigação e na alimentação de caprinos e ovinos. Em João Câmara-RN, o dessalinizador implantado em junho último é alimentado por energia solar.
Na mesa-redonda que analisou o impacto dos eventos climáticos nos recursos hídricos, José Antonio Marengo Orsini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), observou que ninguém previu uma seca com essa intensidade na região Sudeste. Ele listou os fatores que agravam a crise: maior consumo de água no verão mais quente e seco; aumento da população na RMSP; pobre gerenciamento no uso da água; racionamento implantado tardiamente; e sistema de distribuição de água antigo.
Humberto Ribeiro da Rocha, também do Cemaden, calculou que 17 mil m3/s de água poderiam ser poupados na região metropolitana com a adoção de três políticas: redução do consumo por parte da população; redução das perdas do sistema; e recuperação de mananciais.

Exposição – Com 250 expositores, a 26ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente (Fenasan), também promovida pela Associação dos Engenheiros da Sabesp no Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, na capital paulista, aumentou um pouco de tamanho este ano (foram 248 expositores em 2014, em menor espaço físico). Junto com o Congresso, esses eventos são os maiores do gênero (técnico-mercadológico) na América Latina. Novas tecnologias foram exibidas em 8 mil m2 para cerca de 20 mil visitantes (19 mil no ano passado).
O diretor geral para a América Latina da GE Water, Mauro Cruz, declarou que a empresa cresceu mais de 10% ao ano nos últimos três a quatro anos. Apesar do bom desempenho, principalmente se cotejado com a performance da indústria e da economia brasileira, ele pondera que o ritmo de expansão, agora, está mais lento, limitado pelas incertezas e redução dos investimentos.
O executivo considera que o Brasil está diante da sua pior crise em 25 anos. 2015 é considerado um ano ruim e 2016 “não deverá ser tão duro assim”, embora tenda a ser um período difícil ainda. “A recessão já é mais profunda do que se imaginava”, refletiu.

Por outro lado, há uma “enorme quantidade de oportunidades” na área de saneamento, tanto nas indústrias como nas cidades – 40 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e a ligação à rede de tratamento de esgoto não chega a 41% dos municípios. O Plano Nacional de Saneamento Básico prevê investimentos superiores a R$ 500 bilhões entre 2014-2033.
Um sinal dos tempos é que o mercado de aluguel de unidades móveis para tratamento de água está apresentando, de acordo com Cruz, uma demanda três vezes maior do que há três anos. Há tanta procura que a GE tem importado equipamentos.
A frota móvel de tratamento de água da GE, a maior do seu tipo, pode ser alocada em qualquer região do país. Está disponível em containers ou skids. Pode ser configurada para atender diferentes aplicações, desde tratamentos por ultrafiltração até desmineralização completa da água. Nas cidades, pode ser utilizada como solução temporária para aumentar a produção de água potável e atender picos de demanda.

A tendência para o reúso de água também é favorável em indústrias e municípios. Cruz citou o exemplo da Sanasa, concessionária de água e esgoto em Campinas. O consórcio GE e CNP construiu a Estação Produtora de Água de Reuso (EPAR) Capivari II, a primeira planta na América Latina de tratamento biológico de esgoto municipal com reatores a membrana (MBR) em larga escala.
Em operação desde 2012, a EPAR trata 360 l/s de vazão média, podendo atender uma população de aproximadamente 180 mil pessoas. A GE forneceu o sistema MBR, que utiliza as membranas de ultrafiltração de fibras ocas submersas ZeeWeed 500D, com porosidade nominal de 0,04 µm para realizar a separação dos sólidos suspensos e microorganismos. A água tratada é de reuso, indicada para clientes industriais e comerciais.
A GE Water expôs, na Fenasan, um novo sistema para tratamento de efluentes, a tecnologia Leap MBR. Equipado com membranas ZeeWeed, o modelo de aeração do sistema opera com sopradores menores, que aumentam a eficiência do tratamento realizado. A tecnologia pode aumentar em 15% a produtividade da estação de tratamento e reduzir em 30% o consumo de energia. Também se ajusta a uma área de instalação menor que a tecnologia MBR tradicional.
A GE também apresentou o sistema de automação S@n Box, “idealizado para garantir uma operação mais inteligente e preditiva de estações de tratamento”. Permite controlar o desempenho de elevatórias de água ou esgoto, boosters, poços, captações, reservatórios e válvulas redutoras de pressão.

Com escritório no Brasil (em Jundiaí) desde fevereiro de 2014, a japonesa Kubota comercializa membranas com a tecnologia MBR para tratamento de efluentes industriais (também podem ser usadas no segmento municipal). Essas membranas submersas possuem duas características principais: possibilitam o reúso de água e as estações são mais compactas, segundo Daniel Paiva Pavan, gerente comercial. O sistema é indicado para tratamento de efluentes biodegradáveis.
“Para uma mesma carga e igual vazão, a área utilizada é três vezes menor”, acrescentou Pavan. A comparação é com um sistema convencional de lodos ativados. O sistema MBR não requer clarificadores primários ou secundários e possui um tanque de aeração de tamanho reduzido. A Kubota divulgou na Fenasan que o efluente tratado através das suas membranas submersas tem alta qualidade: é fisicamente desinfetado com a eliminação dos coliformes e redução da carga viral até 4 logaritmos.
Pavan também percebe que este ano puxaram o freio dos investimentos industriais. Mas, ele espera que, dentro de dois a três anos haja um forte incremento nos negócios.
Para tratamento de água e efluentes com alto teor de sólidos, a Koch Membrane Systems exibiu o sistema de ultrafiltração de fibra oca Puron MP. Ligia Caldas Rodrigues, assistente de vendas e marketing, citou as principais aplicações: indústria (remoção de sólidos suspensos e coloidais), tratamento terciário de efluentes, pré-tratamento para água do mar e tratamento de água potável. A família de módulos submersos Puron fornece soluções para esgoto municipal e industrial e reutilização de água.

A membrana Targa II “também faz parte da ampla família de membranas de ultrafiltração de fibra oca. Pode ser usada no tratamento de águas municipais e industriais. Os cartuchos de fibra oca podem operar com fluxos de fora para dentro (nos módulos Puron) ou de dentro para fora (Targa). “A crise hídrica mostra que não temos tanta água como imaginávamos. O momento é ideal para o crescimento da tecnologia de membranas”, arrematou Ligia.
Com mais de 155 anos de experiência, a Veolia Water Technologies destacou as tecnologias Actiflo e Multiflo, indicadas como soluções de tratamento para diversas fontes de água e efluentes, como água superficial ou subterrânea, pluviais, de retrolavagem de filtros de ETA, de processo e de efluentes líquidos.
Miguel Aidar Neto, gerente de tecnologia e processos, afirmou que os dois sistemas possuem características peculiares: “A taxa de sedimentação do Actiflo é de 1 a 2 m3/m2h e a do Multiflo é de 10 a 15 m3/m2h.” Por ter uma velocidade de sedimentação elevada, o Actiflo é visto pela empresa como “a proposta ideal para uma solução de unidade muito compacta”, com grande capacidade de absorver variações na água bruta e start up simples, proporcionando rapidamente a qualidade de água desejada. Recomendado para situações com grande variação na turbidez de água bruta, assim como efluentes de purgas de torres de resfriamento, o sistema Multiflo combina em uma única unidade as etapas de coagulação/floculação e decantação lamelar.

Dedicada a prover soluções para o tratamento de esgoto sanitário, a Mizumo lançou o monitoramento remoto, que pode ser aplicado em qualquer ETE. Monitora os principais componentes do sistema – sopradores, bombas e válvulas, além de acompanhar parâmetros por meio de sensores, tais como medições de pH, temperatura, oxigênio dissolvido, vazão, turbidez e cloro residual, destacou Diego Domingos da Silva, responsável pela área de engenharia de produtos.
Os módulos e componentes instalados em pontos específicos coletam os dados operacionais das ETE da Mizumo. As informações são processadas e analisadas pela central de monitoramento, resultando em feedbacks sobre o funcionamento e desempenho do sistema em tempo real. Em casos de parâmetros fora da legislação ambiental, alertas são gerados. A transmissão das informações é feita via rede móvel e funciona com qualquer operadora.
A empresa promoveu também o Sistema Integrado Mizumo (S.I.M.) que, segundo Silva, abrange todas as fases de implantação do tratamento de esgoto sanitário: concepção, projeto de engenharia, licenciamento ambiental, instalação, treinamento, operação da ETE e monitoramento remoto. O projeto é personalizado. A Mizumo oferece também pacote de manutenção preventiva, agregou.

O estande da Conaut, que possui joint venture com a alemã Krohne, mostrou a inovadora solução para medição de esgoto e efluentes, desenvolvido em parceria com a Odebrecht Ambiental, que está em operação no município de Mauá-SP. O gerente especialista em saneamento básico, Andres Forghieri, informou que a empresa criou uma solução de medição aliando o medidor de vazão, que não necessita de trechos retos. A operação se dá mesmo em baixas vazões ou com a tubulação parcialmente cheia.


Para medição de esgoto e efluentes em grandes tubulações, a Conaut divulgou o Tidalflux, que opera em tubulações parcialmente cheias. Outro destaque foi dado ao medidor que pode ser instalado diretamente na saída da válvula redutora de pressão e gera um abatimento de custo da obra da ordem de 30%, segundo Forghieri. Ele antecipou ainda que, resultado de parceria com a dinamarquesa Kamstrup, está se introduzindo no mercado nacional o medidor inteligente de água residencial e industrial FlowlQ 2103. Com princípio de medição ultrassônico, é capaz de registrar vazamentos, não contabiliza a passagem de ar e é imune ao super-imã.
Para atender à demanda por maior precisão na medição de consumo e redução do número de perdas, a Diehl Metering apresentou o Hydrus, medidor de água com princípio ultrassônico. Também divulgou o Izar Plus Portal, sistema de controle e gestão online.
O Hydrus não possui partes móveis e, por isso, não se desgasta como o produto convencional mecânico e vem com rádio embutido, explicou Emerson Fontanelli, gerente de vendas. Com diversos tamanhos, atende grandes e pequenos consumidores. Além disso, a sua bateria tem vida útil de até 16 anos, o que garante medição precisa com estabilidade em longo prazo. A tecnologia é alemã.

O Izar Plus Portal monitora e gerencia o parque de medidores do cliente. É possível saber na hora se há fraudes, vazamentos, interrupção de funcionamento, etc. Todos os dados de medição são administrados de forma centralizada e podem ser visualizados e analisados em vários formatos. “O cliente tem, assim, acesso a uma série de informações e relatórios que o ajudará na gestão e tomada de decisão”, disse Adriano Souza, gerente de projetos.
Mesmo tendo como horizonte a retomada da economia brasileira dentro de 12 a 18 meses, o diretor geral da Xylem , Mario Ramacciotti, utilizou a Fenasan para promover produtos com tecnologias inovadoras. É o caso da linha de bombas para esgoto Flygt. “Com a tecnologia N, essas bombas não entopem e poupam de 20% a 25% de energia”, declarou o executivo. As bombas Flygt N são autolimpantes e podem ser aplicadas em instalações submersas e secas. Foram projetadas para uma vida útil longa.
A área de drenagem da Xylem trabalha com a série Flygt 2000 e o modelo Godwin a diesel e elétrico. A empresa aluga ou vende os produtos. Ramacciotti informou também que a Xylem está trazendo para o Brasil as linhas de bombas Lowara e Goulds, que “devem ter um bom sucesso”. São aplicadas na movimentação de água em residências, comércio, irrigação e indústria.

A KSB Bombas Hidráulicas divulgou o PumpMeter, unidade digital para monitoramento de bomba, cujo lançamento no mercado está previsto para setembro, anunciou Laércio Paltrinieri, gerente setorial de vendas da divisão água e meio ambiente. O produto “busca otimizar a operação da bomba, atingir o ponto de melhor eficiência, o que ajuda a economizar energia”, explicou.
Trata-se de dois sensores conectados a um display produzido pela KSB e parametrizado para o modelo e o tamanho de bomba desejado. No display, a pressão de sucção, a de descarga e a diferencial (ou a altura manométrica) são exibidas alternadamente. Outra função é a identificação do ponto de operação da bomba, que é calculado e projetado em um gráfico. O perfil de carga também é estabelecido usando os dados compilados durante a operação da bomba. Paltrinieri espera uma melhora no nível dos negócios somente em 2016.
Para a Itubombas, especializada na locação de conjuntos motobomba de alta tecnologia, o mercado “está cada vez mais receptivo para novos equipamentos”. O sócio gerente Rodrigo Law observou que estão ocorrendo vários casos de emergência que exigem soluções independentemente da realidade econômica.

A empresa expôs a motobomba ITUPP44S10. Com potência de 30 cv, vazão até 350 m3/h e passagem de sólidos até 3”, o modelo conta com o sistema de escorva automático a vácuo, que permite iniciar o bombeamento a seco com sucção de até 7 m de altura. “A bomba de vácuo é uma das peças mais importantes dos nossos equipamentos, pois torna o processo de retirada do ar na linha de sucção do bombeamento algo extremamente ágil, eficaz e produtivo”, completou Law.
Fabricante de bombas submersas vibratórias, a Anauger apresentou uma novidade com tecnologia brasileira: motobomba para poço tubular profundo. “É uma bomba em aço inoxidável com custo competitivo”, comentou o diretor comercial Marco Aurélio Gimenez. O produto é apontado como uma “excelente opção” para quem tem problemas com bombas injetoras. Também gera economia de energia elétrica e tem baixo custo de instalação e manutenção.
A Anauger está inovando também com a bomba vibratória movida por energia solar fotovoltaica. Com vazões de 1.200 a 8.600 litros por dia, elevação máxima de 40 m e distância máxima de bombeamento de 500 m, com altura de 5 m, o sistema é amortizável em seis anos e tem durabilidade de 25 anos, ressaltou Gimenez. A empresa deve manter este ano o mesmo nível de faturamento registrado em 2014, que foi “um ponto fora da curva”. No ano passado, comercializou mais 14% em número de unidades.

A capixaba Fortlev difundiu o tanque de aço com revestimento epóxi, que serve para armazenamento de água potável, água limpa e desmineralizada, digestão anaeróbia, tratamento de esgoto e tratamento de água residual. O tanque é cilíndrico, parafusado na obra e testado por padrões rigorosos e similares ao do reservatório de aço vitrificado.
Com epóxi aplicado eletrostática e termicamente, os painéis são mais duráveis e resistentes, possibilitando uma vida útil livre de manutenções de 25 anos, de acordo com Helberth Coutinho, coordenador de produto. Comparado aos tanques com revestimento tradicional, os tanques de aço com revestimento epóxi “possuem maior durabilidade ao impacto, mais resistência, alta capacidade de suportar cargas operacionais, além de menor custo e princípios de design mais eficientes”.
Em conjunto com a Fenasan, a Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva (Abratt) promoveu o V Congresso Brasileiro de MND – Métodos Não Destrutivos e a exposição No-Dig Brasil 2015 (área de 1.500 m2 e 30 estandes). A Vermeer aproveitou o evento para lançar o Navigator modelo D36x50DR série II, especializado na perfuração de solos rochosos.

O equipamento tem dupla haste de perfuração, é compacto, o que facilita a sua utilização em áreas urbanas, e não tem similar no mercado, declarou o gerente-geral Flávio Leite. Desenvolve 38 mil libras de força, torque de 6 mil pés, além de 1.500 pés de giro interno para furo em rocha e de operar em outros tipos de solos. Carrega até 152 m de barra.

Lembrando que “há muita coisa a ser feita” na área de esgoto, Leite revelou que “a Vermeer já se prepara para trazer para o país os novos modelos de perfuratrizes série 3 e uma nova linha de máquinas fabricadas na filial da China. “O foco é trazer maior praticidade de operação. A série 3 tem o intuito de gerar maior produtividade nas máquinas (com maior potência). Além disso, os equipamentos são mais compactos”, concluiu.