Para grandes áreas, a empresa destacou o processo físico-químico Multiflo, que consiste na decantação lamelar, sem contar com a etapa de microinjeção de areia. Projetado para fornecimento de água para a fábrica de papel do grupo Votorantim (VCP), em Três Lagoas-MS, o Multiflo também está em operação em planta de tratamento de água potável na cidade de Lima, no Peru.
Além de soluções para tratamento de água, efluentes industriais e incineração de lodos de ETE, a Centroprojekt destacou sua atuação na área de resíduos sólidos, especialmente apresentando a tecnologia Waste-to-Energy (WTE), processo que prevê a obtenção de energia por meio da incineração do lixo e cuja planta básica, a partir de 170 toneladas/dia, pode gerar até 50 megawatts de energia/ano, capacidade que permite abastecer até 24 mil residências.
Outra tecnologia enfatizada pela empresa foi o sistema hiperbólico de mistura e aeração da Invent, que oferece funções de misturador e de aerador em um único equipamento. Constituído por um hiperbólico imerso no efluente, esse sistema é acionado por um motorredutor, apresentando baixo consumo de energia.
Há dois anos atuando no mercado brasileiro na oferta de tecnologias para tratamento de efluentes industriais, domésticos, lodos, sistemas de incineração e de geração de energia, a belga Waterleau comemorava na feira a comercialização do primeiro projeto para o Brasil, contratado em março deste ano, para a instalação de estação de tratamento de efluentes industriais na AmBev. “Estamos atuando na planta Aquiraz, próxima de Fortaleza-CE, onde a AmBev promove a ampliação da produção de cervejas para seis milhões de hectolitros/ano”, informou Joris Moors, gerente de desenvolvimento de negócios no Brasil da Waterleau. A obra, já iniciada, deverá ser finalizada em setembro deste ano, envolvendo basicamente a instalação de reator anaeróbio com fluxo ascendente (Rafa), que captará e tratará 85% da carga biológica do efluente gerado pela cervejaria.
O segredo é não gerar lodo – Com nova estrutura sendo montada desde 2006, a Siemens Water Technologies informou estar atuando fortemente nos setores petrolífero e petroquímico e em sistemas para purificação e potabilização de água e tratamento de resíduos e esgotos.
“Começamos nossa atuação atendendo o setor de óleo e passamos em 2009 a também atender as concessionárias de saneamento, concentrando-nos na proposta de não geração de lodos por meio de processos químicos, físicos, físico-químicos e biológicos mais eficientes, nos quais os lodos são digeridos no próprio processo de tratamento do esgoto”, informou Roberto dos Santos, gerente de vendas da Siemens Industry Solutions – Water Technologies.
Com essa concepção, a empresa já instalou um sistema integrado em Cingapura, denominado Green-Machine, que atua como planta piloto para tratamento do esgoto, gerando energia praticamente sem produzir lodo, ou produzindo em quantidades mínimas.
Um novo sistema para auxiliar na detecção de vazamentos em tubulações e redes de distribuição de água e esgoto também foi enfatizado pela empresa. Trata-se do Siwa Leak Control, baseado em inteligência artificial. Outras tecnologias destacadas foram as dos biorreatores de membranas (MBR) e dos clarificadores de alta performance (Rim-Flo Tow-Bro).
No estande da Grundfos, o destaque coube à nova geração de bombas dosadoras (Smart Dosing). Desenvolvidas para atender às demandas mais complexas relacionadas com a dosagem de químicos nos setores de tratamento de água, reúso, esgoto e efluentes, as novas bombas são apresentadas em três modelos (DDA, DDC e DDE), providos de motores de passo de rotação variável, e também de um suprimento universal de energia e de um diafragma integral de PTFE, visando resistência química e durabilidade.
Santos: Siemens de olho no saneamento público
As bombas DDA foram projetadas para aplicações complexas envolvendo o tratamento de água potável, água de poços ou de processos, possuindo sistema de monitoramento de fluxo integrado, por meio do qual se verifica a injeção dos produtos químicos, enquanto as bombas DDC são indicadas para aplicações de rotina, como o tratamento de água potável, de poços, de superfícies, de processos e para recreação, recirculação e reutilização. Já as bombas DDE oferecem benefícios de dosagem digital para o tratamento de água, recirculação e aplicações de reutilização de pequeno porte.
O visitante do estande da dinamarquesa Danfoss pôde conhecer solução específica para o mercado de água e saneamento, denominada VLT Aqua Drive. Trata-se de conversor de frequência com grande variedade de recursos, que permite controlar em circuito fechado o enchimento das tubulações, evitando danos ou vazamentos. Seu controlador em cascata padrão estabelece o controle de no mínimo três bombas, com uma bomba líder fixa, sendo que um temporizador interno irá assegurar o uso uniforme dos equipamentos.
A Saint-Gobain Canalização apresentou novidades para saneamento, como os tubos da linha natural. Fabricados com ferro fundido, foram desenvolvidos para aplicações de adução e de distribuição de água, tendo como diferencial um revestimento externo mais resistente, em zinalium, em substituição ao zinco, que eleva a resistência à corrosão dos tubos de ferro dúctil fundido.
Inovações para efluentes – Há um ano com sede própria no país, a alemã Huber Technology destacou investimentos feitos no Brasil que somam US$ 1,5 milhão, além de inovações em tecnologias para tratamento de efluentes com reúso de água e para geração de energia por meio de resíduos e de lodos. “O potencial do mercado brasileiro é tão impressionante, com investimentos e projetos de infraestrutura, que no período de seis meses já alcançamos a nossa meta prevista para todo o ano”, comentou Marco Aurélio Silva, diretor da Huber do Brasil.