Fenasan: Alternativas técnicas para reduzir consumo e perdas atraem mais visitantes

Quem sabe o Papa Francisco pode promover a paz entre São Pedro e São Paulo!” A frase, dita em tom de brincadeira pelo senador paulista Eduardo Matarazzo Suplicy, ilustra a seriedade da escassez de recursos hídricos que afeta, especialmente, a região metropolitana de São Paulo. A esperança é que São Pedro mande chover (e muito) em São Paulo para que não haja uma catastrófica crise de abastecimento de água em 2015.
“Não há solução técnica a curto prazo, estamos à mercê do clima.” Com essas palavras, mais duras, o professor Antonio Carlos Zuffo, da área de hidrologia e recursos hídricos da Unicamp, sintetizou a real situação da disponibilidade de água em São Paulo, durante a mesa redonda “Gestão de recursos hídricos, escassez, abastecimento da macrometrópole – quais as alternativas?”, realizada no primeiro dia do 25º Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente – Encontro Técnico da Associação de Engenheiros da Sabesp (AESabesp). Na ocasião, na maior seca dos últimos 80 anos, o volume útil do Sistema Cantareira chegou a 15%, já incorporado o “volume morto”, ou reserva técnica.

Os especialistas reunidos para debater o tema apresentaram ideias convergentes na busca de alternativas para reduzir o consumo e combater o desperdício de água, as únicas opções para tentar contornar ou adiar as consequências do racionamento.
Mas, ninguém tem resposta para a grande questão: vai chover no próximo verão o suficiente para recuperar a capacidade dos reservatórios que abastecem a região? “Os modelos climáticos não conseguem prever as chuvas. Por isso, fala-se em probabilidade de ocorrência de chuvas…”, deixou claro a pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Luz Adriana Cuartas.
Mesmo assim, ela fez uma grave advertência: “Se o fenômeno El Niño atrasar – pensava-se que seria mais forte e, agora, projeta-se que ele poderá ser moderado –, o sistema de abastecimento de água no Sudeste ficará em pior situação.” A expectativa é que ocorram chuvas fortes na região Sul. Mas, o que acontecerá no Sudeste é uma incógnita.

A presidente da RB Recursos Hídricos, Engenharia Ambiental e Meio Ambiente, Roberta Baptista Rodrigues, propôs a criação de um órgão de Vigilância da Água, nos moldes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para fiscalizar e punir o desperdício de água. Ela estima que há perdas de até 34% nos sistemas do Alto Tietê, Billings/Guarapiranga e Cantareira. O consumo de água por habitante na capital paulista é de 200 litros/dia.
Para reduzir perdas, Roberta sugeriu também que não se use água potável para lavar automóveis, calçadas e quintais. E que se incentive o reuso nas casas, prédios, indústrias e comércio. Ela chegou a dizer que o problema “não é a falta de água em quantidade, mas sim a escassez de água com qualidade adequada para consumo humano”.
O “grande vilão” dos recursos hídricos é o esgoto doméstico. Nos 34 municípios da região metropolitana de São Paulo concentram-se 20 milhões de habitantes. No curto período de 1962 a 2002, a mancha urbana passou de 874 km2 para 2.209 km2; e hoje é de 8.500 km2. Nessa área de grande adensamento populacional, apenas 40% do esgoto é coletado e tratado.

Pior para os reservatórios que estão sendo degradados também pelo avanço das áreas agrícolas, pela especulação imobiliária e pela ocupação irregular. Para Roberta, não se pode falar em boa gestão dos recursos hídricos sem se contemplar uma boa gestão do solo.
Favorável a uma ação integrada entre os diversos governos, Roberta criticou a forma de gestão atual dos recursos hídricos: “Uma outorga pelo uso da água jamais deveria ser concedida a uma indústria, por exemplo, sem se analisar o enquadramento pelo uso da água, ou seja, a gestão de qualidade e de quantidade da água de forma integrada. É necessária a articulação entre os órgãos gestores.” Ao mesmo tempo em que se posicionou contrária ao uso do volume morto dos reservatórios – “e o biomonitoramento?” –, ela lançou outra pergunta inquietante no ar: “Vamos construir mais reservatórios sem estarmos cuidando adequadamente dos atuais?”
Água mal distribuída – O gerente de Uso Sustentável da Água e do Solo da Agência Nacional de Águas (ANA), Devanir Garcia, lembrou que o Brasil tem 12% (5.660 km3) da água doce do planeta, mas ela é mal distribuída. A região Norte, menos populosa, fica com 68% dos recursos, enquanto o Sudeste, que abriga 43% da população, possui apenas 6%. No Nordeste, onde vivem 29% da população, há somente 3% das disponibilidades hídricas.

Diante de um cenário de maior demanda e menor oferta, Garcia defendeu as práticas de racionalização de uso da água. Na irrigação, por exemplo, é possível “reduzir amplamente” a quantidade de água, seja por meio da reconversão do sistema ou dos métodos, a manutenção dos equipamentos e o manejo correto. Na indústria, também se consome mais do que o necessário, na opinião dele. Por isso, é importante o reuso de efluentes, uso de águas pluviais e subterrâneas, controlar perdas e modificar processos e/ou equipamentos. “31,5% das indústrias químicas nacionais fazem reuso”, salientou.
O consumidor pode contribuir com a redução das perdas usando torneiras inteligentes e chuveiros e descargas que economizem água. A medição individualizada do consumo também deve ser uma das metas, ainda que de longo prazo, pois há um custo elevado na implantação do sistema. O aproveitamento das águas pluviais também foi recomendado. Respondendo a uma pergunta do auditório – lotado, aliás –, o representante da ANA afirmou que é necessário que se invista “maciçamente” na produção de água. Ele classificou de “míope” a política de adiar o aumento de tarifa. Quanto ao planejamento urbano, foi taxativo: “É um caos, já estão invadindo as praças públicas”.

Nessa era de mudanças climáticas e eventos extremos (secas e inundações), Luz, do Cemaden, informou que a média de precipitação na região Sudeste foi 32,3% menor do que a esperada para este ano. Ela avalia que a escassez de recursos hídricos pode trazer prejuízos também para a geração de eletricidade (com a diminuição da cota dos reservatórios) e a agricultura. “Para o sistema se recuperar, teria que chover mais de 60% da média histórica”, disse. Algo que, como ela mesmo admitiu, mostra o quanto é complicada a situação atual. O seu prognóstico é que, em 2015, apenas 52 milhões de brasileiros terão garantia de abastecimento de água – 47% dos municípios.
Sistema Cantareira – Zuffo, da Unicamp, contou a história da criação do Sistema Cantareira, iniciada em 1967, relacionando-a com a incidência pluviométrica. A vazão outorgada foi aumentada para 36 m3/seg em 2004, porque choveu mais. Naquele ano, o volume útil era de 765,7l hm3 e o volume morto, 687,75 hm3.
A vazão média padrão atual é de 38 m3/seg, de acordo com técnicos da Sabesp. “O sistema não comporta uma vazão de 40 m3/seg”, comentou o professor. Uma das suas conclusões é que o sistema foi dimensionado num período de alta pluviométrica e agora está sendo utilizado em período de estiagem: “A cada dez anos há um período de seca”, observou.

Como se supõe que haverá uma queda na média das precipitações nas próximas décadas, ele elencou várias alternativas para a redução do consumo de água: uso de tecnologia em processos e equipamentos mais eficientes; captação e tratamento de água da chuva; reuso; equipamentos mais eficientes na agricultura; maior conscientização da população; sistemas separados de água potável e de reuso; tratamento de efluentes; substituição de equipamentos hidrossanitários nas residências; individualização do consumo doméstico; e redução de perdas na rede de distribuição de água.
No dia seguinte, em outra mesa redonda, discutiu-se a sustentabilidade do Sistema Cantareira. E os especialistas, mais uma vez, revelaram ter limitações: não se sabe o que está acontecendo com o clima e a hidrologia. O presidente da Abes-SP – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Alceu Guérios Bittencourt, declarou que a recuperação do sistema “provavelmente será longa”. Uma consequência desta crise é que ela mudará a gestão dos recursos hídricos em São Paulo e no Brasil. A integração é a saída. No novo cenário, maiores investimentos serão necessários e o custo da água aumentará. A deterioração dos mananciais é um dano ecológico irreversível, arrematou.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê e prefeito de Embu das Artes, Francisco Nascimento de Brito, criticou a gestão pública ao ressaltar que “pouco foi feito para reduzir a dependência da região metropolitana de São Paulo do Sistema Cantareira”. Entre 2004 e 2013, o consumo de água na região cresceu 26% enquanto a produção expandiu-se apenas 9%, citou. “A Sabesp é patrimônio do povo de São Paulo. Mas, o comando político trata a água como uma mercadoria, mas a água é um bem difuso”, protestou. Brito também defendeu que os municípios em áreas de mananciais recebam uma compensação financeira para preservá-los.
O biólogo e gestor do Fundo Pitanga, Fernando de Castro Reinach, indagou aos engenheiros presentes: “Qual deve ser o volume mínimo de água no Sistema para que não haja um colapso do ecossistema?” Para ser fiel à realidade, o volume morto deveria ser rebatizado de volume vivo, acrescentou, pois é onde estão refugiados os peixes. Ninguém ainda sabe como responder essa pergunta. Em outros tempos, o nível ideal era de 20% acima do ponto de captação. Eram tempos de “vacas gordas”, em que não se tocava no volume morto…
O 25º Congresso AESabesp contou com a apresentação de 80 trabalhos técnicos, 8 mesas redondas e 3 minicursos, entre 30 de julho e 1 de agosto.

Exposição – Paralelamente, a 25ª Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, reuniu, no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo, 248 expositores nacionais e internacionais (220 em 2013), que difundiram seus produtos/serviços e inovações tecnológicas para cerca de 19 mil visitantes (17 mil na edição anterior). O maior evento do setor de saneamento ambiental na América Latina foi marcado, especialmente, pela crise de abastecimento de água e as alternativas para a racionalização do consumo.
A dinamarquesa Bombas Grundfos apresentou um novo conceito de gerenciamento de pressão para distribuição de água. O sistema Distribuição Dependendo da Demanda (D.D.D.) mantém a pressão constante no ramal do consumidor, em vez de verificá-la na descarga da bomba, como ocorre atualmente. “O equipamento enxerga as perdas e, à noite, quando o consumo é menor, reduz a pressão na bomba”, explicou Renato Zerbinati, vendedor técnico.
Calcula-se que há, no Brasil, uma perda de 40% na produção de água por vazamentos e furos. Em São Paulo, a média é de 24,7% e a Sabesp pretende baixar este índice para 18% até 2020. No Japão, as perdas não passam de 5%. Na Alemanha, 11%; EUA, 16% e Dinamarca, 7%. O D.D.D. reduz o desperdício e, segundo Zerbinati, é amortizado em dois anos de uso. É indicado para companhias de saneamento e indústrias de alimentos e bebidas.

A empresa investe 5,5% do seu faturamento (3,6 bilhões de euros, em 2013) em novas tecnologias. No Brasil, faturou R$ 110 milhões no ano passado e espera um incremento de 17% em 2014. Nos primeiros seis meses deste ano, foram comercializadas 45 mil bombas no país, faturando R$ 55 milhões.
Bombas pneumáticas para limpeza de fossa, transferência de efluente e de lama à base de petróleo, entre outras aplicações, foram as novidades no stand da Pentair. Antonio Carlos “Boca” Costa, gerente de vendas da Pentair Flow Technologies, disse que as bombas da série SX60 são portáteis e superiores às bombas centrífugas existentes no mercado porque não têm problema de corrosão e de desgaste por abrasão.
“A grande vantagem é a manutenção mais barata”, ressaltou Costa. A operação é totalmente com ar comprimido; automática; sem componentes móveis internos; capaz de bombear a até 500 m (1.640 pés) de altura. O tratamento de água com membranas de ultrafiltração foi destacado por Emerson Rodrigues, vendedor técnico da Pentair Filtration & Process. Os cabeçotes Optiflow criam um fluxo suave para as membranas, limitando a perda de carga em 90% em relação aos cabeçotes convencionais. A tecnologia exclusiva permite uma economia de 30% em tubulação e 75% em tempo, segundo Rodrigues.

A Schneider Electric lançou na exposição o inversor de frequência Altivar Process, uma linha para aplicações de processos de 0,75 kW até 1,5 MW. “É uma renovação na família de inversores”, na definição de Fernando Capelari, gerente de marketing estratégico. “É o primeiro inversor de frequência no mercado com serviços de inteligência incorporados”, adicionou.
Graças à convergência das tecnologias de informação e de eletrônica de potência, o produto agrega valor às indústrias de saneamento, óleo e gás, mineração, e alimentos e bebidas, afirmou Capelari. Por meio do monitoramento avançado de equipamentos e sistemas, garante, segundo a empresa, que as aplicações sejam executadas com eficiência energética durante todo o tempo.
Projeta-se que o seu uso gera uma redução de custos de 8%, em comparação com os inversores convencionais. O produto é capaz também de reduzir o tempo de parada em 20% e contribui para aumentar a vida útil mecânica das bombas. O gerente de marketing estima que o retorno do investimento acontece entre um e dois anos. O Altivar é considerado ainda uma solução verde, pois, ao final do seu ciclo de vida, 70% dos seus componentes podem ser reciclados.

Tradicional fabricante de tubos e conexões em ferro fundido dúctil para transporte de fluidos, a Saint-Gobain Canalização realizou apresentações diárias durante o evento para anunciar o lançamento do software do PAM Projeto. A ideia é facilitar a vida dos engenheiros projetistas das áreas de saneamento, infraestrutura industrial e construção civil nos cálculos para instalação e hidráulicos, comentou Tatiana Ferreira, coordenadora de promoção e comunicação.
Com o PAM Serviços, que engloba o chamado PAM Projeto, a empresa disponibiliza um diferencial aos clientes. Técnicos ensinam a aplicação correta dos materiais para adução de água e transporte de efluentes domésticos e industriais, fazem a análise do projeto e do solo, oferecem treinamentos nos locais de montagem e manutenção, além de orientar os testes hidrostáticos. Um acompanhamento, enfim, de todas as etapas da obra.
A Mizumo divulgou um novo conceito na Fenasan: passa a oferecer um sistema integrado que contempla a concepção, a instalação e a execução de projetos de tratamento de esgoto, além dos serviços essenciais. Segundo Adriano Gagliardi Colabono, supervisor comercial, o sistema traz como vantagens a rapidez na implantação, modularidade e prazo de entrega.

“Ofertaremos projetos dedicados e eficientes que, desde seu dimensionamento, irão prever todas as especificidades do empreendimento e considerar o que cada cliente precisa a longo prazo, incluindo os serviços de pós-vendas. O objetivo é atingir a excelência no atendimento em todas as etapas”, declarou Colabono.
Para armazenar grandes volumes de água, a capixaba Fortlev expôs o Tanque Modular, com tecnologia inglesa. Feito de placas de resina de poliéster reforçada com fibras de vidro, por meio do processo SMC (Sheet Moulding Compound – moldagem de composto em lâmina), o tanque pode ser montado em qualquer formato e é mais leve do que o concreto armado e o aço. “A altura máxima é de 4 m, mas a extensão é variável”, disse Paulo Torres, gerente comercial.
É possível fazer a manutenção dos reservatórios por seções e o tanque é resistente às condições climáticas. Aeroportos, hospitais e shoppings estão na mira do setor comercial. A Vila Olímpica do Rio de Janeiro já conta com dois tanques de 600 mil litros cada, que foram montados em 15 dias.
A Ag Solve Monitoramento Ambiental, de Indaiatuba (SP), apresentou ao mercado o AquaLogger, desenvolvido para poços de 2” (ou mais) para o registro de dados remotos. O equipamento atua em conjunto com as sondas para qualidade da água da Aquaread, também comercializadas pela empresa no Brasil, aumentando a capacidade do armazenamento de dados das sondas e melhorando a precisão das medições. A unidade possui um recurso programável que analisa os eventos para o aumento das taxas de registros de acordo com as rápidas mudanças que ocorrem. “Houve uma boa procura”, garantiu a assistente de marketing, Andressa Lemos.

Lodo de esgoto – Um produto com “enormes perspectivas”. Assim, Flávio Leite, gerente geral da Vermeer, promoveu o lançamento do compostador de lodo de esgoto. “Ele acelera o processo de decomposição orgânica e é mais eficiente do que as pás carregadeiras porque revira 100% do material”, declarou. Hoje, quase não há reaproveitamento do lodo do esgoto no país. A empresa já comercializou compostadores para usinas de cana-de-açúcar e fazendas de gado bovino.
O lodo de esgoto pode ser totalmente reaproveitado como adubo orgânico ou mesmo para gerar energia, na forma de biogás. Os equipamentos da Vermeer são projetados para processar até 3.058 m3 de material por hora, dependendo do tipo e do tamanho do compostador. No final do evento, Leite comemorou a percepção de que há, no mercado, uma abertura para as novas tecnologias, como a demonstrada. “Já se nota uma mudança de cultura, aliada à necessidade de reduzir custos”, salientou.
O valor do lodo de esgoto foi dimensionado pelo gerente do setor de tratamento de esgoto da Sabesp de Franca-SP, Luciano Reami, no trabalho que apresentou no encontro técnico dos engenheiros. A ETE Franca recebe de 50 a 70 t/dia de material proveniente de 290 mil habitantes. No período de 1999 a 2011, o lodo de esgoto, classificado na classe B, foi repassado aos plantadores de café.

Como não foi possível adaptar esse lodo para a classe A, atendendo às novas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o seu destino passou a ser o aterro sanitário. Na análise que fez do conteúdo do lodo, que, agora, está indo para o aterro, Reami calculou que cerca de R$ 537,4 mil/ano estão sendo desperdiçados em materiais de interesse dos agricultores, como nitrogênio (25 t/ano), fósforo total (92,6 t/ano) e matéria orgânica (2.467 t/ano), além de certas quantidades de micronutrientes como zinco, cobre, molibdênio, enxofre, magnésio, boro etc. Os cafeicultores teriam uma economia da ordem de R$ 1.325/ha se pudessem adquirir o lodo e deixar de comprar esses minerais.
Sem possibilidade de repassar o lodo aos agricultores, a ETE Franca está bancando um custo de R$ 1,1 milhão/ano para transportá-lo até o aterro sanitário, informou Reami. Se esse mesmo lodo fosse transportado num raio de 30 km, dentro da área agrícola, o custo seria de R$ 284,5 mil/ano. O engenheiro avalia que quase 90% do lodo de esgoto gerado no Estado de São Paulo estão sendo direcionados para os aterros sanitários. Um desperdício, sem dúvida, já que este resíduo poderia nutrir as plantações de maior porte (árvores).