Esmalte – Formulações atuais geram cores vibrantes

Química e Derivados - Esmalte da Bella Brazil: unhas mais bonitas, sem usar formaldeído
Esmalte da Bella Brazil: unhas mais bonitas, sem usar formaldeído

Formulações atuais geram cores vibrantes e evitam danos à saúde do cliente

Formulação básica do esmalte 
Formador de filme: Nitrocelulose [C6H7O3(ONO2)3] Resina: Tosilamida formaldeído ou tolueno-sulfonamida-formaldeído.
Plastificantes: Acetil Tributil Citrato e cânfora.
Solventes: Acetatos, álcoois e tolueno.
Corantes: Pigmentos orgânicos ou inorgânicos.
Fonte: Rosemary Miliauskas, consultora técnica para P&D

Química e Derivados - Vocci: polímeros acrílicos curados por UV duram mais
Vocci: polímeros acrílicos curados por UV duram mais

O consumidor de esmaltes para unhas impulsiona os fabricantes a proporcionarem experiências além da coloração. Dessa forma, a indústria passou a oferecer matérias-primas que agregam funcionalidade ao produto, simultaneamente, a uma grande variedade de cores, com muito brilho e alta durabilidade. A segurança dos usuários também norteia os desenvolvimentos. Os esmaltes isentos de ingredientes considerados tóxicos e alérgenos estão sendo mais aceitos e ganhando participação no mercado.

“O esmalte se tornou um grande acessório tanto quanto brincos, maquiagens ou sapatos”, afirma a consultora técnica para Pesquisa & Desenvolvimento, Rosemary Miliauskas. Ela tem razão. Prova disso se vê na posição do Brasil no ranking mundial. O país é o segundo maior mercado em faturamento (atrás dos Estados Unidos), e se contabilizado o volume vendido (frascos), alcança a liderança, segundo Douglas Vocci, diretor da Focus Química.

As explicações são muitas. Anderson Oba, diretor de marketing e comercial da Nitro Química, aponta que o esmalte de unha é um item de beleza importante e de grande relevância na autoestima das pessoas. Além disso, por ser de baixo custo, em momentos de crise econômica, o produto sofre menos impacto do que outros cosméticos.

Lilian Furlan, gerente técnico-comercial da Adexim-Comexim concorda: “as vendas sempre são significativas e expressivas, superando até mesmo os momentos mais adversos da nossa economia”. Segundo ela, isso ocorre porque os consumidores adquiriram o hábito de embelezarem e cuidarem das unhas.

Química e Derivados - Flávia: ativos encapsulados chegam ao ponto desejado
Flávia: ativos encapsulados chegam ao ponto desejado

Flavia Zanella, gerente de desenvolvimento de vendas – Beauty Actives e Regional Marketing – Personal Care Latam, da Croda, no entanto, tem outra percepção sobre a demanda. Para ela, o segmento não está tão blindado assim dos reveses da economia brasileira. “O mercado de esmaltes não tem apresentado crescimento nos últimos dois anos, acompanhando a tendência geral do mercado de cuidados pessoais no Brasil”, afirma.

De qualquer forma, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), a categoria de maquiagem para unhas movimentou R$ 735 milhões, em 2019 (vendas ex-factory), apresentando um crescimento de 9,4% em relação a 2018. As incertezas da atual situação do país impedem a associação de fazer projeções sobre o comportamento do setor. No entanto, já é possível diagnosticar o crescimento em valor da demanda por produtos voltados ao tratamento das unhas.

Dentro do vidrinho – A fórmula básica de um esmalte conta com formador de filme, resinas, plastificantes, solventes e corantes. A proposta primordial dessa composição é gerar uma substância que, aplicada à unha, se transforme em uma película dura e brilhante depois da secagem, de forma a deixá-la colorida.

A sua composição pode variar bastante dependendo do desempenho desejado. Em geral, cabe aos solventes uma parcela entre 60% e 80% da formulação, sendo o acetato de etila e o acetato de n-butila os químicos mais requisitados pela indústria. Além disso, esses solventes têm um apelo cada vez mais exigido pelos consumidores: são isentos de compostos aromáticos (free). “Eles são os solventes ativos para as principais resinas utilizadas na produção do esmalte de unha, ou seja, apresentam excelente poder de solvência, além disso, possuem baixa toxicidade”, afirma Denilson Vicentim, coordenador de assistência técnica da área de Solventes do Grupo Solvay na América Latina.

Química e Derivados - Oba: clientes podem contar com sistemas customizados
Oba: clientes podem contar com sistemas customizados

O etanol e o isopropanol participam da categoria de solventes para esmaltes de unhas, porém em menor participação, se comparados aos ésteres. O tolueno também é empregado nas formulações, porém o ingrediente é um caso à parte. Essa matéria-prima tem sido banida por conta da sua toxicidade – é classificado como depressor do sistema nervoso central (SNC) das pessoas – e por provocar alergia aos usuários. “O sistema solvente do esmalte de unha que contenha tolueno pode ser reformulado e substituído com vantagens técnicas por ésteres”, observa Vicentim.

A nitrocelulose é o principal componente responsável pela formação do filme que confere brilho e durabilidade ao esmalte de unhas, duas exigências recorrentes entre os consumidores. Aliás, por causa desse atributo, o ingrediente está presente na maior parte dos esmaltes de unhas do mundo, incluindo as principais marcas globais do mercado. Trata-se de um polímero derivado da celulose e solúvel em solventes orgânicos, que apresenta alto teor de insumos renováveis em sua composição. Até por isso, ao contrário de polímeros derivados do petróleo, forma uma película permeável capaz de agir contra o adoecimento da unha ou da pele.

Combinada com os componentes do esmalte, essa matéria-prima forma uma película brilhante, flexível e permeável nas unhas. Dependendo da formulação desejada pelos fabricantes, são empregadas determinadas resinas complementares. Essas resinas, por sua vez, trazem ao filme as propriedades de aplicação considerando suas características: algumas possuem mais brilho, outras são mais flexíveis, por exemplo. “É preciso eleger a combinação de acordo com a característica desejada no esmalte de unha, respeitando normas técnicas e de saúde”, explica Oba.

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A cor – Fundamental na composição do esmalte, os pigmentos respondem pela cor e os efeitos de brilho. “Grande parte do valor do esmalte vem justamente da cor e do brilho que ele oferece ao consumidor”, reforça Flavia, da Croda, ressaltando que, sem o pigmento, o esmalte seria incolor como a base ou a cobertura extra brilho.

Carlos Fernando de Abreu, CEO da Colormix Especialidades, explica que a maioria das formulações é parecida; isso ocorre porque os pigmentos são utilizados na forma de chips, produzidos pela sua dispersão em nitrocelulose, principalmente, ou através de sua dispersão líquida. “Bons pigmentos são fundamentais para obtenção de um produto de qualidade, pois são responsáveis pela cobertura de cor, solidez, uniformidade e espessura do revestimento, além de compor efeitos diversos”, completa Abreu.

Vale lembrar que pigmentos destinados para o mercado de esmaltes possuem, em geral, alto valor agregado, por causa do seu grau de pureza e processamento, ou do tratamento de superfície. O mesmo acontece em relação aos tipos de efeitos, como micas, borossilicatos e metálicos, por exemplo.

Nesse segmento, novas tecnologias se traduzem em pigmentos tratados, cujo processamento melhora o processo de fabricação e o acabamento dos produtos finais, além dos pigmentos termocrômicos e fotocrômicos, cujas colorações são alteradas com a variação de temperatura ou exposição à radiação ultravioleta.

Eu sou free – Os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são divididos em duas categorias de acordo com o grau de risco (1 ou 2). Segundo esta determinação, os esmaltes são considerados de grau 1, ou seja, possuem propriedades básicas que dispensam informações detalhadas quanto ao seu modo de uso e restrições.

Química e Derivados - Vicentim: solventes não aromáticos são preferidos
Vicentim: solventes não aromáticos são preferidos

A segurança dos usuários está na berlinda em todos os setores da indústria de esmaltes. Alguns exemplos sobre o que tem sido feito quanto ao controle e à regulação dos produtos que envolvam riscos à saúde pública ficam por conta do DBP (dibutilftalato), do formol e da cânfora. Rosemary explica que, no Brasil, o emprego do formol é permitido em cosméticos apenas com a função de conservante ou endurecedor de unhas, com concentrações máximas de 0,2% e 5%, respectivamente (Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 15, de 2013).

Quanto à cânfora, a Câmara Técnica de Cosméticos (Catec) recomenda estabelecer a concentração máxima de 4,0% do ingrediente em esmalte para unha. O plastificante DBP, por sua vez, foi banido em 2005 das formulações de esmaltes, e vem sendo substituído pelo ATBC (acetil tributil citrato). “Ele é 100% de base biológica e não é uma espécie de ftalato hidrogenado”, observa Rosemary.

Mas, independentemente da le­gislação vigente, cada vez mais o produto free permeia os projetos da indústria da beleza. “Os fabricantes de cosméticos, em geral, estão mais atentos e demandam ingredientes menos agressivos e de origem natural, evitando os derivados de petróleo”, ressalta Oba, da Nitro Química. Com o esmalte não é diferente. O segmento segue essa mesma rota, abrindo-se para os produtos cujas fórmulas não contenham ingredientes considerados tóxicos ou agressivos.

Os clássicos são aqueles com fórmulas 3 free (isentas de tolueno, formaldeído e DBP) e os hipoalergênicos (isentos de tolueno e formaldeído), mas a indústria hoje também oferta ao consumidor brasileiro composições 9 free, livres também de resina com formaldeído (RTS-F), cânfora, parabenos, fosfato de trifenilo (TPHP), tosilamida de etilo e xileno. No Brasil, a Natura foi pioneira no desenvolvimento desse tipo de esmalte, com a linha Una, cujos produtos são apresentados também como 100% veganos. Classificado como hipoalergênico, o produto foi lançado em agosto do ano passado.

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Oferecer opções variadas de formulações com algum percentual de ingredientes naturais ou veganos tem se mostrado um caminho sem volta. Se o conceito ficará restrito a um nicho ou alcançará grandes volumes de vendas ninguém arrisca dizer, mas, de qualquer forma, os profissionais da área sabem que não dá para ignorar o tema. “Certamente os produtos free irão se consolidar no mercado de cosméticos, especialmente nos esmaltes de unhas”, vislumbra Lilian, da Adexim-Comexim.

O diretor da Focus Química, no entanto, faz um alerta quanto ao oportunismo de algumas empresas. Segundo ele, o conceito free tem um forte apelo de marketing que, em alguns casos, pode ser utilizado para ludibriar o consumidor. “Muitos colocam que seu produto é livre de algo que jamais existiu ou existirá em um esmalte de unhas”, avisa.

Com o conhecimento de quem tem larga experiência fabril em Pesquisa & Desenvolvimento e Controle de Qualidade, a química e consultora técnica Rosemary também percebe a tendência de aumento da demanda por produtos menos agressivos e irritantes. Ela aponta, no entanto, que esse fenômeno só se fez possível porque o consumidor está aprendendo a não exigir o mesmo desempenho dos esmaltes tradicionais. “Não tem comparação em termos de fórmula, performance e nem de custos similares. Mas ele (consumidor) está disposto a pagar por isso em troca de um estilo de vida e/ou pensamento”, afirma.

Segundo ela, ainda existe, porém, uma restrição muito grande por parte das consumidoras brasileiras em trocar a durabilidade de uma semana por um produto que pode permanecer nas unhas poucos dias, com o benefício de não ressecá-las, por exemplo.

Uma questão desafiadora se dá quanto à estabilidade dos produtos. De acordo com Rosemary, as bases mais novas acabam perdendo um pouco a capacidade de aderência na unha. “Quando misturamos matérias-primas de origem vegetal (óleos, por exemplo) nas bases de esmaltes, temos a aderência prejudicada. Ou seja, após dois ou três dias, este esmalte ‘descasca’ facilmente, perde a aderência, pois não houve um tipo de ‘cura’, uma fixação do produto sobre a unha”, explica.

A diretora comercial da Bella Brazil Cosméticos, Alessandra Lima, observa que uma de suas tarefas é reverter a ideia de que a não utilização do formol vai abreviar a duração do esmalte e reduzir o brilho. Sendo assim, ela faz questão de apresentar o mais recente lançamento da fabricante: o esmalte Ultra Secante Bella Brazil. A sua formulação não inclui DBP, tolueno ou formaldeído. O produto possui um único componente complementar: o disiloxane, silicone que acelera a secagem do esmalte. “Ele evapora e acelera a secagem, e o principal, não perde o brilho”, afirma Alessandra. Testes dão conta de que a secagem do esmalte leva até um minuto, em média.

Química e Derivados - Esmalte Pôr do Sol, da linha Tô de Boa de produtos em gel
Esmalte Pôr do Sol, da linha Tô de Boa de produtos em gel

Um ponto importante quanto aos produtos menos irritantes se refere aos custos. Afinal, esses esmaltes são acessíveis? Às vezes, não. “Quando você exclui um item da composição que é agressivo, por exemplo, o tolueno, você necessita colocar mais três ativos para dar o mesmo efeito, e são ativos com custo mais elevado, mas que garantem brilho e durabilidade”, exemplifica Alessandra.

Tendência – A indústria trabalha em várias frentes para atender às exigências dos consumidores. Há produtos para o tratamento das unhas, com propriedades para o seu fortalecimento e crescimento, assim como aqueles que removem as manchas amareladas das unhas. Também existem formulações que se propõem a gerar uma experiência. Nesse quesito, Flavia, da Croda, cita os esmaltes perfumados com cheiro de frutas, lavanda e flores, e os de efeitos de brilho metálico (ouro, prata, cobre) e furta-cor/iridescente.

Uma categoria de destaque hoje é a de formulações que oferecem benefícios funcionais como secagem rápida e efeito de brilho gel. Não por acaso, a Bella Brazil acaba de lançar a linha Tô de Boa, de esmaltes efeito gel. Segundo a fabricante, consegue-se a aparência de um esmalte em gel, porém sem o tempo na cabine de secagem. Alessandra relata que o esmalte chegou a durar 16 dias na unha.

Por falar no esmalte em gel, este é apontado como uma tendência do mercado. Com esta tecnologia, a secagem não acontece pela evaporação dos solventes. O que ocorre é a cura (secagem, consolidação) de seus componentes (resinas e pigmentos, em sua maioria), sem perda de massa por evaporação. Produzido à base de resina sintética derivada de polímeros acrílicos, o produto necessita de uma infraestrutura de lâmpada de cura, pois os agentes químicos da formulação são ativados por meio de uma fonte de luz.

Química e Derivados - Rosemary: os plastificantes ftálicos perderam mercado
Rosemary: os plastificantes ftálicos perderam mercado

O resultado impressiona. O esmalte deixa as unhas reluzentes e coloridas por um longo período (média de 15 dias). “Forma-se um filme bem mais durável, bonito e brilhante”, reforça Vocci.

Mas oferecer uma bela aparência nem sempre é o suficiente para tornar o esmalte atraente. “Novas tecnologias químicas são muito caras e pouco acessíveis ao mercado nacional”, avalia Oba, da Nitro Química. Esse raciocínio explica, em certa medida, o fato desse tipo de esmalte atender sobretudo a um público específico. Segundo Vocci, no Brasil, apenas empresas internacionais apostam no filão do esmalte em gel. “É um nicho de mercado com valor e performance muito superiores. Para um mercado no qual se troca a cor de esmalte como se troca de sapato, essa durabilidade, às vezes, não é uma grande vantagem, mas onde o acabamento e a durabilidade são mais importantes, esse nicho já está estabelecido”, comenta Vocci.

Para Rosemary, sim, a durabilidade é um diferencial importante, porém alguns consumidores reclamam que suas unhas ficaram mais finas e sensíveis após pararem de utilizar o produto. “Infelizmente não conseguimos agradar a todos ao mesmo tempo, mas se trata de um ótimo produto”, afirma.

Portfólios – “O mercado brasileiro de esmaltes é líder mundial de consumo devido à frequência e à variedade demandada”, afirma Abreu, CEO da Colormix. É isso mesmo. No país, os lançamentos precisam ser constantes. A cada nova estação do ano ou datas especiais, os brasileiros buscam por novidades. Sim, os consumidores, pois, os homens também passaram a cuidar das unhas, apesar de representarem uma pequena parcela do mercado.

A Focus Química faz a sua parte com a venda de bases de suspensão, bases incolores e top coats, da Polychromatic, e da Keystone Industries, os polímeros e monômeros para alongamento de unhas (inclusive para unhas artísticas), além da linha Gel Polish, de esmaltes em gel. Essa tecnologia se traduz em sistema de esmaltes com acabamento de alta performance e, se desejado, de longa duração. Segundo a fabricante, também possui excelente aderência, baixo odor (baixa emissão de compostos voláteis) e brilho intenso. Sua secagem é feita através de lâmpadas LED.

A companhia também tem uma linha própria, fabricada na Itália, de dispersões de pigmentos grau cosmético na forma de color chips e, mais recentemente, adicionou pigmentos perolados (mica natural, mica sintética, e borossilicato e oxicloreto de bismuto) e glitters de poliéster, da holandesa Geotech. “Há o lançamento da linha GeoFlak, de glitters poliéster free”, ressalta o diretor da Focus Química, Douglas Vocci. Para completar, a companhia conta com linha de aditivos, como Pantenol e Vitamina E, da DSM.

A Nitro Química abastece o mercado com diversas opções de nitrocelulose grau industrial. O diretor de marketing e comercial, Anderson Oba, destaca a linha premium NQ Prisma. “Com a melhor performance do mercado em relação a propriedades ópticas, viscosidade e teor de água, ela é destinada a segmentos que demandam um produto de qualidade diferenciada, como os esmaltes de unha”, diz.

Entre os lançamentos, o executivo aponta os sistemas customizados em parceria com os clientes, para a fabricação de formulações hipoalergênicas. Oba explica que a novidade representa a resposta da companhia ao aumento da demanda por produtos menos agressivos. Ele também enfatiza que existem poucos produtores de nitrocelulose no mundo e a Nitro Química é uma empresa brasileira que exporta para mais de 70 países.

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A Adexim-Comexim distribui no país as resinas da norte-americana Estron Chemical, especialmente desenvolvidas para o mercado de esmalte de unhas. O portfólio é extenso. Um dos destaques da marca é a Isocryl C-70 Estron, uma resina acrílica sólida em flocos, carboxil funcional, desenvolvida para uso como modificadora para vernizes e esmaltes de unha. “É a resina de maior pureza disponível no mercado”, afirma a gerente técnico-comercial Lilian. Solúvel em álcoois, ésteres e cetonas, o polímero auxilia na dispersão, aderência, dureza, aparência e clarificação de formulações em aplicações cosméticas.

Lilian comenta ainda que a linha de resinas Estron apresenta excelente compatibilidade com a nitrocelulose, mas possui outra estrutura polimérica e funcional. “A nitrocelulose é um ingrediente coadjuvante e constante nas nossas formulações de esmalte de unhas”, ratificou. Ela destaca também o nível residual de monômero de estireno no Isocryl C-70, considerado bem abaixo de qualquer outra resina concorrente. “O uso típico de C-70 no esmalte de unhas é de 1% a 5%, o que faz com que o teor de estireno fique abaixo dos limites detectáveis na fórmula final”, reforça.

O portfólio conta com outros destaques, como as linhas Polytex e Sulfonex. A Polytex NX-55 é uma resina tosilamida modificada e patenteada, utilizada para promover adesão, plastificação interna, brilho, profundidade de imagem e durabilidade. Enquanto a Polytex E-75 é uma resina de tosilamida modificada em acetato de butila em que um de seus atributos é a capacidde de aprimorar o brilho. Já a Sulfonex M-80 trata-se de uma resina de tosilamida/formaldeído modificada para uso em composições de esmalte de unhas a fim de promover brilho, adesão e durabilidade.

Para atender ao mercado de solventes, a Rhodia, empresa do Grupo Solvay, possui em seu portfólio acetato de etila, acetato de n-butila e acetato de n-propila, químicos considerados essenciais nas formulações de esmaltes, removedores e recuperadores de esmaltes para unhas. Os dois primeiros são destaques da companhia. Segundo Vicentim, do Grupo Solvay na América Latina, eles apresentam propriedades excelentes quanto ao poder de solvência para as principais resinas utilizadas na produção do esmalte de unha, além de possuírem taxa de evaporação equilibrada que promove perfeito alastramento e formação de filme. “Isso se reflete diretamente no aumento de brilho do esmalte de unha após a secagem”, explica Vicentim.

Um diferencial da companhia é a plataforma Solsys, sistema digital que auxilia os clientes na reformulação dos seus sistemas de solventes. Há também uma versão online, a Solsys Lite.

A Colormix Especialidades atua no mercado de esmaltes para unhas com um extenso portfólio de produtos, dos quais os principais são os pigmentos orgânicos FDA, inorgânicos FDA, pigmentos de efeitos (micas sintéticas e naturais, borossilicatos, metálicos e glitters) e ésteres naturais. Alguns destaques ficam por conta dos pigmentos de cores sólidas do grupo Ferro e os pigmentos de efeito da Eckart.

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Os pigmentos para cosméticos da Ferro são os inorgânicos conhecidos como ultramarines (azul, pink e violeta). “O nosso carro-chefe é o Azul Ultramar, porém oferecemos como diferencial, em relação às outras distribuidoras, a coloração pink”, afirma Abreu. Ele explica que os pigmentos são conhecidos por sua alta pureza, uniformidade, fácil dispersão (água e óleo) e estabilidade dimensional proporcionada.

Os pigmentos da Eckart, por sua vez, se dividem em três linhas: Mirage (borossilicatos de sódio que proporcionam efeitos cintilantes e aparência glamourosa), Silverdream (linha de pigmentos metálicos) e Syncrystal (pérolas sintéticas revestidas de óxidos de metal). Esse último, por exemplo, devido à sua natureza sintética, possui baixíssimo nível de impurezas e apresenta como diferenciais a obtenção de efeitos perolizados, de interferência, prateados, tons terra quentes ou cores expressivas. “Oferecem máximo brilho e coloração”, diz Abreu.

Química e Derivados - Abreu: bons pigmentos geram esmaltes de alta qualidade
Abreu: bons pigmentos geram esmaltes de alta qualidade

A Croda, por sua vez, apresenta ativos e especialidades que oferecem fatores protetivos às unhas, e pigmentos de efeito. Entre as novidades, há a linha Moonshine que foi desenhada para trazer brilho e cor às aplicações cosméticas. Ela é composta por pigmentos de efeito produzidos à base de borossilicato, o que lhes confere níveis de intensidade e brilho, que, segundo Flavia, não se alcança com pigmentos à base de mica. São cinco séries de pigmentos que compõem a linha, entre as quais variam a espessura do substrato, o tipo de recobrimento, os efeitos de brilho e o tamanho de partícula. Flavia destaca a Astral Effect: “apresenta substrato com espessura exclusiva de 350 nm, a mais fina do mercado”.

Do segmento de tratamento de unhas, ela fala sobre o Neonyca e o NailHero. O primeiro é um extrato natural das sementes de aipo (Apium graveolens), que possui ação biológica sobre a formação da unha, de modo a tratar e reparar os efeitos das agressões provocadas por removedores de esmalte, álcool e afins. Por sua vez, o NailHero é um complexo de ingredientes de tratamento de unhas encapsulado em microesferas lipídicas. Segundo Flavia, a encapsulação do complexo de ingredientes permite a penetração mais profunda nas unhas, entregando os ingredientes onde são necessários, garantindo a eficácia do ativo “A adição de NailHero a esmaltes e produtos de tratamento ajuda a fortalecer as unhas, proporcionando uma melhora significativa na sua aparência e fragilidade”, finaliza.

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