CPhI South America 2011 – Participação asiática domina a exposição

As perspectivas de crescimento dos negócios no setor farmacêutico brasileiro suscitam interesses e sondagens internacionais de todos os continentes. Mas foram os asiáticos, principalmente vindos da China e da Coreia do Sul, as presenças mais numerosas e marcantes desta edição da CPhI South America.
Da China, das 20 maiores corporações do setor farmacêutico, as quatro com faturamento anual superior a US$ 2 bilhões – CSPS Pharmaceutical Group, North China Pharmaceutical, Northeast Pharmaceutical Group e Yangtze River Pharmaceutical Group –, com dezenas de empresas de menor porte, prestigiaram a exposição, representando esse setor industrial chinês, hoje integrado por mais de quatro mil empresas, todas certificadas de acordo com os padrões GMP.
Quem garante é Cui Bin, secretário-geral do governo chinês, responsável pela China Chamber of Commerce for Import & Export of Medicines & Health Products, considerado uma das maiores autoridades governamentais daquele país em políticas de comércio exterior voltadas a medicamentos para a saúde.
Duplamente líder mundial na produção de ativos farmacêuticos, com uma variedade de mais de 15 mil diferentes princípios ativos, e também na produção de vitaminas, com produção que ultrapassa 100 milhões de toneladas/ano, a China registrou faturamento no setor farmacêutico superior a US$ 200 bilhões em 2010.
Pela primeira vez em visita ao Brasil, o secretário-geral Cui Bin se confessou particularmente muito impressionado com o grau de desenvolvimento da indústria farmacêutica local. “O Brasil já é um expoente em muitos setores, na agricultura, na criação de rebanhos bovinos, e hoje já temos várias empresas chinesas fazendo intercâmbios comerciais com empresas no país, iniciados na área de vitaminas, que foi o primeiro setor a ser trabalhado no Brasil”, declarou Cui Bin.
Segundo ele, as negociações entre Brasil e China crescem ao ritmo de mais de 10% ao ano. “Vinte anos atrás, começamos a estabelecer as primeiras parcerias com o Brasil, mas só nos últimos cinco anos esses acordos passaram a evoluir mais, desenvolvendo-se muito rapidamente nos últimos dois anos. Nossas trocas tecnológicas estão ligadas principalmente aos componentes minerais, mas também estamos atuando nas áreas de anticancerígenos, antibióticos e medicamentos para tratamento da aids”, informou.
“A China precisa do Brasil para se desenvolver e o Brasil também precisa da China para alcançar o mesmo propósito. A única maneira de países como Brasil, China, Índia e Rússia se desenvolverem mais é trabalhando junto, para nos tornarmos países expoentes em vários setores”, recomendou.
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