No grupo de produtos direcionados aos cuidados com os cabelos, a categoria pós-xampus foi responsável pelo maior percentual de crescimento no mundo todo (9%). Em produtos voltados aos cuidados com a pele, a pesquisa apurou que 30% dos gastos dos consumidores se direcionam a essa categoria.
Ainda de acordo com a pesquisa, alguns produtos como clareadores para a pele encontraram rápida difusão nos Emirados Árabes, Tailândia e Marrocos, com percentuais de crescimento de 37%, 20% e 19%, respectivamente, nos períodos estudados.
Apesar do crescimento acentuado de produtos de cuidados pessoais em mercados emergentes como Leste Europeu, Oriente Médio e África (11%), América Latina (9%) e Ásia e região do Pacífico (7%), revelados pelos percentuais de participação sobre as vendas globais, todas as análises devem levar em conta o fato de que 70% do consumo de produtos de cuidados pessoais estão alocados na Europa e na América do Norte, que participam com 38% e 27%, respectivamente, do total alcançado no mundo com as vendas desses produtos.
Na América Latina, no período analisado pela pesquisa, os produtos que apresentaram as maiores taxas de crescimento foram: autobronzeadores (59%), produtos antiacne (32%), lenços umedecidos para adultos (28%), géis higienizadores (26%), sabonetes em creme, em gel e líquidos (25%), lenços umedecidos para bebês (24%), antissépticos bucais (22%), perfumes/colônias (22%), fraldas para incontinência (18%) e depilatórios (18%), indicando comportamentos e tendências de consumo.
Crescendo com a crise – A recessão econômica mundial deflagrada pela crise financeira norte-americana ainda não se refletiu sobre o consumo de cosméticos no Brasil, pelo menos por enquanto. A receita da gigante Avon no mercado brasileiro, segunda maior operação da companhia no mundo, cresceu mais de 30% no terceiro trimestre de 2008 em comparação com o mesmo período de 2007, revelando o vigor das vendas diretas. A receita global da companhia aumentou 13% no terceiro trimestre de 2008 em relação ao mesmo período de 2007.
Assim, a Avon busca transformar crises em oportunidades. Isso ocorreu em 1929, com a quebra da bolsa nos Estados Unidos e, anos depois, em 1945, durante a 2ª. Guerra Mundial. Em todos os períodos de desvalorização cambial, as operações da empresa não registraram descontinuidade de crescimento, principalmente por causa do modelo de vendas adotado no mundo.
“Somos uma empresa que democratiza a beleza, pois oferecemos cosméticos de altíssima tecnologia a preços competitivos, mas também temos um papel social muito grande, pois oferecemos oportunidades de ganho às pessoas”, afirmou Luiz Soares, gerente de projetos e inovação da Avon Brasil. Em 2009, de acordo com o executivo, a expectativa é de manter em alta os níveis de crescimento de 2008 e levar a cabo os planos de construção do novo centro de distribuição, maior e mais moderno, em Cabreúva-SP, cujas obras começarão em 2009 e devem terminar em 2010. O novo centro foi projetado para atender à crescente demanda do mercado brasileiro. Com investimentos de US$ 150 milhões, deverá ocupar 70 mil m² da área total de 267 mil m², que permitirá futuras expansões.
Embora o centro de pesquisa e desenvolvimento da Avon fique próximo da sede da empresa em Nova York, nos Estados Unidos, o Brasil desenvolve as fragrâncias comercializadas na região e as diferentes tonalidades de batons e sombras mais ao gosto da mulher brasileira, além de aperfeiçoar fórmulas de xampus e desodorantes mais adequados ao perfil de consumo nacional.
Fundada há 122 anos e há 50 atuando no Brasil, a Avon se destaca pelo pioneirismo em várias áreas cosméticas. Foi a primeira empresa a fazer uso de alfa-hidroxiácidos em cosméticos e também pioneira no desenvolvimento de linhas anti-idade com o lançamento de Renew, além de ter estabilizado pela primeira vez no mundo a vitamina A, utilizada em fórmulas de tratamento para rejuvenescer.
O Boticário também divulgou, antes mesmo de totalizar as vendas do último trimestre de 2008, balanço que aponta crescimento de 18% no faturamento em relação a 2007. Em 2008, os investimentos no valor de R$ 104 milhões foram 35% maiores do que os totais investidos no ano anterior. Foram inauguradas, em 2008, 175 novas lojas no Brasil dentro do modelo de franquia, totalizando 2.640 lojas, que formam a maior rede de franquias de perfumes e cosméticos do mundo.
“Mesmo com a crise mundial, a empresa se mantém sólida e temos muitos motivos para celebrar 2008 e seguir confiantes para 2009”, comentou Artur Grynbaum, presidente do Boticário há apenas um ano. A confiança nos bons resultados de 2009 é, porém, acompanhada de constantes avaliações do mercado. “Estamos atentos, monitorando de perto as movimentações e nos preparando para o próximo ano, prevendo algumas variações”, considerou. Presente em quinze países, que reúnem 73 lojas e mais de mil pontos-de-venda no exterior, a empresa também projeta novas oportunidades no mercado externo.
Os resultados colhidos pela Natura no terceiro trimestre de 2008 refletiram os primeiros efeitos de plano de ação adotado pela companhia, o qual contempla investimentos de R$ 400 milhões em marketing e no modelo comercial a ser aplicado entre 2008 e 2010 para acelerar as vendas. A receita líquida alcançada no mercado brasileiro no terceiro trimestre de 2008 foi de R$ 868,4 milhões, 21,4% maior que a do mesmo período de 2007.