Como a Tecniplas está lidando com as elevações nos preços das matérias-primas
Nos últimos 18 meses, as resinas e fibras de vidro processadas pela empresa subiram 95% e 118%, respectivamente

Imagine que você precisa de resinas e fibras de vidro para fabricar os seus produtos. E que, nos últimos 18 meses, tais insumos tiveram seus preços aumentados em 95% e 118%, respectivamente. Mais: um deles, a fibra, está quase sempre em falta.

Esse cenário resume a situação da Tecniplas, líder brasileira em tanques e equipamentos especiais de compósitos em PRFV (Plástico Reforçado com Fibras de Vidro). “Os últimos meses foram impactados de maneira inédita em termos de instabilidade e elevações sucessivas nos custos das matérias-primas que transformamos”, afirma Luís Gustavo Rossi, diretor da Tecniplas.
Tamanhas foram as subidas, ele observa, que ficou impossível não repassar. “Mesmo assim, absorvemos o que deu”.
Na ponta do lápis, Rossi calcula que a Tecniplas elevou em 45-50% os preços dos tanques e equipamentos que fabrica em Cabreúva, no interior de São Paulo.
Para amenizar o problema, o diretor da Tecniplas ressalta que a estratégia da empresa foi marcada pelo aumento da pressão por mais produtividade e menos perdas no processo fabril.
Contudo, não ficaram de fora o desenvolvimento de novos fornecedores e muitas trocas de informações com os clientes. “Buscamos conscientizá-los sobre o momento singular que estamos passando, deixando claro que não se trata de uma situação localizada, mas sim global”.
Assim, as cotações enviadas pela área comercial da Tecniplas passaram a ter prazo de validade máximo de três meses. “Somos absolutamente transparentes com os nossos clientes, e isso serviu até para fortalecer algumas parcerias”.
O que tem incomodado a Tecniplas, porém, é não conseguir de seus fornecedores globais a promessa de manutenção de preços por míseros quinze dias. “Respondem que essa garantia é impraticável. Por isso estamos monitorando de perto os movimentos internacionais e calibrando caso a caso as cotações para projetos de longos períodos de maturação”.
Aço nas alturas
O quadro só não é pior porque a cotação internacional do aço, concorrente direto do PRFV transformado pela Tecniplas, também explodiu.
“Isso fez com que projetos antes previstos para materiais metálicos fossem alterados para plástico reforçado, o que acabou nos beneficiando em determinados mercados e aplicações”, conclui Rossi.
Sobre a Tecniplas
Fundada em 1976, a Tecniplas é a maior fabricante brasileira de tanques e equipamentos especiais de compósitos em PRFV (plástico reforçado com fibras de vidro).
Situada em Cabreúva (SP), onde mantém uma fábrica de 32 mil m², a Tecniplas atende os setores de álcool e açúcar, papel e celulose, clorossoda, química e petroquímica, fertilizantes, alimentos e bebidas e saneamento básico.
A Tecniplas é empresa de Destaque no GuiaQD – Consulte!
Para mais informações, acesse www.tecniplas.com.br