Automação e portabilidade avançam nas inovações de equipamentos para análises
Os usuários e demais interessados em análises diversas, tanto no ramo industrial, quanto na área científica e acadêmica, tiveram a oportunidade de conhecer o que há de mais novo nesse campo. Com o intuito de exibir as novidades no setor analítico, a 15ª Analitica Latin America ocupou parte do São Paulo Expo Center, no Jabaquara, entre 24 e 26 de setembro.
O balanço final da exposição de produtos e serviços e congresso especializado registrou a participação de 7.592 visitantes durante os três dias. Além disso, neste ano o número de expositores aumentou para 400 e área ocupada cresceu 16%, na comparação com a edição anterior. Como apontou Diego de Carvalho, diretor de portfólio da NürnbergMesse, a organizadora do evento, “a feira busca ser uma plataforma de comunicação e de negócios entre os expositores e visitantes”.
“A grande novidade estava no congresso, em sua 6ª edição, que neste ano conseguiu envolver mais as iniciativas pública e privada”, comentou Carvalho. “Isso permitiu que a indústria mostrasse as suas dores e como os expositores poderiam saná-las”.
Além da exposição de produtos e serviços, houve a apresentação de trabalhos científicos referentes à área analítica. Palestras também foram ministradas tanto no segundo andar do pavilhão, como nos estandes de alguns expositores, atraindo a atenção dos visitantes.
Uma das tendências observadas na feira foi a oferta de equipamentos do tipo plug and play, bastando ao cliente ligá-los a uma tomada para iniciar o trabalho. Isso foi evidenciado pelos estandes de empresas como a Bruker e a Metrohm, que mostraram aplicações específicas para suas novidades, geralmente relacionadas ao atendimento de normas regulamentadoras.
Outra tendência percebida se refere à integridade de dados e automação, na qual as empresas buscam reduzir o tempo das análises e tornam o trabalho do analista mais célere e eficiente. “O nosso estande conta uma história na qual os equipamentos estão ligados a um sistema central, bastando ao analista programar as análises, prover as amostras e coletar os dados”, disse Fernando Harada, diretor de marketing da Mettler-Toledo.
Cromatógrafos e Filtros – Além do plug and play, a customização foi outra tendência encontrada nos cromatógrafos. Essas tendências estavam presentes nos estandes que destacaram aplicações específicas dos instrumentos analíticos, tanto nos seus materiais de divulgação, como nos produtos expostos.
A Agilent apresentou os cromatógrafos a gás GC 8890 e 8860. “A novidade deles é a comunicação à distância, de modo que o analista possa monitorar o sistema de qualquer lugar”, explicou a diretora de marketing Rosângela Ferraz. Além disso, a Agilent expôs o cromatógrafo líquido com detector de massas triplo quadrupolo (LC/TQ) Ultivo, cujo o tamanho foi reduzido em 70%, ocupando aproximadamente a área de uma chapa de aquecimento, sem perder a eficiência.
A Allcrom mostrou novidades nos sistemas de cromatografia, nas quais a ligação da coluna ao instrumento é feita por um mecanismo de pressão. “Ao contrário da conexão rosqueada, onde é comum haver vazamentos, o sistema de pressão garante ao usuário que isso não ocorra”, afirma Priscila Cola, vendedora técnica da empresa. Outra novidade são as colunas para compostos polares (PS C18), permitindo a retenção dessas substâncias que sairiam no volume morto dos sistemas convencionais, e as colunas quirais, que permitem resolver soluções enantioméricas.
A Merck Millipore exibiu um novo dispositivo de filtração à vácuo Millicup-Flex, uma inovação aos tradicionais sistemas de vidro para a preparação de soluções eluentes. “O Millicup-Flex é um sistema feito de polipropileno que é um material inerte, assim como vidro, porém evita o contato vidro-vidro que é um problema”, afirmou Amanda Baumgartner, especialista de marketing da Merck Millipore. “O sistema conta com um filtro plástico e uma membrana removível que se acopla a uma garrafa GL45 com cap”.
Algo já bem difundido pela empresa, mas presente na feira, foram os filtros de seringa Millex. Foram expostos filtros de 4 a 50 mm de diâmetro, que necessitam de um volume menor da fase móvel, diminuindo a perda de amostra.
Também foi exibido um sistema HPLC, mediante parceria com a Hitachi. “A ideia de mostrar esses equipamentos e solventes juntos pretende mostrar que a Merck está ligada a todo o workflow”, afirmou Daniel Teixeira, diretor de marketing da área farmacêutica da companhia.