Adesivos – Setor mantém ritmo acelerado de crescimento e promove inovações
A economia brasileira não vai bem, até o Governo Federal admite isso. O que surpreende, e também vira notícia, é quando algum setor vai bem, caso do mercado de adesivos, um segmento industrial que dribla as crises e se fortalece ano a ano.

“Devemos fechar 2014 novamente com crescimento. É assim desde que a Coim entrou no Brasil, em 1996”, declara José Paulo Victorio, presidente da empresa que desembarcou no país mediante a compra da fábrica da Polimind.
“Adotamos algumas políticas de crescimento com os investimentos que fizemos. Melhoramos a nossa eficiência, reduzimos custos e, assim, ganhamos participação de mercado. Esperamos fechar o ano com um aumento entre 8% e 9% em relação ao período anterior”, adiciona.
“A Adecol deve ter outro ano de crescimento, da ordem de 30%. Nossos passos são agressivos, duplicamos o faturamento a cada 4 anos”, assevera Alexandre Segundo, diretor-comercial. Antonio do Vale, vice-presidente de Adhesive Technologies na América Latina-Sul da Henkel, acredita em um “crescimento global nas vendas orgânicas substancialmente acima do PIB”.
Cauteloso, Andres Salgado, gerente de marketing para o mercado de adesivos e materiais funcionais da Dow para a América Latina, afirma: “Como os adesivos são utilizados em produtos de consumo e, principalmente, em embalagens de alimentos, eles seguem esse mercado, que cresce acima do PIB. Quanto maior a demanda por embalagens e diferenciações nos pontos de venda, maior será a nossa relevância e atuação no setor, isso está intimamente ligado ao aumento do poder aquisitivo da classe média.”
Sandro Leonhardt, gerente-comercial da Lord, é taxativo: “Não há nenhum indicativo que tenhamos melhora da economia até o fim do ano, até porque o índice de confiança empresarial e do consumidor é muito baixo.” Ele sustenta que o crescimento negativo da indústria afeta diretamente a performance do consumo de adesivos e cita que o setor químico “vem sofrendo uma grande pressão de aumento de custos pelo fato de a cadeia petroquímica estar atrelada ao dólar”.
Em 2015, o Brasil terá um novo governo, seja com a eleição de Aécio Neves ou pela renovação do mandato da presidente Dilma Rousseff. Em ambos os casos, mudanças ou ajustes inevitáveis serão feitos na economia nacional, motivo suficiente para gerar uma boa dose de cautela entre investidores e industriais.

“Os indicadores de crescimento do PIB previstos para o próximo ano são muito modestos e devem ficar abaixo de 2%. A retomada do crescimento econômico precisa passar, inevitavelmente, por mudanças das políticas econômicas para criar estabilidade e a adoção de uma política de desenvolvimento que estimule o consumo”, analisa Leonhardt.
Vale admite que a Henkel está “extremamente confiante” na melhoria da atividade econômica. “Como um país emergente e no foco da estratégia global da companhia, a nossa meta no Brasil é crescer significativamente acima da média do mercado”, afirmou.
Outros dirigentes do setor de adesivos também afundam o pé no acelerador. “O Brasil terá um ano complicado, mas 30% das nossas receitas são geradas com exportações. Colocando tudo na balança, acho que conseguiremos avançar uns 7% ou 8%”, calcula Victorio, da Coim.
Segundo é ainda mais otimista: “Investindo em novas tecnologias, a Adecol vem conquistando todos os meses novos clientes. Esse é o motivo do nosso crescimento. Teremos novos desafios em 2015, mas esperamos manter o mesmo ritmo dos outros anos.”
Na visão de Segundo, a economia e a indústria voltarão a crescer de forma significativa a partir de 2016, inaugurando “boas possibilidades de um novo ciclo positivo nos próximos 5 a 10 anos”. No que se refere ao setor de adesivos, a sua perspectiva é de “um crescimento um pouco acima do PIB, por conta das constantes inovações e novos usos que a tecnologia permite, substituindo formas mais antigas de fixação, como soldas e parafusos”, afirmou.
A expectativa de Salgado é que, em 2015, tenhamos uma economia mais estável e adaptada à nova realidade, com o retorno da confiança dos consumidores. No longo prazo, a Dow enxerga um bom cenário, pois a demanda por embalagens continuará crescendo. “Esperamos que os produtores locais se mantenham competitivos num entorno cada vez mais globalizado, precisando se adaptar aos competidores externos, passando a considerar outros fabricantes que podem estar no Mercosul, América Latina ou, por exemplo, na Ásia. Também precisarão compensar um sistema complexo de impostos, alto custo de energia e mão de obra, oferecer maior agilidade de logística, produtividade e desenvolvimento de inovações”, sentencia.
Leonhardt observa que, se houver uma política de desenvolvimento da infraestrutura e uma reforma tributária, a perspectiva será positiva para a indústria em geral voltar a fomentar novos investimentos e o país ser mais competitivo globalmente. “Do contrário, iremos continuar dependentes apenas do mercado interno”, diz.
Vale pondera que a estratégia global da Henkel, lançada em novembro de 2012, inclui fatores de sustentabilidade e eficiência. “O objetivo da empresa é que, a partir de 2016, os países emergentes representem mais de 50% do faturamento global, diante dos atuais 43%. E o Brasil é um dos países-chave para se alcançar esta meta”, afirma.

Investimentos – A Coim colocou em operação neste ano três reatores somente para fabricação de adesivos para embalagens flexíveis, além de inaugurar um centro logístico que exigiu investimento de quase R$ 10 milhões, para produzir melhor, com mais eficiência e produtividade, e armazenar com maior nível de segurança, além de acelerar a velocidade de entrega. “Enquanto a concorrência entrega o adesivo em quatro dias, nós entregamos em 24 horas”, garante Victorio.
Esses investimentos totalizaram cerca de R$ 25 milhões e o executivo adianta que, a partir do próximo ano, serão anunciadas novas aplicações. “Para 2016, temos planos de comprar um novo reator para fabricação de elastômeros e de adesivos para flexíveis, e um reator para fabricação de poliéster e sistemas para solados”, antecipa.
Em termos globais, a Dow tem um “plano intensivo” de investimentos para os próximos quatro anos, com três objetivos principais: ampliar a capacidade dos seus laboratórios; ampliar e atualizar a capacidade de produção para manter os padrões de qualidade e segurança; e investir para ganhar acesso a novos mercados.
“O Brasil é uma das prioridades, pois queremos crescer agressivamente, o que deve ser acompanhado de grandes investimentos. A Dow já está efetuando alguns desses investimentos e avalia outros planos. Em breve, teremos novidades”, avisa Salgado.
A Henkel inaugurou em abril de 2013 uma unidade em Jundiaí-SP para a produção de adesivos à base de poliuretanos, que se transformou em um centro de competência e referência mundial. Antes, esses adesivos eram produzidos em países como China, Alemanha, Estados Unidos e Índia. A companhia destina 3% do faturamento global para investimentos.

A Adecol se considera líder entre os fabricantes de adesivos industriais de capital 100% nacional. “A nossa estratégia está baseada num forte investimento em pesquisa e desenvolvimento (perto de 6% do faturamento anual) que permite trazer ao mercado nacional as mais novas tecnologias mundiais em adesivos. Assim, reduzimos custos, melhoramos a produtividade nas plantas e entregamos produtos com melhor qualidade final”, informa Segundo.
Leonhardt assinala que a Lord mantém a estratégia de “continuar investindo em segmentos nichos, nos quais pode agregar valor oferecendo soluções de alta performance e com uma oferta diferenciada”. O maior foco da empresa está nos mercados de elastômeros, plásticos e compósitos.
A Lord está investindo R$ 50 milhões na construção de uma fábrica em Itupeva-SP, com entrada em operação prevista para 2016, para suportar o crescimento nos mercados atuais, além de expandir os negócios para outros países do Mercosul. Desde 1972, a empresa possui uma unidade produtiva na vizinha Jundiaí.

Inovações – A Coim lançou recentemente o adesivo alto sólido com base solvente para aplicação emembalagens flexíveis, o Novacote NC-65, com seu catalisador CA-38G. O produto permite ao utilizador uma grande diminuição do uso de acetato de etila, proporcionando redução de custo e aumento de produtividade. A novidade também reduz os danos ao meio ambiente, pois lança menos solvente na atmosfera durante a laminação e secagem em comparação com adesivos tradicionais.
“Tradicionalmente, os adesivos base solvente são aplicados com 35% a 40% de sólidos. Por sua vez, o Novacote NC-65 é aplicado entre 50% a 55% de sólidos. Por ter maior quantidade de sólidos na aplicação, a retenção de solvente é mínima”, explica o gerente de desenvolvimento, Carlos Gandolphi. Além disso, o produto apresenta boa umectabilidade, sendo de fácil aplicação. E pode ser rodado em altas velocidades durante a laminação.
A Henkel lançou recentemente o novo adesivo híbrido Loctite 4090. É, na definição de Vale, “um adesivo bicomponente que combina a velocidade de um adesivo instantâneo com a força de um adesivo estrutural”.
A combinação da força de adesão de um epóxi e a rapidez de aplicação de um cianoacrilato permite que o Loctite 4090 apresente resistência a alto impacto e vibração, alta força de adesão em grande variedade de substratos – metais e a maior parte de plásticos e borrachas – e resista a temperaturas até 150ºC e umidade, além de preencher folgas de até 5 mm. O adesivo híbrido apresenta rápido tempo de fixação, mesmo em baixas temperaturas (5ºC), baixo blooming (embranquecimento), boa resistência aos raios UV e fornece a versatilidade necessária para resolver grande parte dos desafios de projeto, montagem e reparação.
“A indústria está sob pressão para ser mais competitiva, reduzir custos de produção e procurar novas soluções de design e montagem”, intervém Mike Quail, vice-presidente de marketing de indústria geral da Henkel: “O Loctite 4090 foi desenvolvido para ir além das abordagens convencionais da indústria. É o primeiro adesivo desse tipo. Nunca houve um adesivo híbrido desenvolvido para enfrentar as situações mais desafiadoras.” O produto é oferecido em um cartucho de 50 ml, dentro de uma caixa com cinco bicos aplicadores.

Também há o kit Loctite Pipe Repair para reparação de tubulações na indústria petroquímica, etanol, papel e celulose, entre outras. É uma alternativa rápida e econômica para a substituição do tubo danificado. Fornecendo materiais para preparação de superfície, reforço e revestimento superior, esta solução “tudo-em-um” é aplicada diretamente sobre a superfície do tubo. O sistema de reparo reforça e sela tubos de aço projetados para alta pressão, temperatura e resistência química.
Salgado comenta que, entre os adesivos, a adesão rápida é um atrativo: “Com o novo Mor-Free 980/CR-85, um adesivo de médio desempenho isento de solventes, os clientes terão muitos benefícios para se diferenciarem de seus concorrentes. Outra novidade é a versão aprimorada do adesivo Robond PS-68AR para rótulos de vinho e produtos refrigerados.”
A principal vantagem do Mor-Free é, de acordo com Salgado, reduzir o tempo de espera entre corte e impressão das estruturas em 40%. O produto apresenta resistência química e ao calor mais altas que as de produtos padrão, o que o torna muito versátil para trabalhar em diferentes estruturas. O Mor-Free funciona muito bem em estruturas que incluem filmes de alumínio, PET e filmes metalizados, e é ideal para reduzir o tempo de entrega de estruturas complexas de stand up pouches, muitas vezes utilizadas para embalar substâncias agressivas.
Já a solução Robond PS-68AR tem como principais diferenciais ser sensível à pressão, combinar melhor maquinabilidade, boa resistência à água gelada e um equilíbrio peel/shear adequado, permitindo posicionar de maneira fácil e corretamente o rótulo na garrafa, sem o risco de cair. O adesivo é apontado como a combinação perfeita para atender aos requisitos dos engarrafadores de produtos como o vinho. Tem boa adesão sob baixa temperatura, que também o torna ideal para etiquetas de alimentos refrigerados, como lácteos e carnes frescas.
Salgado revela que, no fim deste ano, a Dow lançará quatro novos produtos para reforçar a linha Robond PS, focados no mercado de etiquetas autoadesivas e para gerar maior produtividade. “Temos como principal objetivo gerar alta velocidade de aplicação dos adesivos e também de manipulação. Os novos produtos poderão ser utilizados em etiquetas de papel ou de plástico que se aplicam aos produtos em geral, assim como em etiquetas para rastreamento logístico e em aplicações industriais.”
Segundo destaca que, ainda neste ano, a Adecol vai lançar uma linha específica para o segmento de não tecidos, como fraldas e absorventes, chamada Higimelt. “Formulada na embalagem PSA 100TACK, essa série apresentará as melhores soluções para este segmento, com produtos de extrema qualidade que prometem alta produtividade nas mais variadas aplicações”, assevera. Para os próximos anos, com “grandes parcerias”, a empresa pretende “lançar os mais novos adesivos do mercado, podendo trocar tecnologias antigas, como adesivo base solvente, por algo limpo e não insalubre”.
Tecnologia – O plano estratégico da Coim contempla a importação de tecnologia desenvolvida em outros centros. Da unidade dos Estados Unidos, virá o super high solids, ou seja, adesivo com alto teor de sólidos, um produto amigo do meio ambiente.
Victorio expõe que, enquanto um adesivo à base de solvente para laminação deposita no ar 100 ppm de solventes, com esse produto é possível uma redução de quase 40%. E a possibilidade de ficar algum tipo de solvente retido na embalagem é muito mais baixa do que um adesivo tradicional (segurança alimentar).
Também estão contemplados novos produtos totalmente sem solventes que garantem uma embalagem com maior performance para o convertedor e o usuário final. “Estamos trazendo para o Brasil, principalmente para o mercado de chocolates, em que cada vez mais se aumenta a velocidade de empacotamento, um cold seal com efeito antibacteriano. Quando compramos um chocolate, aquele selo é um cold, uma espécie de verniz, um fecho a frio, e que por ser à base de água pode permitir a proliferação de bactérias e estragar o alimento, se houver alguma umidade. Um cold seal normal tem uma base de borracha natural. O nosso é 100% sintético e permite ser resselável até 32 vezes, ultrapassando a necessidade do consumidor. É um tipo de zíper natural, uma inovação da Coim Alemanha”, afirma Victorio.
Segundo informa que a grande tendência atual é o uso de novas formulações, com desempenho excepcional e que proporcionem economia pela menor necessidade de manutenção de equipamentos e redução na perda de adesivo. O PUR (hotmelt feito de poliuretano reativo), por exemplo, tem sido muito usado nas indústrias gráfica e moveleira, exatamente por oferecer um desempenho superior de colagem e trazer mais benefícios do que o hotmelt convencional.
A Adecol diz ser a primeira empresa a formular o PUR no Brasil, oferecendo um produto totalmente adaptado às nossas condições climáticas. Outro destaque é o hotmelt em pellets, formulado com polímeros metalocênicos, da linha Performelt. Esse produto apresenta densidade menor que os de base EVA convencional, por exemplo, garantindo alta adesão com menos adesivo. Possui também uma resistência térmica superior, mantendo-se sem alteração mesmo após longos períodos sob altas temperaturas.
“O Performelt também apresenta benefícios durante sua aplicação. Por ser um adesivo limpo, não sofre carbonização no coleiro e, assim, não exala odores e fumaça, proporcionando melhor ambiente de trabalho. O produto exige temperaturas menores para alcançar o ponto de utilização, aumentando a vida útil do equipamento. E também não forma fios, conhecidos como ‘cabelo de anjo’, durante o uso. Com tudo isto, o Performelt gera menor desgaste e manutenção, menos horas de paradas e de rejeições na linha de produção. Estudos conduzidos pela Adecol apontam que o uso do adesivo gera economia de até 30% em relação a soluções de hotmelt de base EVA”, ressalta Segundo.
Quando o assunto é meio ambiente, uma das estrelas da Adecol é o Hotmelt PSA 100TACK, único na América Latina a oferecer a revolucionária tecnologia package free. “No lugar das convencionais embalagens siliconadas ou sacos de polietileno, ele é apresentado em sachês formados por uma película especial formulada com as mesmas bases do produto. No momento da aplicação, a bolsa pode ser inserida diretamente no equipamento. Com o calor, a camada externa se funde ao adesivo e gera total aproveitamento do produto, sem danos às características originais. Outros ganhos são o maior rendimento e velocidade de trabalho, excelente estabilidade térmica, baixo nível de odor na temperatura de aplicação, elevada pegajosidade (tack) superficial, altas fluidez e relação entre adesão e coesão, possibilita ótima performance nas colagens”, argumenta Segundo.
É muito usado por fabricantes de fraldas, colchões e pela indústria automotiva. E beneficia o meio ambiente, uma vez que elimina totalmente os resíduos que eram gerados pelas embalagens cartonadas, que não podem ser recicladas.
Salgado sustenta que os adesivos livres de solvente vêm crescendo a taxas superiores às dos adesivos de base solvente. Isso se deve a inovações progressivas dos últimos 10 anos, que permitiram melhorias em seu desempenho e um leque maior de aplicações.
Ele lembra, entretanto, que os adesivos de base solvente ainda têm vantagens únicas que lhes permitem ser a solução ideal para certas ocasiões. “Na América Latina existe uma capacidade instalada importante para laminações desse tipo, o que garantirá a demanda desses produtos por muitos anos”, disse.
As tecnologias mais utilizadas na área de elastômeros continuam sendo os adesivos base solvente, enfatiza Leonhardt. “A Lord, no entanto, já vê alguns movimentos na adoção de tecnologias base água.” Indagado sobre novidades em produtos, o executivo classificou os desenvolvimentos como “normais para adequar nossas tecnologias às necessidades locais dos clientes”.
Em termos tecnológicos, a Henkel disponibiliza os adesivos anaeróbicos, instantâneos de alta performance (cianoacrilatos), epóxi, estruturais, de contato, de cura UV e hotmelt (termoplásticos). Pensando no futuro, Vale projeta, para o segmento industrial, a linha de adesivos de poliuretanos. As vantagens já se mostram em sua unidade produtora: a utilização de processos totalmente automatizados auxilia na redução do consumo de energia e água.
Perfis – Os adesivos para embalagens flexíveis (com e sem solvente) são o principal core business da Coim. A empresa fabrica adesivos no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa, na Índia e em Cingapura. O faturamento na América Latina é de cerca de 60% do total. No mundo, é o segundo maior negócio da companhia (40%). E é, sem dúvida, a área em que mais se pretende investir.
Já a Adelco é uma empresa 100% nacional que, desde 1982, se dedica a desenvolver adesivos industriais. “Fabricamos produtos com formulação brasileira, específicos para nosso clima e mercado”, frisa Segundo. Hoje, tem presença importante em setores como o gráfico, de embalagens, rotulagem, construção civil e moveleiro.
Outros segmentos estratégicos para a Adecol, nos quais se identifica “grandes oportunidades de crescimento”, são a indústria automotiva – que vem ampliando a utilização de adesivos para reduzir o peso e melhorar o desempenho dos veículos – e o de não tecidos, em especial fraldas, que vem crescendo muito e tem um grande uso de adesivos em sua produção.
A Dow é pioneira no desenvolvimento de adesivos para embalagens e tem mais de 60 anos de experiência no segmento. O seu portfólio inclui resinas estruturais, adesivas, para selagem, para recobrimento, além de adesivos de laminação de diferentes tecnologias, enumera Salgado. “Ter três tecnologias diferentes permite a Dow oferecer um amplo leque de soluções”, conclui.
Os adesivos da Dow, presentes no mercado brasileiro e América Latina, oferecem soluções para três mercados principais: o de laminação para embalagens flexíveis, cintas adesivas e etiquetas autoadesivas. São três linhas/tecnologias principais: Adcote, adesivos base solvente; Mor-Free adesivos livres de solvente; e Robond, adesivos base água.
Os adesivos Adcote permitem reduzir o consumo de solvente em até 10% e de igual modo reduzir o consumo de energia. A linha Robond reduz as emissões de carbono em 45%. Para os clientes que possuem equipamento de laminação sem solvente, oferecem-se produtos Mor-Free com até 60% de matérias-primas renováveis.
Vale destaca que a Henkel é líder no mercado nacional com os adesivos de tecnologias base aquosa, hotmelt convencional de alta performance e PU já fabricados localmente, além de outras tecnologias advindas de suas unidades produtivas e centros de pesquisas ao redor do mundo.
Detentora da marca Loctite, “é a responsável pela invenção da linha de produtos anaeróbicos (adesivos que curam com a ausência do ar)”, continua o gerente. O objetivo da empresa “é desenvolver constantemente soluções inovadoras e sustentáveis voltadas para atender às necessidades do mercado.”
A unidade de adesivos da Henkel oferece soluções com adesivos, selantes e revestimentos funcionais em duas áreas comerciais: indústria e consumo, artesanato e construção. Possui marcas consagradas (Loctite, Super Bonder, Loctite Durepox, Cascola, Pritt, Technomelt, Teroson, Aquence e Bonderite) e trabalha “com grandes clientes internacionais para desenvolver soluções inovadoras para a produção de embalagens de produtos e adesivos para bens de consumo”.
Oferece soluções para as indústrias automotiva, de aeronaves e de processamento de metal. Para a indústria em geral, oferece um catálogo abrangente de produtos para a fabricação e manutenção de bens duráveis. A divisão de eletrônicos dispõe de adesivos de alta tecnologia para a fabricação de microchips e conjuntos eletrônicos.
“As soluções Loctite, Technomelt e Aquence são destinadas a vários mercados de alta performance, como automotivo, embalagens flexíveis, painéis para isolamento, indústria aeroespacial e também para laminação de madeira”, lembra Vale.
No cadastro da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), há 59 empresas produtoras de colas, adesivos e selantes. Em 2011, elas produziram quase 400 mil toneladas e as vendas totalizaram US$ 1,5 bilhão (ex impostos). As exportações somaram 9,5 mil t, gerando US$ 45,8 milhões FOB em divisas.