Fispal Tecnologia – Feira gera negócios de R$ 4,8 bilhões –

Química e Derivados: Fispal: fispal_abre. ©QD
Fispal
Química e Derivados: Fispal: Embaladora vertical Ultra Sachet. ©QD Foto - Cuca Jorge
Embaladora vertical Ultra Sachet.

Realizada entre os dias 1 e 4 de julho, em São Paulo, a 20a edição da Fispal Tecnologia contou com a presença de mais de 70 mil visitantes e cerca de 1.700 expositores, totalizando uma área de exposição ao redor de 70 mil m2. Além das empresas do País, oriundas de dez Estados, foi prestigiada por 110 empresas estrangeiras, provenientes de 12 países.

O diretor da feira Luiz Fernando Pereira avalia em R$ 4,8 bilhões os negócios fomentados durante a sua realização, com muitas empresas fechando negócios equivalentes a três a seis meses do faturamento anual.

O evento foi dividido em dois setores: o Fispack, com 1.058 empresas dos setores de equipamentos acessórios e insumos utilizados na indústria de embalagens, e o Processa, em que foram exibidas novidades da indústria de máquinas e equipamentos para os segmentos de automação, logística e matérias-primas. Química e Derivados conferiu de perto a Fispal Tecnologia 2004 e apresenta, a seguir, algumas das principais novidades expostas no setor Processa.

No amplo e movimentado estande da Masipack, sediada em São Bernardo do Campo-SP, a novidade foi a embaladora vertical Ultra Sachet, desenvolvida sob medida para a dosagem de pós e líquidos em embalagens do tipo sachet, soldadas nas quatro laterais. Segundo as informações de Patrícia Foligati, da área de marketing e comércio exterior, a máquina pode operar embalando de um a dez produtos diferentes ao mesmo tempo.

Química e Derivados: Fispal: Embaladora é a única brasileira do tipo no mercado, diz Patrícia. ©QD Foto - Cuca Jorge
Embaladora é a única brasileira do tipo no mercado, diz Patrícia.

“Já existem máquinas deste tipo no exterior, mas no Brasil, fabricadas por uma empresa nacional, é a primeira vez”, disse Patrícia.

A velocidade de embalagem pode chegar a 800 sachets por minuto, dependendo do produto processado, e a máquina é totalmente controlada por um CLP Allen Bradley. “Antes, o cliente deveria adquirir uma máquina para cada produto diferente embalado ou, caso usasse a mesma máquina para diversos produtos, deveria alimentar a embaladora com o produto desejado, selecionar o filme adequado, embalar e limpar a máquina a cada mudança de produto, o que despende tempo”, explicou.

Como a Masipack produz seus equipamentos no País e conta com linhas de financiamento do governo, a empresa logra combinar tecnologia de ponta com custo muito competitivo. “As empresas européias são muito antigas e operam com margens de lucro muito altas. Fabricam, muitas vezes, máquinas que não se ajustam ao poder aquisitivo do cliente brasileiro”, ponderou Patrícia.

Química e Derivados: Fispal: Linatronic K735 - mais compacta,econômica e precisa. ©QD Foto - Cuca Jorge
Linatronic K735 – mais compacta,econômica e precisa.

Nesta sua 16ª participação na Fispal, a Masipack comemorou os bons resultados. “Para nós, a feira está sendo excelente. Crescemos juntos, e a Fispal foi uma vitrine que trouxe uma imagem positiva para a Masipack”, concluiu.

De vento em popa – Entre as atrações do estande de 120 m2 da alemã Krones, uma das líderes mundiais na fabricação de máquinas especiais e linhas de enchimento para o setor de bebidas, figurou o novo modelo de inspeção de garrafas vazias Linatronic K735, em exposição pela primeira oportunidade para clientes brasileiros. A máquina é mais compacta e econômica que as predecessoras, e possui capacidade de inspeção de 72 mil garrafas por hora. Além disso, o projeto de um novo arranjo de inspeção com câmaras otimiza a utilização do espaço interno e facilita o acesso aos dispositivos.

Química e Derivados: Fispal: A ilha Abrava de refrigeração retratou as etapas da cadeia do frio. ©QD Foto - Cuca Jorge
A ilha Abrava de refrigeração retratou as etapas da cadeia do frio.

O programa que controla a Linatronic também foi modificado, diminuindo a ocorrência das falsas rejeições, freqüentes em máquinas de inspeção. Sujeiras detectadas repetidamente, e nas mesmas posições das garrafas inspecionadas, são agora reconhecidos como conseqüências da ação de algum agente externo, e um aviso é emitido para o operador. Em casos de cortes súbitos no fornecimento de energia, o no-break integrado à máquina proporciona o encerramento controlado do sistema eletrônico, sem que os dados já armazenados sejam perdidos. Para atender às necessidades de clientes de diferentes portes, a Krones manteve o sistema de constru5ção modular. Desse modo, pode-se adquirir a Linatronic equipada para menor variedade de tipos de inspeção (inspetor EBI), com a possibilidade de aquisição, a posteriori, dos módulos que realizam a inspeção completa dos vasilhames (inspetor ASEBI). A Linatronic ainda se beneficia da tecnologia Iris, que permite a prestação de serviço à distância, pelo Teleservice da Krones, e o telemonitoramento por outro computador da fábrica, oferecendo maior agilidade na avaliação de eventuais problemas.

A filial brasileira da empresa, aliás, vive um bom momento. A expectativa do presidente da Krones do Brasil, Jens Hoyer, é de que o faturamento em 2004 aumente entre 60% e 70%. Só o setor de serviços e peças de reposição já cresceu 50% no primeiro trimestre de 2004 em relação ao mesmo período em 2003.

Ilha do frio – Outra atração dessa 20a Fispal foi a ilha de refrigeração montada pela Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). A ilha apresentava, simbolicamente, todas as etapas e processos envolvidos na fabricação de alimentos resfriados ou congelados, desde a fase de produção in natura (que pode ser a colheita, o abate ou a ordenha), ainda no campo, até o consumo final.

O objetivo, segundo a coordenadora da ilha, Lisandra Toledo, era reforçar a importância da operação adequada em cada um dos elos da cadeia do frio, já que procedimentos errôneos podem provocar perda de qualidade do produto ou até inviabilizar sua comercialização.

Química e Derivados: Fispal: Lisandra - é preciso adequar elos do frio. ©QD Foto - Cuca Jorge
Lisandra – é preciso adequar elos do frio.

O caso de sorvetes com aspecto arenoso, segundo Lisandra, é um exemplo típico de falha em alguma etapa do processo. O objetivo da apresentação da Abrava fica ainda mais claro quando se atenta para o fato de que 60% das indústrias de alimentos e bebidas do Brasil não dispõem de nenhum controle sobre o que produzem, de acordo com Henri Stauffenegger, diretor do grupo Vidy.

O estande da Abrava foi divido em nove setores representativos da cadeia do frio (produção, resfriamento/congelamento, estocagem frigorificada industrial, transporte frigorificado, estocagem frigorificada comercial, varejo, consumidor final do setor de alimentação e consumidor final residencial), em que figuravam equipamentos e processos utilizados nas atividades reais, complementados por um setor retratando os sistemas de controle e supervisão.

Originária da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a York, há mais de 30 anos no Brasil, destacou duas novidades em sua participação na Fispal 2004. A empresa expôs um compressor parafuso para amônia fabricado no País. Segundo o gerente de vendas da divisão de refrigeração industrial Altair Elísio e Silva, “anteriormente todo o bloco era importado e agora somente os dois fusos são importados”, disse. A redução de custo decorrente dessa nacionalização ronda por volta de 20%, e foi possível devido ao incremento da demanda dos setores que mais utilizam a máquina – o de congelamento de aves e alguns segmentos de processos químicos, segundo Silva – já que o principal entrave para a nacionalização do compressor era o volume de vendas.

Química e Derivados: Fispal: Compressor da York. ©QD Foto - Cuca Jorge
Compressor da York.

O equipamento pode utilizar, além de amônia, refrigerantes halogenados, possui reduzido número de conexões e tubulações, e dispensa bomba de pré-lubrificação.

A York também expôs um chiller a placas com compressor alternativo, utilizado para o resfriamento de água ou de fluidos intermediários, como o propilenoglicol.

Como utiliza trocadores de placas, o equipamento pode ser utilizado no resfriamento direto de produtos alimentícios, como leite, cerveja e alguns fluidos corrosivos.

“Uma das vantagens dessa máquina é o sistema de resfriamento de cabeçote totalmente externo, que permite a limpeza durante o funcionamento da máquina. Isso não é possível em equipamentos similares”, afirmou Silva. Outras diferenças ficam por conta do sistema de bombeamento de óleo e filtros de óleo, que são igualmente externos e facilitam sua manutenção.

Química e Derivados: Fispal: Silva - demanda por máquina viabilizou produção no País. ©QD Foto - Cuca Jorge
Silva – demanda por máquina viabilizou produção no País.

O chiller também era importado, mas agora é produzido no Brasil, incluindo os sistemas elétricos e eletrônicos que integram o conjunto.

Sopro com PP – A Sidel, da França, é uma das principais fabricantes de sistemas para acondicionamento de líquidos alimentares em PET, mas, apesar das mais de 450 máquinas para PET instaladas na América do Sul, apostou na divulgação de garrafas sopradas de polipropileno.

A empresa destacou a linha de máquinas SBO 8 série 2+, com capacidade de 0,25 l a 0,3 l, em cadência de 12.800 garrafas/hora, porém sob uma ótica nova, já que a família consta do portfólio da Sidel há algum tempo.

Química e Derivados: Fispal: A SBO 2, da Sidel, produz até 12.800 garrafas h. ©QD Foto - Cuca Jorge
A SBO 2, da Sidel, produz até 12.800 garrafas h.

Originariamente desenvolvida para o sopro de pré-formas de PET, as máquinas da família 2+ podem ser adaptadas para o sopro de pré-formas de polipropileno, segundo a coordenadora de marketing para a América do Sul Marta Ferreira.

A novidade se beneficia de parceria com a Milliken Chemical, criadora do agente clarificante para polipropileno Millad 3988, que possibilita a produção de garrafas com transparência semelhante à das garrafas de PET.

O PP é mais barato que o PET, mas a aparência apenas translúcida das garrafas confeccionadas com a poliolefina não favoreciam sua utilização.

Não que a Sidel acredite que o PET será deslocado pelo PP, já que interessa à própria empresa manter o mercado em que tem forte atuação. “Mas queremos mostrar que essa possibilidade existe com a máquina da Sidel, que pode operar com uma ou outra resina, com o adicional de que a garrafa de PP é muito semelhante à de PET”, afirmou Marta. Além disso, reforça a coordenadora, é possível moldar garrafas de PP com os mesmo designs utilizados para o PET, com uma vantagem adicional: a garrafa de PP pode ser soprada a quente, ao passo que o PET deve necessariamente ser resfriado.

Química e Derivados: Fispal: Sopradora de pré -formas pode operar com PET e PP, diz Marta. ©QD Foto - Cuca Jorge
Sopradora de pré -formas pode operar com PET e PP, diz Marta.

“Mesmo no Brasil já há muitas garrafas de PP, mas elas não possuem boa aparência, e são feitas por extrusão-sopro. A máquina da Sidel opera por injeção-sopro, e existe uma diferença de qualidade entre esses processos”, pondera Marta.

A Sidel também aproveitou a ocasião da feira para anunciar o início da produção de enchedoras na fábrica de São Paulo. Antes importadas da Itália, as máquinas eram de difícil comercialização, mas a empresa pretende reforçar sua presença no segmento de enchimento, em que não desfruta do mesmo status exibido em sopro. “Esperamos movimentar esse mercado”, atesta Marta. A Sidel, inclusive, já vendeu a primeira enchedora para uma linha de produção de 10.000 garrafas/hora.

Dosagem contínua – Outra européia, a alemã Schenck, com filial instalada em Jurubatuba-SP, destacou sua tradicional linha de balanças dosadoras de correia. De acordo com o supervisor de vendas Luiz Marino, os equipamentos são destinados à dosagem gravimétrica contínua de materiais a granel, e apresentam vantagens em relação aos dosadores de roscas, que podem danificar o material dosado, ou serem inadequados quando o material dosado é muito abrasivo.

O equipamento é dotado de sistema automático de tensionamento e alinhamento da correia, e incorpora um sistema para anular um dos principais problemas que influenciam a precisão de balanças dosadoras desse tipo: a influência da própria correia. Pequenas variações em sua espessura, densidade e dureza podem causar variações significativas nas medições. E, com o funcionamento da máquina, as variações tendem a ser mais intensas.

Química e Derivados: Fispal: Torque menor propicia redução do atuador e do custo, diz Páez. ©QD Foto - Cuca Jorge
Torque menor propicia redução do atuador e do custo, diz Páez.

Esse sistema, denominado Bic (belt influence compensation, ou compensação da influência da correia), efetua monitoramento estatístico que adquire dados e compensa mudanças nas características da correia, além de emitir alarmes em caso de detecção de falhas.

Os modelos de dosadora disponíveis, DEA 300 e 600, possuem capacidades de até 660 ft3/h (cerca de 19 l/h) e até 1.680 ft3/h (cerca de 47,6 l/h), respectivamente, para materiais com tamanho de partícula de até 1,5”, ou 38 mm.

Válvulas – Outra novidade em processos ficou por conta do desenho exclusivo das válvulas borboleta com sedes infláveis, da norte-americana Dynamic Air, que comercializa seus produtos no País pela licenciada Dynamic Air Ltda., de São Paulo. Nas válvulas borboleta convencionais, o movimento do disco sob grande atrito com a sede resiliente provoca o desgaste da sede, reduzindo substancialmente tanto a vida útil quanto o desempenho das válvulas. No caso das válvulas com sede inflável, de acordo com o diretor da Dynamic Air Ltda., Horácio Páez, ar comprimido é utilizado para expandir a sede contra o disco, de modo a oferecer uma distribuição uniforme de pressão e uma vedação hermética.

Química e Derivados: Fispal: Vávulas com sedes infláveis - mais vida últil e menos desgaste. ©QD Foto - Cuca Jorge
Vávulas com sedes infláveis – mais vida últil e menos desgaste.

Quando da abertura ou fechamento da válvula, o disco entra em contato suave com a sede desinflada, diferentemente do que acontece com os equipamentos tradicionais. “Essas válvulas também necessitam de menor torque para seu fechamento ou abertura, de modo que pode ser utilizado um atuador menor, com custo inferior”, complementa Páez.

As diversas partes das válvulas podem ser construídas em diferentes materiais, como nos casos do corpo (ferro fundido niquelado, ferro fundido nodular e ferro fundido revestido com epóxi ou nylon), da sede (EPDM, buna-n, poliuretano, silicone FDA, buna-n branca FDA e fluorelastômero) e do disco (ferro fundido nodular, aço inox 316 convencional ou polido e nylon moldado, todos passíveis de revestimento com PTFE, níquel e nylon), ou mesmo de outras partes, como os parafusos do disco, as buchas, o eixo e seu selo, o anel de retenção e as juntas e parafusos do corpo. As válvulas são projetadas em tamanhos padrão de 2” (50 mm) a 30” (750 mm), e oferecem ótimo desempenho para aplicações com sólidos secos, gases e lamas.

Química e Derivados: Fispal: A pingadeira EX120 atende a pequenos clientes. ©QD Foto - Cuca Jorge
A pingadeira EX120 atende a pequenos clientes.

A alemã Rexroth, do grupo Bosch, apresentou um sistema de válvulas de acionamento pneumático para atuadores à prova d’água. Segundo o engenheiro Alessandro Gaiotto, do departamento de vendas da divisão Pneumática, as válvulas são adequadas para indústrias alimentícias, onde é necessária a lavagem do equipamento após a confecção do alimento.

“Esse sistema de válvulas seladas representa uma alternativa às válvulas sem proteção que precisam ser instaladas em sistemas fechados, como cabines ou armários. Em nosso caso não são necessários esses ambientes fechados”, afirmou Gaiotto. Ele também citou, entre os diferenciais do sistema, sua forma de ligação e o tamanho compacto. Dois são os aspectos principais que garantem a resistência à água: a selagem do conjunto e os materiais de construção, para os quais a Rexroth optou por plástico e aço inoxidável.

Máquinas – Em máquinas, muitas vezes os lançamentos de feiras comerciais estão voltados para equipamentos de maior capacidade, mas a MCI, de Itu-SP, decidiu apostar em um equipamento para capacidades mais baixas, adequado para clientes de pequeno e médio porte, de acordo com Adriana Cury, da área de vendas. A empresa expôs, entre outras, a formadora recheadora automática de doces e salgados Robocopy Buffet, com capacidade de produção de 3.000 unidades/hora, a mais baixa da família Robocopy.

Química e Derivados: Fispal: Forno K0 pode crescer para elevar a produção, diz Lopes. ©QD Foto - Cuca Jorge
Forno K0 pode crescer para elevar a produção, diz Lopes.

A máquina fabrica produtos em diversos formatos (esferas, gotas, tubos e formatos especiais), e compõe-se de uma caçamba para a massa (manufaturada em material inoxidável e alumínio fundido), roscas transportadoras em nylon injetado, bomba helicoidal vertical para a dosagem do recheio (construída em material inoxidável e nylon), cabeçote intercambiável, mandíbulas tipo diafragma (para o corte contínuo) e uma esteira coletora de produtos fabricada em material atóxico.

Construir máquinas menores adequadas a clientes mais modestos também foi uma das apostas da Formaço, fabricante de equipamentos industriais de Curitiba-PR. A empresa lançou a pingadeira de pequeno porte EX120, para 120 bicos simultâneos, própria para a fabricação de biscoitos nas formas palito, rosquinha ou esfera. A máquina tem seus ciclos programados por CLP e pode atingir produção entre 35 kg/h e 40 kg/h, segundo o engenheiro Alexandre Lopes, da Formaço.

Química e Derivados: Fispal: Bragatto - 3M aposta em soluções de baixo custo para o Brasil. ©QD Foto - Cuca Jorge
Bragatto – 3M aposta em soluções de baixo custo para o Brasil.

Atraía mais atenção no estande da empresa, no entanto, o forno túnel modular K0. O equipamento é montado a partir de módulos individuais de 6 m de comprimento, com controles de temperatura, ventilação e exaustão independentes. O aquecimento pode ser feito com GLP, gás natural ou energia elétrica, atingindo temperaturas máximas de 280 ºC.

A principal vantagem do projeto modular, segundo Lopes, decorre da possibilidade de se aumentar o comprimento do forno pela adição de novos módulos. Em um forno mais comprido, a velocidade de passagem do produto pode ser elevada sem detrimento das exigências de aquecimento, proporcionando maior produtividade. “Há clientes com fornos de até 300 m”, disse Lopes.

Química e Derivados: Fispal: Emblistadeira Bosch produz até 400 blisters s. ©QD Foto - Cuca Jorge
Emblistadeira Bosch produz até 400 blisters.

Representada pela divisão de sistemas de empacotamento, a norte-americana 3M apresentou seus mais recentes lançamentos no segmento de sistemas de identificação e de fechamento de caixas: a impressora de mesa Print & Apply PA 2000 LC e a fechadora automática TB 1452 TF. A primeira, segundo Walter Bragatto, profissional de marketing da divisão de sistemas de empacotamento, representa uma solução de baixo custo voltada para o mercado brasileiro e vem equipada com sistema de impressão por termo-transferência.

Durante o evento, a impressora operou com etiquetas 3M de polipropileno biorientado (BOPP) identificando caixas transportadas por esteira provenientes do estande da Packintec, parceira da 3M na feira.

A outra novidade da 3M foi a fechadora automática TB 1452 TF, um equipamento aplicador de fita adesiva para caixas “tampa e fundo” específicas para o mercado frigorífico.

Química e Derivados: Fispal: Transferência integrada para a encartuchadeira é nova, diz Röpke. ©QD Foto - Cuca Jorge
Transferência integrada para a encartuchadeira é nova, diz Röpke.

Também do grupo alemão Bosch, a Robert Bosch apresentou a emblistadeira Servac P4, com selagem com placas em movimento contínuo, desenvolvida pela equipe brasileira da empresa com apoio tecnológico da matriz alemã.

O diferencial da máquina, além da selagem contínua e com placas, segundo o gerente técnico industrial Alexander Röpke, é a transferência integrada para a encartuchadeira, que permite velocidades de até 400 blisters por segundo. “Não há concorrentes nacionais capazes de atingirem essa velocidade”, garante Röpke.

No estande da Lonigo, empresa de Mogi das Cruzes-SP especializada em sistemas de pesagem, ensaque e moagem de cereais, foram duas as principais atrações. A fabricante expôs uma tarara distribuidora com menor consumo de energia, possibilitado por uma nova forma construtiva. O equipamento possui um alimentador capaz de otimizar a distribuição de cereal em toda a largura da máquina, de modo que o fluxo de ar necessário para realizar a operação é menor. De acordo com as informações do projetista Djalma de Faria, o equipamento possibilita a diminuição do custo relacionado à utilização de ar, permitindo aumentar a capacidade de limpeza sem aumentar a demanda por ventiladores.

Química e Derivados: Fispal: Desintegrador pode produzir até 4.000 kg h de cremes. ©QD Foto - Cuca Jorge
Desintegrador pode produzir até 4.000 kg h de cremes.

Outro produto exposto foi um filtro de mangas com exclusivo sistema de engate. O equipamento pode ser facilmente desconectado com um pequeno giro na gaiola da manga, cuja seção quadrada favorece o desprendimento de produto e torna a superfície da manga mais limpa. O equipamento opera com sistema de limpeza por pulsos de jatos de ar, e o corpo do filtro pode ser bipartido, com fundo plano ou cônico de acordo com as exigências da aplicação.

A Tropical Food Machinery, de Pouso Alegre-MG, dedica-se a industrializar frutas tropicais e apresentou um novo desintegrador de resíduos. O equipamento, com capacidade de produção de 4.000 kg/h, pode ser utilizado, por exemplo, em combinação com uma máquina refinadora de tomate.

O desintegrador recebe os resíduos provenientes da refinadora e promove sua desintegração, transformando-os em um creme homogêneo composto por partículas muito finas. Esse material pode ser então reutilizado na produção de molhos, ou em outros produtos. A desintegração é realizada por um rotor girando em alta velocidade, que centrifuga o produto e submete-o a uma ação de cisalhamento entre as facas e o estator, ambos construídos em aço inoxidável temperado.

Química e Derivados: Fispal: Embaladora combina robustez a preço atrativo, segundo Ruiz. ©QD Foto - Cuca Jorge
Embaladora combina robustez a preço atrativo, segundo Ruiz.

A Swisspack, que, apesar do nome, é uma empresa brasileira, também apostou na produção nacional como diferencial de custo, e expôs a linha de embaladoras flowpack de macarrão instantâneo. Segundo o colaborador Antônio Carlos Ruiz, a máquina se destaca pela tecnologia de ponta aliada à robustez e ao preço atrativo.

De acordo com Ruiz, as embaladoras flowpack se encaixam em três nichos: as máquinas para pequenas produções, robustas mas sem grande avanços tecnológicos; os equipamentos com maior nível tecnológico, mas com durabilidade questionável; e as máquinas com tecnologia de alto nível e robustez, com capacidade de produção contínua durante 24 horas. Nesse último segmento, as máquinas da Swisspack se destacam, segundo ele, pois são fabricadas no Brasil, com tecnologia desenvolvida pela empresa, e equiparável ao que há de melhor no segmento.

A divisão Behn da Haver & Boecker também apresentou novidades na feira, entre elas o sistema de selagem de sacos valvulados por ultra-som com capacidade para até 300 sacos/hora. O sistema se adequa a vários tipos de produtos, e permite sacos limpos e totalmente selados que podem ser expostos sem risco de contaminação do produto ou sujeira do ambiente. Também favorece instalações compactas e isentas de pó, uma característica desejável quando se manejam produtos pulverizados. A estação de selagem pode ser integrada à ensacadeira, e as ensacadeiras existentes podem ser facilmente ajustadas para o sistema.

Química e Derivados: Fispal: Otaviani crê no sucesso do PEAD. ©QD Foto - Cuca Jorge
Otaviani crê no sucesso do PEAD.

A divisão Behn também destacou as diversas soluções de sistemas de ensacagem, entre elas ensacadeiras pneumáticas, ensacadeiras por rosca, ensacadeiras por gravidade e por turbina, e estações de enchimento de big bags.

Aposta no plástico – Primeira empresa instalada no Brasil a produzir racks metálicos, a Longa Industrial, de Osasco-SP, inovou mais uma vez lançando racks de plástico. “As prateleiras de plástico foram desenvolvidas para substituir prateleiras de madeira e ferro. No caso de laticínios, por exemplo, pode haver problemas com ferrugem”, explicou Rafael Otaviani, gerente geral da Longa. Segundo ele, a presença na Fispal 2004 e as consultas então realizadas confirmaram as expectativas da empresa, de que o lançamento tem potencial para substituir produtos concorrentes em material metálico.

Para confirmar a aposta no plástico, a Longa também expôs outra novidade – pallets de polietileno de alta densidade. Entre as vantagens do produto, destaca-se o volume 75% menor dos pallets quando empilhados, em relação aos concorrentes, possibilitado por pés de apoio ocos e cônicos que permitem o encaixe das peças. Os pallets possuem capacidade de carga de 1.400 kg (carga dinâmica) ou 2.600 kg (carga estática distribuída).

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